Capítulo 161

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— Nossa, acho que eu bêbada. — Soltei, sentindo minha visão turva e contando os copos de gin vazios diante à mesa.

Micael ria, tranquilo. Ele era forte com bebida, o que me deixava irritada. Homens...

— Sim, você está bêbada! — Afirmou, chamando o garçom.

Aaaaaaaah. Mas já? — Me entristeci. Meu corpo ainda pedia por álcool.

— Sim, dona mocinha. A senhorita bebeu demais! — Micael apontou para as taças de gin, me mostrando.

O garçom chegou.

— Eu gostaria da conta, por favor! — Pediu.

— Só um minuto. — Se perdeu na multidão, voltando alguns minutos depois com a conta.

Aquela parte burocrática e chata de estabelecimentos, onde alguma pessoa tinha que estar sã pra conseguir pagar a conta. E nesse caso, Micael é o que estava sã.

O garçom saiu e eu me questionei o por quê de Micael estar levantando pra ir embora. Eu não queria ir embora! Eu queria ficar ali e receber mais um pouco de álcool, meu corpo estava gritando por álcool mesmo eu não aguentando.

— Você pode me ajudar, por favor? — Pedi, ainda sentada. