100° capítulo

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Ludmilla

          

Abro os meus olhos lentamente com grande dificuldade de enxergar por causa da claridade do lugar onde eu estava. Aos poucos meus olhos começam a se acostumar com a luz e vejo várias flores coloridas no local, que me traziam uma paz imensa.

Xxxxxx: Ludmilla. - Eu olho para trás e vejo a minha irmã ali parada toda de branco me observando com um sorriso lindo. - Não vai vir me dar um abraço não?

Lud: Luane. - Eu passo as mãos pelo meus olhos os esfregando. - Eu só posso estar sonhando. - Eu tiro as mãos dos olhos e a vejo sorrir mais ainda.

Luane: Lud, larga de ser boba. - Ela vem até mim e me abraça apertado. - Como é bom te abraçar novamente. - Eu me sentia tão bem ali, que eu não queria que ela me soltasse, mas o fez logo desfazendo o nosso abraço.

Lud: Onde estou? - Olho em volta e só vejo flores coloridas e um portão enorme. - E como eu vim parar aqui?

Luane: - Aqui é o lugar onde as almas sem destino vem, mas aqui não é o seu lugar minha irmã.

Lud: Eu morri, foi? - Passo minhas mãos pelo meu corpo e a vejo balançar a cabeça

Luane: Ainda não, mas você tem uma decisão a tomar e só aí você saberá o seu destino. - A olho não entendendo nada e ela estende a mão em minha direção. - Vem comigo. - Eu pego a sua mão e logo aparecemos em outro lugar.

       
Olho para os lados assustada e vejo que estamos em um quarto escuro.

Lud: Aonde estamos? - Olho para a Luane que aponta para a cama e ali eu vejo os meus dois filhos grudados. - O que eles estão fazendo aqui?

Luane: Nosso pai, os sequestraram depois que atirou em você. - Eu coloco a minha mão onde eu tomei um tiro e eu olho para a Clarinha que tampou o ouvido do Henry, no mesmo instante da voz do meu pai soar pelo quarto.

Luiz Antônio: Aquela vagabunda, está achando que estou brincando é? Ela não perde por esperar.

Xxxxx: Eu só vim te informar porque teremos que sair daqui. Eles virão atrás de nós.

Luiz Antônio: Eu sou um burro, porque eu usei o celular da minha filha, agora eles sabem o nosso paradeiro. Assim que amanhecer nós pegamos as crianças e sumimos daqui e depois eu dou um jeito de ligar para aquela vadia desgraçada. - Ele grita alto e eu olho para a Luane que balança a cabeça negativamente.

Luane: Infelizmente nosso pai foi para um caminho sem volta. E o fim dele será doloroso.

Lud: Como assim? - Ela suspira fundo e vejo seu olhar nas crianças.

Luane: Nós temos que ir Lud, a sua vida tá por um triz. - Ela muda de assunto rapidamente e eu vou até às crianças e dou um beijo em cada um.

Lud: Fique bem meus filhos. Nós vamos te tirar daqui.

Luane: Pelo jeito já resolveu? - Aceno que sim e ela sorri. - Eu não esperava outra coisa de você. Então vamos? - Ela me estende a mão e eu a pego aparecendo no hospital.

        
Olho para a minha cama que estava cercado de pessoas em volta. A única pessoa que prende a minha atenção é a minha Bru, que está de joelhos no chão e chorando.

      
Me aproximo dela e me ajoelho em sua frente a olhando.

Bru: Lud, não me deixe. - Ela é segurada por uns enfermeiros que tentam a tirar do local, mas ela não aceita. - Tira as mãos de mim, ela é minha. Lud, eu preciso de você meu amor, as crianças precisam também. Não nos deixe. - Ela chora e eu não consigo evitar as lágrimas que também correm pelo meu rosto.

Pra Sempre SuaOnde histórias criam vida. Descubra agora