102° capítulo

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Brunna

Assim que saio do Banco eu passo na casa do Mário e vejo que acabou de sair do banho, pois se encontrava de toalha.

Bru: É assim que você atende a porta meu amigo? - Ele me olha envergonhado e eu começo a rir. - Vai lá se trocar que eu espero.

Mário Jorge: Eu vou sim, e fica a vontade. - Ele sai indo em direção ao seu quarto e eu aproveito para pegar o colete a prova de balas que eu sabia muito bem onde ele guardava.

          
Assim que o pego eu saio da casa do Mário rapidamente, e vou até o meu carro o ligando para partir em direção ao  local indicado.

           
Eu não posso envolver ninguém, eu não quero correr o risco de perder as crianças e pelo seu tom de ameaça ele realmente parecia não estar brincando.

            
Dirijo por uns trinta minutos até chegar ao lugar indicado. Paro o carro e vejo que estou em um local sem movimento e afastado. Eu coloco o colete e pego o revólver que eu guardo no meu carro colocando as balas nele.

            
O coloco escondido debaixo da minha blusa e dentro do cós da minha calça. Pego a maleta e saio do carro indo até o lugar indicado. Eu ando por uns dez minutos e paro no lugar que eu entregaria o dinheiro. Olho para os lados e única coisa que eu vejo é uma estrada abandonada e com algumas árvores em volta. Eu não vejo ninguém ali, mas logo escuto passos lentos entre os matos.

Luiz Antônio: Tu veio sozinha mesmo? - Olho para os lados e não vejo ninguém. - Eu estou te perguntando. - Ele altera a voz comigo e eu fico calada até eu ouvir um choro não muito longe.

Bru: Cadê os meus filhos, seu desgraçado? - Eu sinto meus olhos lacrimejar em questão de segundos. - Eu fiz tudo o que você pediu, e aqui está o dinheiro.

Luiz Antônio: Espero que não esteja me enganando, porque se tiver eu matarei vocês três. Entendeu?

Bru: Entendi, só solta as crianças primeiro. - Ele aparece logo com Clarinha em seus braços com um revólver em sua cabeça e vejo que seus olhos estão marejados.

Clarinha: Mamãe. - Ela começa a chorar e eu não consigo pensar em mais nada a não ser a tirar dos braços daquele homem asqueroso. - O Henry não está bem.

Bru: Calma minha, filha. - Ela acena tentando limpar as suas lágrimas e eu olho para o Antônio com bastante raiva. - O que aconteceu com o Henry, seu desgraçado?

Luiz Antônio: Olha como você fala comigo sua vadia. Quem manda aqui agora sou eu, e se você não me obedecer eu vou estourar os miolos dessa garotinha aqui. - Eu olho para a Clarinha e eu começo a pensar no que fazer, mas ele realmente está certo eu vou ter que obedecer.

Bru: Tá certo. Mas cadê o Henry?

Luiz Antônio: Ele está em um carro aqui perto, junto com alguns amigos meu. - O olho com raiva e ele sorri. - Agora me traz o dinheiro que eu solto a pirralha. - Eu me aproximo lentamente e ele me manda parar quando estou perto. - Agora o deixa aí no chão, que meu amigo vai conferir. - Deixo no chão e ele me pede para afastar enquanto vem um outro homem entre as árvores.

           
Eu me afasto e no mesmo instante o homem abre a maleta e começa a contar o dinheiro ali. Ele demora um tempo bom até acenar positivamente para o Antônio, que sorri satisfeito.

Luiz Antônio: Muito bem, você realmente cumpriu o combinado. Eu vou soltar essa pirralha agora. - Ele solta e assim que ela vem correndo até mim eu ouço três tiros. 

          
Olho para o lado e vejo a Lud correndo até Clarinha e a pegando no colo. Eu corro até elas e vejo a camisa de Clarinha manchada de sangue. E olho para a Lud que soluçava de chorar eu a abraço e dou um beijo em sua testa.

Pra Sempre SuaOnde histórias criam vida. Descubra agora