Young and the Restless: A Vingança de Rayana - 3ª Temporada

Capítulo 61

Três dias depois.

— Finalmente Borges, você vai pra casa! — Aubrey bateu nas costas do amigo, que estava sem jaleco.

— Eu não aguento mais ficar aqui, dormir no sofá é horrível. — Reclamou. Tinha um remédio conta-gotas nas mãos, despejou no copo descartável, com a quantidade certa.

— Dor de cabeça?

— É pra Sophia. — Explicou. — O leite dela começou a descer, conseguiu amamentar o bebê ontem, bem pouco, mas conseguiu. — Sorriu leve após dizer.

— Caro amigo, eu queria te dizer uma coisa. — Aubrey escorou-se no balcão da pequena farmácia onde estavam, em uma sala restrita.

Micael o encarou, sem entender.

— O que aconteceu agora?

— Os exames da Sophia ficaram prontos. — Pausou. — Aqueles que...

— Sim, sim. Eu sei! — Micael franziu o cenho. — Por que esse suspense? — Deixou o copo descartável no balcão, cruzando os braços em seguida.

— Endometriose. — Aubrey soltou. O maxilar de Micael trincou mais ainda.

— Não pode ser. — Ficou em transe. — Isso é muito raro, Aubrey...

— Mas aconteceu! Ela sofreu muito com essa gravidez, Borges.

— Meu Deus do céu, por que eu não posso viver tranquilo, por apenas um minuto? — Virou a cabeça, passando a mão no rosto. — Eu não vou contar pra ela agora.

— Você vai contar sim!

— Ela vai surtar! Ainda mais a Sophia. — Bufou. — Você tem certeza que os exames deram certos?

— Está duvidando da minha capacidade?

— Meu Deus do céu. — Tinha as mãos na cabeça. — Eu vou pra casa, digerir isso e conversar com ela. — Pegou o copo descartável novamente, saindo da pequena sala onde estavam.

Micael seguiu ao quarto, minha mãe estava comigo e junto dela, Kate. Fazia carinho nos cabelos do irmão, sorrindo à beça assim como nós. O mesmo entrou, alguns minutos depois, tinha o copo descartável nas mãos e estava aparentemente bem.

— Amor! — Sorri ao vê-lo.

— PAPAAAI! — Kate vibrou, indo ao colo do mesmo, que beijou sua bochecha. — Papai, o meu irmãozinho ficou quietinho, depois que você saiu.

— Ah, ele ficou? — Achou graça. Teve Kate nos braços, caminhando até nós.

— Bom, eu vou indo! Preciso fazer algumas coisas no centro da cidade. — Minha mãe nos avisou. — Te vejo mais tarde? — Me encarou.

— Até mais, mãe!

— Até, querida. — Sorriu leve, caminhando até à porta. — Até mais! — Despediu-se de Micael e Kate, partindo dali.

Tive o bebê em meus braços, Micael entregou o copo descartável à mim. Já sabia o que era.

— Pronta pra ir para casa? — Me perguntou, ansioso e feliz.

— Não vejo a hora. Deitar na minha cama, no meu travesseiro. Tomar um banho descente, com os meus produtos! — Brinquei, fazendo Micael rir leve. — O que aconteceu?

— Como assim? — Colocou as mãos no bolso da calça.

— Não sei. — Observei Kate e Micael, que estavam estranhos demais. — Vocês parecem estar me escondendo alguma coisa. — Semicerrei os olhos.