27° capítulo

851 85 1
                                    

Brunna

Olho para as horas e já são cinco horas da tarde, já fazia duas horas que estávamos esperando o Henry acordar e nada, então resolvemos ir acorda-lo.

Enquanto eu e a Lud vamos até sua cama, Clarinha nos observa da porta. Lud dá beijinhos em seu rosto e o dorminhoco custa acordar.

Lud: Oh bicho preguiça, vamos acordar? - Ele continua com os olhos fechados - Henry quero que você conheça uma pessoa. Você não quer?

Henry: Mamãe estou morrendo de sono. Deixa eu dormir mais um pouquinho.

Bru: Acho que vamos ter que comprar sorvete outro dia? - Olho para a Lud e pisco - É uma pena.

Henry: Eu acordei - Ele se senta rápido e nos olho eufórico - Vamos mamãe. - Se levanta e quando caminha até a porta, ele para olhando para a Clarinha. - Oi.

Clarinha: Oi, Henry.

Henry: Você vai com nós?

Clarinha: Sim - Vejo Henry abraçar Clarinha mesmo sem conhecer direito, que fica sem graça com a ação do mesmo.

Henry: Vamos mamãe? - Olha para a Lud, que sorrir e os acompanha caminhando na minha frente.

Durante o caminho o Henry e a Clarinha ia cantando as músicas que tocavam no carro. Quando paro o carro em frente à sorveteria e os tiros do carro, eles já correm para dentro. Pego na mão da Lud, que exita, mas não nega.

Depois de comprarmos e sentarmos na mesa e ver a felicidade das crianças com o sorvete na mão não tinha preço.

Como não somos de aço, também pegamos para nós. Aquele momento foi mágico, conseguir nos ver como uma família. Mas lembrar que amanhã tinha a audiência e que a Clarinha pode voltar para o seu pai, me deixa triste.

Depois que terminamos, caminhamos até um parquinho que tinha em frente à sorveteria.

Deixo as crianças brincando e puxo a Lud para sentarmos e conversamos.

Bru: Lud, o que você quer me falar? - Seguro suas mãos e a ouço suspirar.

Lud: Umas duas semanas para cá, venho recebendo umas mensagens nos ameaçando - Ela me dá o celular e vejo as mensagens e a olho - Não levei muito a sério até ontem.

Bru: Devia ter me contado antes, Lud - A olho e ela abaixa a cabeça com vergonha de me olhar - E o que você vai fazer?

Lud: Ainda não sei. Por isso vim conversar com você, quem sabe poderemos pensar juntas e chegar em alguma alternativa. - Me levanto e começo a andar de um lado para o outro.

Bru: Você pensa em me largar, Lud? - Ela acena negativamente e sento em sua frente novamente no banco, voltando a pegar as suas mãos - Lud, eu só quero que você saiba que eu te amo e que vou sempre lutar por nós.

Lud: Eu sei, Bru. Mas e se acontecer alguma coisa com você, eu jamais vou me perdoar, por causa do meu egoísmo.

Bru: Isso não vai acontecer e se acontecer - Levanto seu queixo fazendo nossos olhares se encontrarem - Eu quero que você fique bem e cuida deles para mim - Olho para as crianças e sorrir.

Lud: Você sabe que eu nãoconsigo viver sem você e não vou conseguir- Limpo uma lágrima em seu rosto que ameaçava cair - Eu quero viver para sempre ao seu lado, até quando você tiver velhinha debochada e chata.

Bru: Você me acha chata é? - Ela rir e faço cócegas, a fazendo gargalhar - Você ainda me acha chata?

Lud: Não Bru, retiro o que eu disse - Sorrir vitoriosa e a abraço de lado, olhando as crianças brincando. - Bru, qual é a história da Clarinha? - Conto o que aconteceu com a Clarinha e como foi parar no orfanato - Coitada, perdeu a mãe novinha e ainda presenciou tudo.

Bru: Sim, mas o pior tá por vir - Me entristeço só de lembrar - O pai foi solto e possivelmente conseguirá a guarda novamente e não terei mais contar O com a Clarinha - Só de imaginar dava um aperto no meu coração.

