99° capítulo

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Brunna

          

Assim que abro os meus olhos, eles se enchem de água e nisso eu começo a pensar em tudo o que vivemos e enfrentamos até agora.

Nesse momento eu não sabia mais o que fazer. Meus filhos correm perigo de vida, e eu aqui parada sem fazer nada. A Lud correndo risco de vida e a única coisa que eu sei fazer é chorar.

Olho para o lado e vejo que a Patty está toda esparramada no sofá dormindo.

Me levanto sem fazer barulho e limpo as minhas lágrimas. Eu preciso saber como a Lud está, e quanto tempo eu apaguei.

Eu pego a minha roupa e me visto rapidamente. Começo a caminhar até a porta e a abro devagarinho passando por ela.

Passo por algumas enfermeiras no corredor que me olham, mas não falam nada. Logo chego na recepção e eu pergunto.

Bru: Oi, por favor eu quero saber como a minha noiva está?

Enfermeira:  Qual o nome dela? - Passo o nome e elas olham no computador. - Olha, ela está na UTI.

Bru: Como assim? Ela não está bem? - Limpo minhas lágrimas, mas logo outras vêm.

Enfermeira: Desculpa, mas isso só o médico pode dizer. - Logo um homem de branco chega e a enfermeira me olha sorrindo. - Aí ele aí? - Eu olho para o médico que me olha sem entender.

Bru: Oi, você é o médico que está atendendo a Ludmilla Oliveira?

Médico: Sim sou eu . Você é?

Bru: Eu sou a noiva, quer dizer a namorada dela, Brunna Gonçalves. - Eu estendo a minha mão o cumprimentando. - Você pode me informar se ela está bem?

Médico: Vamos até o meu escritório e aí eu te explico o caso dela. - Aceno concordando e o sigo até os corredores a dentro mas com a cabeça na Lud e nas crianças. - Entre por favor. - Eu entro e me sento em uma cadeira a frente a dele que logo se senta. - Eu olho para o seu crachá com o seu nome e pergunto.

Bru: E aí, como ela está, doutor Romão? - Fico apreensiva até algumas lágrimas rolarem por meu rosto.

Dr Romão: A Ludmilla chegou no hospital hoje mais cedo, com uma bala alojada no pulmão direito. Logo a levamos para a sala de cirurgia e retiramos a bala. Mas...

Bru: Mas o que doutor? - Não consigo mais segurar e começo a chorar por pensar no sofrimento da minha mulher.

Dr Romão: Mas o sangue espalhou pelo pulmão e aí ela teve outra parada respiratória. Corremos contra o tempo e conseguimos retirar o sangue do local e a ligamos nos aparelhos respiratórios.

Bru: Ela vai ficar bem doutor?

Dr Romão: Ela ficará na UTI até conseguir respirar sozinha novamente. Mas o pior já passou. - Ele sorri e eu limpo as minhas lágrimas novamente.

Bru: Eu posso ir vê lá doutor? - Ele acena que não e eu imploro. - Por favor doutor, eu preciso ver ela e ela precisa de mim. - Eu encho os olhos de água e ele sorri.

Dr Romão: Poder eu não podia, mas você tem que me prometer que usará todas as roupas necessárias para não haver complicações. - Eu aceno concordando e logo ele me leva até uma outra sala para colocar a roupa, a touca, as luvas e uma máscara na cara.

       
Depois eu saio da sala e ele me direciona até a UTI. Ele abre a porta e eu me entro. Vejo várias camas e logo avisto o da minha Lud. Me aproximo rapidamente e meus olhos se encheram de água de a ver naquele estado, ligada a aparelhos e dormindo serenamente. Eu puxo uma cadeira e me sento ao seu lado segurando a sua mão.

Pra Sempre SuaOnde histórias criam vida. Descubra agora