Young and the Restless: A Vingança de Rayana - 3ª Temporada

Capítulo 45

Voltamos ao hotel, em silêncio. Micael digitava alguma coisa em seu IPhone, não fiz questão em saber.

A única questão que queria saber era: Eu estava ficando louca ou Rayana não havia morrido de fato?

— Vou preparar o banho. — Micael beijou minha testa após sumir pela suíte.

Caminhei até o mesmo, vendo que estava medindo a temperatura do chuveiro. Me encarei no espelho, respirando fundo.

— Está tudo bem? — Tocou meu ombro, deslizando o zíper do vestido em minhas costas.

— O que está acontecendo? — Silabei. Micael retirou minha calcinha, jogando no chão da suíte.

— O que você viu? — Me encarou, alisando meus braços.

— Eu vi ela. — Engoli seco, sentindo suas mãos abrirem o fecho do meu sutiã.

Me virei, coloquei minhas mãos no pescoço de Micael, alisando sua face.

— Eu juro que vi ela! — Decretei. Ele assentiu.

— Meu amor. — Suspirou. — Eu estou ficando realmente preocupado com você.

Comecei a chorar, em silêncio.

— Acho que... Você está com reflexo, por tudo que ela fez. Eu sei! Ela foi uma má pessoa.

— Você me acha louca então?

— Não foi isso que eu disse. — Pausou.

— Mas quis dizer. — Sai de seu abraço, caminhando até o enorme box de vidro.

Senti a água quente cair em meu corpo, relaxando. Fechei meus olhos e pensei que realmente eu poderia estar louca. Mas por que?

Aquilo pareceu tão real...

— Me escuta. — Micael entrou, se juntando comigo. Beijou minhas costas antes de virar meu corpo, fazendo eu o encarar, seriamente. — Você ainda está em choque com aquele pesadelo. — Pausou. — Isso não pode acontecer!

— Mas aconteceu! Eu vi ela, no espelho. Ela encarou a gente com aquele olhar, eu vi. Eu nunca havia presenciado aquilo na vida. — Comecei a me arrepiar. — Só que você nunca vai acreditar.

— Eu acredito em você! — Segurou meu rosto. — Mas eu queria que você desencanasse disso, poxa Sophia! Ela morreu! Ela foi cremada, você foi no velório dela, sabe disso.

Seus olhos castanhos eram expressivos até demais, Micael estava nervoso com a situação e não queria que eu estragasse tudo.

— Eu quero ir pra casa. — O abracei, alisando suas costas enquanto a água quente caía sobre nós.

— Não, nós não vamos pra casa. — Negou. — Nós vamos curtir a nossa lua de mel, ainda tem um roteiro enorme pra gente curtir.

Ficamos em silêncio, eu não aguentava mais chorar. Aquilo parecia um pesadelo!

— Olha aqui. — Segurou meu rosto novamente, sorrindo leve. — A gente vai curtir muito! Sabe por que? Porque nada mais importa. — Dei um sorriso leve. — Não queríamos isso? Agora temos!

— Você diz em relação à que?

— A nossa vida! — Sorriu. — Construímos uma família, nos casamos. — Sorrimos. — A gente desejou tanto isso.

— Sim. — Selei seus lábios carnudos ao meu.

Um turbilhão de pensamentos rondava minha cabeça, mas estar com Micael naquele momento foi precioso demais! Ele me transpassava tudo o que eu precisava, ele era o meu porto seguro e eu não conseguia viver longe dele.