Ludmilla

Quando a Bru me contou o que tinha acontecido com a Clara, não estava querendo acreditar que uma menina tão pequena tinha sofrido tanto.

Não consigo acreditar que a Justiça daria a guarda novamente para ele, perante a tudo que fez a criança passar.

Eu não poderia deixar isso acontecer, mesmo conhecendo a Clarinha hoje, vejo que a Bru criou um laço muito grande com a mesma. Se isso acontecesse, a Bru sofreria bastante e penso em uma alternativa que a ajudaria.

Lud: Bru, o que aconteceria se caso alguém quisesse adota-lá - Ela me olha sem entender aonde eu queria chegar.

Bru: Aí a justiça resolveria com quem ficaria a criança.

Lud: Então tem uma chance? - Ela acena, não entendendo aonde eu queria chegar.

Bru: Quem adotaria ela? - Ela me olha, eu Sorrir e ela se assusta adivinhando de quem eu tava falando - Não Lud, é uma responsabilidade muito grande.

Lud: Bru, só me responda uma coisa? O que você sente por essa menina? - Ela sorrir e nesse exato momento tive certeza que era isso que íamos fazer.

Bru: Lud, não temos chances nenhuma, não somos casadas - A olho sorrindo.

Lud: Então porque não nos casamos, para agilizar os papéis - Ela me olha assustada com a minha idéia.

Bru: Lud, não sei se consigo me casar. Você sabe, né?

Lud: Bru, olha para mim - Assim que olha, continuo - Você acha que eu sou como ele? - Balança a cabeça negativamente - Você acha que eu te faria algum mal? - Balança a cabeça novamente - Eu sei que é rápido, mas eu sou louca para casar com você e se concordar eu serei a pessoa mais feliz do mundo.

Bru: Espera aí, isso é um pedido de casamento? - Sorrir e aceno - Então pede direito ô - Fico sem graça e a olho me ajoelhando no chão e pergunto.

Lud: Brunna Gonçalves, você aceitaria se casar com uma mulher linda e ciumenta que nem eu? - Ela se emociona e se ajoelha também ficando uma de frente a outra.

Bru: Claro que aceito, meu amor. - Olhamos para o lado e vemos que as crianças estavam distraídos, aproveito o momento e a beijo lentamente, sentindo seu gosto maravilhoso e passando toda a felicidade que eu sentia naquele beijo - Você sabe que mesmo a gente se casando, a gente pode não conseguir a guarda né? E que por sermos um casal diferente, pode haver qualquer preconceito com a gente, né? - Aceno positivamente, ela passa seus dedos pelo meu rosto e sorrir.

Lud: Bru, eu sei de todos os riscos que morreremos, mas estou disposta a enfrentar tudo ao seu lado - Pego a sua mão que se encontrava em meu rosto e a beijo, sorrir com meu gesto e quando ia me beijar, somos interrompida por duas crianças porquinhos, nos sentarmos no chão mesmo e o Henry senta no seu colo.

Henry: Titia, a Clarinha pode ficar com nós? - Faz um carinho em seu cabelo e olha para mim e sorrir com a Clarinha sentando em meu colo.

Bru: Meu pequeno, infelizmente eu tenho que deixar ela amanhã no orfanato - Ele baixa a cabeça triste e ela fica sem saber o que falar.

Clarinha: Vocês podia me visitar com a tia Brunna, né tia Lud e levar o Henry para brincar comigo? - Henry a olha e sorrir.

Lud: Não é uma má idéia, minha princesa - Faço cócegas e a Clarinha gargalha, enquanto o Henry sai do colo da Bru, vindo até nós duas e entrando na brincadeira.

Brunna

Fico observando a cena na minha frente e fico emocionada, com a relação que os três criaram em apenas um dia, mas que pareciam anos.

Amanhã começaria a nossa primeira batalha, a audiência da Guarda do Henry. Sei que as probabilidades de nós perdemos é mínima, mas mesmo assim corremos esse risco. Vou lutar para que isso não aconteça e Henry continue conosco, vou lutar pela nossa felicidade e isso é o maior incentivo que tenho para ganhar e vou.

Pra Sempre SuaOnde histórias criam vida. Descubra agora