104° capítulo

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Ludmilla

        

já se passaram uma semana desde que tudo aconteceu e desde esse dia para cá, eu necessitava vir aqui no cemitério, eu precisava conversar um pouco com ela mesmo que ela não esteja mais nesse mundo e nem entre nós, mas eu sempre a sinto por perto desde a sua morte.

         
Caminho entre os túmulos com um buquê de flores que deixaria em seu túmulo. Assim que eu avisto, me aproximo e olho para o túmulo da pessoa que sempre cuida de mim, mesmo lá de cima.

Lud: Oi, irmã. - Algumas lágrimas traiçoeiras caem de meus olhos. - Desculpa não ter vindo aqui mais tempo. - Ponho as flores em cima de seu túmulo e fecho os meus olhos sentindo sua presença o que me faz sorrir involuntariamente. - Mesmo que você não está entre nós, eu te sinto aqui por perto. Eu imagino o tanto que tá olhando por nós e tá tentando interceder por nós aí de cima. Obrigada por tudo minha irmã. - Limpo as minhas lágrimas e logo sinto os braços de minha mulher me envolver.

Bru: Eu imaginei que estaria aqui. - Ela me aperta em seus braços e sinto o seu beijo em meu pescoço. - Eu realmente tô em choque até hoje com o que Clarinha falou.

Flashback on
        

Clarinha: Mamães, eu tenho que ir embora. Tem uma mulher de branco me chamando, eu não tenho forças para ficar.

         
Olho para a Bru que também me olha assustada e meus olhos começam a se encher de água.

Lud: Meu amor, seu lugar é com nós. - Ela dá um sorriso fraco e logo olha para o Henry.

Clarinha: Henry eu vou te amar para todo infinito. - Assim que ela diz isso, eu vejo seus braços pequenos ficarem sem forças para movimentar. - Eu não tô com forças mais, eu tô tentando lutar mais é mais forte que eu. Tá doendo muito. - Ela coloca a mão aonde a bala tinha a atingido. - MAMÃE. - Corro até ela e a vejo chorar constantemente. - EU NÃO QUERO MORRER.

Lud: Bru, eu vou chamar a médica. - Ela acena e eu corro pelos corredores até a encontrar no corredor. - Doutora minha filha não tá bem. - Ela passa rapidamente por mim e assim que chegamos no quarto vejo a Bru chorando sobre o corpo da nossa filha. - Não pode ser. - Eu começo a entrar em desespero e na mesma hora sinto alguém tocar as minhas costas.

Patty: Desculpa a demora. - Ela nos olha e vê o nosso desespero. - O que tá acontecendo? - Olho para a médica que corre até Clarinha e vejo Henry agarrado a ela.

Dra: Eu preciso que tirem o menino daqui. - No mesmo instante a Patty corre até o Henry que não queria desgrudar de sua irmã. - Ela tá com os batimentos fracos, mas ainda tá bem. Preciso que saiam.

Bru: Eu não posso deixar ela aqui assim. - Eu vou até a Bru e pego a sua mão. - Amor eu prometi que ia cuidar dela, eu não posso a deixar ir. - Ela limpa suas lágrimas que já molharam o seu rosto.

Lud: Eu também não quero a deixar aqui, mas precisamos deixar ela com eles. - Ela se levanta e na mesma hora eu a abraço. - Vamos rezar, que nossa menina precisa. - Eu limpo minhas lágrimas em seus ombros e saímos assim que vários enfermeiros chegaram.

Flashback off


Bru: Você sempre achou que é a Luane né? - Eu aceno que sim e olho para a foto do túmulo da minha irmã.

Lud: Antes de ela morrer, ela disse que sempre estaria comigo e que eu devia ter fé que tudo se acertaria.
         
          
Olho para trás e vejo o nosso filho vindo correndo até nós.

Pra Sempre SuaOnde histórias criam vida. Descubra agora