Estava tão gostoso lá dentro, suas mãos grandes e fortes massageavam meus seios. Eu estava me sentindo tentada e não podia! Tinha que procurar por minha médica logo.— Eu estou com tanta saudade de você. — A voz rouca de Micael sussurrou em meu ouvido, me deu um beijo no pescoço logo após.
Meu corpo sofreu ondas de orgasmo intenso, sem ao menos estar fazendo sexo.
— Eu sei, eu sei. — Cerrei meus olhos sentindo Micael. — Para de fazer isso... — Tinha que pará-lo, minha intimidade pulsava para recebê-lo.
Eu tinha que ser forte!
— Vou ver ela. — Me virei rapidamente, encarando Micael. Ele bufou, um pouco irritado.
Também estava sentindo falta de sexo e não entendia minha ausência no ato.
Me sequei no closet e procurei por minha camisola de seda, após passar um creme no corpo e ir até o quarto de Kate. Ela estava dormindo, tranquila, tinha outro pijama soltinho no corpo que o pai lhe trocou. Não parecia sentir dor e muito menos falta de sono, o remédio ajudou um pouco.
Voltei ao meu quarto me encontrando Micael, havia acabado de sair do closet.
— Ela está bem? — Sentou-se na cama.
— Está sim! Espero que fique melhor amanhã. — Arrumei meu lado da cama, deitando.
Ele fez o mesmo.
— Sophia? — Me chamou, fiquei tensa.
Nunca me chamava pelo nome, sabia quando tinha algo de errado ao chamar o meu nome.
— Oi. — Estávamos deitados, um de frente ao outro.
— Você está escondendo alguma coisa de mim?
— O que? — Franzi o cenho. Eu estava escondendo sim!
— Você está mentindo pra mim?
— Amor, claro que não! — Me gelei inteira. — Por que eu estaria mentindo ou escondendo algo de você?
— Não sei, você está estranha. — Queixou-se. — Desde o dia que Rayana morreu você está... Estranha. Não me deixa tocar em você, ficar com você, não sei. — Pausou. — Parece que está com medo!
— Medo? Não é nada disso. — Fechei meus olhos. — Eu só estou me acostumando com a ideia, estamos juntos agora. Juntos mesmo! — Segurei suas mãos, beijando seus dedos.
Micael me encarou.
Meu corpo foi automático ao subir em cima de seu corpo, alisando seus braços e beijando seus lábios carnudos. Micael alisou minha bunda, subindo suas mãos até meu rosto, segurando intensamente. O pano da minha camisola já estava erguido até minha cintura, dando total facilidade para ele tirá-lo.
— Eu não posso, eu não posso. — Parei o beijo, negando diversas vezes.
— Por que você não pode? — Sentou-se comigo em seu colo.
Estava me encarando, bravo.
— Por que você não pode fazer sexo comigo, Sophia? — Seus olhos tinham uma expressão intrigante, eu parecia estar sendo julgada.
E ficaria mesmo se levasse essa história em diante.
— Eu já te falei o por quê. — Fui ao meu lugar novamente. — Boa noite, Micael.
Ele preferiu o silêncio, discutir comigo de novo não resolveria em nada.
O dia seguinte pareceu amanhecer rápido à nós, que estávamos tensos uns com os outros. Me espreguicei após encarar Micael dormindo tranquilamente, pensei em acorda-lo para o trabalho mas ele já sabia fazer decisões sozinhas.
Encostei meus pés quentes no chão frio do quarto, caminhando até a suíte e trancando em seguida. Tive minha maior surpresa ao levantar a camisola e ver que estava sangrando de novo.
— Que droga. — Me desesperei. Continha um pouco de sangue a mais do que o normal.
Afinal, o que eu estava esperando pra ir ao médico?
Tomei um banho quente e me troquei, sai do quarto indo até o de Kate, que também não havia acordado cedo. Verifiquei sua temperatura e dei um beijo demorado em sua testa, ela se remexeu um pouco mas voltou a dormir.
Estava decidida em: fazer o café, resolver os meus problemas e ir ao médico no final da tarde. Mas tinha que cuidar de Kate, não podia deixá-la sozinha.
Enquanto colocava meu cereal na tigela, Micael apareceu. Estava um pouco sonolento, tinha uma toalha na cintura e os cabelos estavam meio úmidos. Passou por mim indo até a pia, lavando uma caneca.
— Bom dia. — Disse calma, após sorrir. Não tive resposta.
Ele ficou em silêncio, terminou de lavar a caneca.
— Não vai falar comigo? — O encarei, cruzando os braços.
Ele se virou, tinha o ódio no olhar. E eu não sabia o por quê.
— Acha mesmo que eu devo falar com você? — Foi sua vez de cruzar os braços.
— Está bravo por ontem?
— Eu estou bravo por isso!
Abriu minha calcinha, que era branca, com sangue entre as partes.
Eu estava em choque!
— Desde quando você está sangrando?
Coloquei minhas mãos no rosto.
— DESDE QUANDO VOCÊ ESTÁ SANGRANDO? — Sua voz foi autoritária, brava e alta. Havia ficado com medo!
— Está vendo? Era por isso que eu não queria te contar. — Minhas lágrimas caíram.
— Amor, pelo amor de Deus. Você mora com um médico, UM MÉDICO! — Me fuzilou com o olhar. — Eu podia muito bem te ajudar, resolver isso. Mas não, você preferiu mentir pra mim e ainda confirmou.
— Eu só escondi de você.
— Você me traiu! Acho que essa forma é a pior, você me traiu feio, Sophia. Mentiu pra mim e me escondeu.
Estava chorando mais ainda.
— Desde quando você está sangrando?
— Alguns dias mas eu ia...
— Ah, você ia? — Debochou. — Ia quando? Ia esperar até você ter um aborto espontâneo? Se já não teve!
— Para de falar isso. — Me desesperei, chorando mais ainda. — Ele tá aqui ainda, eu sei que tá aqui ainda. — Segurei minha barriga, nervosa.
Micael estava me deixando nervosa.
— Não, ele não está aí ainda. — Estava muito bravo. — Você é uma mãe irresponsável! E por que você tem medo de mim? Eu não ia fazer nada demais, ia fazer o certo!
— Você iria ficar todo preocupado, eu não queria mais uma preocupação.
— É claro que eu ficaria preocupado, o óbvio! — Pausou. — Agora eu estou puto, bravo e irritado com você. Está com sorte de ainda estar falando e te olhando, meu ódio é bastante pra encarar isso. — Me observou enquanto chorava. — Estou decepcionado com você, Sophia. Muito decepcionado!
Sequei minhas lágrimas e fiquei em silêncio. Micael passou a mão no rosto, atordoado.
— Se troque rápido, vamos ir à sua obstetra. — Decretou e eu apenas assenti, aceitando todas as suas ordens.
Só que dessa vez, sem esconder nada.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Young and the Restless: A Vingança de Rayana - 3ª Temporada
RomansaDepois de anos, Rayana descobre a verdade sobre Sophia e Micael. O pior está por vir: sua doce e terrível vingança!