77° capítulo

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Brunna

Assim que o Rômulo sai indo até o barracão, eu e a Lud ficamos na viatura. Olho para o lado de fora que já estava escuro e noto que três policiais ficaram para trás. Aposto que  o Rômulo pediu para eles ficarem aqui de olho na gente.

Eu não aguentava mais ficar ali parada sem fazer nada. Mas também não podia ir lá e deixar a Lud aqui sozinha. Seguro a mão de minha noiva tentando me manter um pouco mais calma.

Olho novamente para os policiais que se encontravam em nossa volta e percebo que se eu fosse até lá, Lud não correria perigo nenhum, aqui ela estaria segura.

Penso se devo falar a ela que vou até lá, mas aposto que ela me impediria de ir. Penso outra vez e assim que resolvo falar para ela, eu escuto um barulho de tiro vindo de dentro do barracão.

Nesse momento eu não penso em nada, saio da viatura e corro até em direção ao barracão. Escuto o barulho de uma porta se abrir e quando olho para trás vejo mesmo que no escuro alguém segurando a Lud.

Corro de volta até a viatura e quando olho em volta só vejo os três policiais caídos no chão. Vou até a viatura e não encontro a Lud. Começo a gritar seu nome alto e nada de ela aparecer.

Vou até um dos policiais que estão no chão e pego seu colete a prova de balas e um revólver.

Vou até a viatura e pego uma lanterna, e quando eu ia entrar na mata escuto passos atrás de mim.

Rômulo: A onde você pensa que vai? - Olho para o meu amigo que estava ajudando o Mj a se manter em pé. - Cadê a Lud?

Bru: Você está bem Mário? - Ele acena positivamente, mas sem forças para falar e com várias escoriações pelo rosto. - Pegaram ela Rômulo, eu vou atrás do desgraçado. - Ele olha para os seus amigos policiais que se encontravam feridos e coloca o Mj sentado encostado na viatura.

Rômulo: Não, você fica aqui. - Ele altera a sua voz e vai até a sua viatura. - Alô, preciso de reforços aqui na área xxxxx, um bandido entrou com uma refém na área da mata. Preciso que essa área seja rapidamente bloqueada. Preciso também de ajuda médica, tem quatro feridos e um morto no local. - Eu o olho e olho para o Mj que se encontrava abatido.

Mário Jorge: Vocês não deviam ter vindo, agora a Lud corre perigo. - Ele fala com a voz fraca e me tenta manter seus olhos em mim. - Eu vou descansar um pouco e vou atrás dele.

Bru: Vocês conseguiram matar o Henrique?

Mário Jorge: Ele saiu do local antes de meus amigos chegarem.

Bru: Então ele pegou a Lud? - Ele acena positivamente e eu me sento ao seu lado. - Então a Lud está correndo risco de vida por minha culpa. - Ele olha para Rômulo que suspira nervoso.

Rômulo: A culpa não foi de vocês, foi minha. Eu não devia ter trazido vocês até aqui. - Eu o observo e vejo que está irritado. - Daqui a pouco a ajuda chega e vamos entrar na mata. E vocês dois vão ficar longe daqui, entenderam. - Olho para o Mj que assim como eu ficou calado. - Espero que tenham me entendido.

Bru: Desculpa Rômulo, agora eu percebi que foi mesmo um erro. - Abaixo minha cabeça e a abraço o meu joelho não conseguindo segurar as lágrimas que começaram a escorrer sobre os meus braços. - Se eu soubesse que ia acontecer isso, eu não tinha vindo e a Lud também não. Eu jamais colocaria em risco a vida da mulher que eu amo. - Sinto uma mão em minha costa me acariciando de leve e logo encontro um corpo quente vindo me abraçar.

Mário Jorge: Brunninha, não fica assim nós vamos a encontrar. - Ele fala baixinho em meu ouvido e assim que levanto minha cabeça para olhá-lo ele sorri. - Eu sei que assim como eu, você também não gosta de ficar parada só assistindo. - Olho para o Rômulo que estava no celular e olho novamente para o Mj.

Pra Sempre SuaOnde histórias criam vida. Descubra agora