46° capítulo

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Ludmilla

            
Assim que entro olho para os lados e nada do médico, resolvo me sentar com Henry e esperar. Depois de alguns minutos ele entra e nos olha.

Médico: Oi, Desculpe a demora. Ludmilla Oliveira né ? - Me estende a mão que logo a pego o cumprimentando. - Deixa eu examinar ele pra ver. - Ele pega o Henry e coloca na cama ao lado enquanto eu ficava parada observando, quando termina me olha novamente.

Médico: Vamos ter que fazer uns exames. Você quer que façamos agora? - Aceno que sim.

Lud: Ok, então.

           
Depois de alguns minutos, resolvo ir até na recepção do hospital. Caminhei em passos lentos e não estava mais suportando o peso. Eu queria poder ficar tranquila, mas não conseguia, era Henry lá dentro fazendo vários tipos de exames.

           
Dou mais alguns passos até ver a Bru com a Clarinha no banco. Nesse momento não conseguia mais seguir em frente e nem segurar o choro, que veio na mesma hora.

          
Logo sinto um abraço apertado e o cheiro da mulher da minha vida. Seu abraço era o melhor lugar que eu poderia estar, mesmo me derramando em lágrimas.

Bru: Amor o que aconteceu? O que o médico falou, meu amor? - Tento me controlar para conseguir falar.

Lud: Ainda não sei, meu amor. - Ela me olha sem entender enquanto limpo as lágrimas.

Bru: Como você não sabe?

Lud: Eles levaram ele para fazer vários exames. - Ela me abraça dando beijo na minha testa.

Bru: Amor não vamos sofrer com antecedência. Vamos esperar o resultado. - Balanço a cabeça concordando e limpando minhas lágrimas.

Lud: Você está certa, meu amor. - Eu a olho e dou um selinho. - Tenho que voltar lá.

Bru: Amor, você quer que eu entre e converso com o médico?

Lud: Você pode ir? - A vejo acenar sorrindo. - Eu sei que estou parecendo ser fraca, mas eu não consigo ficar perto do Henry e não chorar.

Bru: Tudo bem, meu amor. Eu vou e depois eu te falo. - A olho e dou um selinho que a faz sorrir.

Lud: Obrigada meu amor.

Bru: Eu estarei aqui sempre que precisar, meu amor. - Agradeço novamente e ela me dá um outro selinho. - Vou lá então e tenta ficar calma tá.

Lud: Está certo. - Vejo ela se retirar e fico olhando ela saindo direção a fora.

Clarinha: Tia, vem eu cuido de você. - Na mesma hora que viro o rosto, vejo Clarinha na minha frente e estendendo sua pequena mão. - Tia vamos. - Concordo segurando sua mão e na mesma hora com ela me puxando até o banco que as mesmas estavam sentadas.

Lud: Obrigada, meu amor você é um anjo. - Seguro em sua bochecha e a apertando fazendo ela fazer careta, o que me faz cair na risada.

Clarinha: Isso doeu, tia. - Ela senta e eu sento ao seu lado a fazendo companhia.

Lud: Desculpa Clarinha, mas você é muito fofa, minha linda. - Vejo o sorriso surgir em seus lábios na mesma hora e sorrio.

Clarinha: Tudo bem tia.

          
Ficamos ali sentadas até alguns minutos, e percebo que Clarinha não tinha comido.

Lud: Amor você quer comer alguma coisa? - Ela me olha sorrindo.

Clarinha: Se preocupa não mãe... - Assim que reparo no que ela me chamou, a mesma tampou a boca e ficou envergonhada. - Desculpa tia, foi sem querer.

Lud: Ô meu amor, eu amei você me chamando de mãe. - Seu sorriso era imenso o que me deixou realmente feliz. - E quando você se sentir a vontade, pode me chamar sempre meu amor.

Clarinha: Sério? - Aceno positivamente o que a faz se emocionar e eu vendo Seus olhos marejados.

Lud: Clarinha, eu serei a mulher mais feliz do mundo se você me permitir essa honra. - Limpo seus olhinhos que começaram a cair algumas lágrimas.

Clarinha: Obrigada, mamãe. - Me abraça de lado e no mesmo instante acaricio seus cabelos. - Será que a Brunninha, acharia ruim se eu a chamasse também?

Lud: Tenho certeza que ela amaria minha princesa. - Falo dando um beijo em sua cabeça.


Brunna


            
No momento que vi Lud daquele jeito, resolvi entrar em seu lugar. A Lud já sofreu muito na vida e qualquer coisa que possa acontecer ela sofrerá antecipadamente, por estar acostumada com os tombos da vida.

            
Enquanto caminho no corredor, vejo Henry em uma maca e vou até ele, o pegando no colo .

Bru: Oi meu amor, como você está? - Seus olhinhos estavam cheios de água.

Henry: Minha cabeça ainda dói, mamãe. - Faço carinho em sua testa.

Bru: Daqui a pouco passa meu amor e eu vou estar aqui com você. - Ele balança a cabeça e logo vejo um homem lindo se aproximando que me olha e sorri.

Médico: Oi, você é? - Ele me olha confusa e eu sorrir.

Bru: Eu sou a Brunna Gonçalves, sou a mãe do Henry. - Quando disse isso, sua confusão se fez mais eminente.

Médico: Mas não é a Ludmilla, a mãe do menino?

Bru: Sim, vamos nos casar. - Vejo seu sorriso desmanchar, o que não me passou despercebido no momento.

Médico: Parabéns a vocês. - Não sentia muita verdade em sua palavras, mas mesmo assim agradeci. - Sou Carlos Gutierrez. - Me estendendo a mão o que aceito o cumprimentando.

Bru: Prazer doutor. - Solto minha mão o que faz deixar ele sem graça. - E os resultados já saíram?

Médico: Acabaram de sair e está nesse papel aqui. - Ele me mostra um papel que está em sua mão. - Vamos entrar na minha sala, que eu dou uma olhada. - Ele já abre a porta adentrando e eu caminho em direção da mesma. - Pode se sentar. - Me sento e o olho fazer o mesmo.

          
No mesmo instante ele abriu o papel e começou a analisar. Minha ansiedade aumento com o silêncio daquela sala. Assim que coloca o papel ele me olha.

Bru: E aí, doutor, o que o Henry tem?

Médico: De acordo com os exames ele está com anemia. Anemia é quando o sangue não tem quantidade suficiente de glóbulos vermelhos saudáveis o que causa a redução de fluxo de oxigênio no corpo.

Bru: E qual o tratamento que devemos fazer, doutor.

Médico: No caso dele se mudar a alimentação resolve, mas vou receitar uns suplementos de ferro e de vitamina B que o ajudará nisso. - Ele começa a escrever no papel e me olha assim que acaba. - Tenta mudar um pouco a alimentação dele, que também ajudará bastante. - Ele me dá a receita e me levanto com Henry no meu colo.

Bru: Você tem certeza que não é muito grave? - Ele acena e sorrio. - Obrigada, doutor. - Estendo a mão que o mesmo pega me despedindo.

Médico: E qualquer coisa é só vim aqui e me chamar que o atendo. - Ele pisca para mim me deixando sem graça, quando estou quase saindo.













Vixeee, mais um babaca na conta?

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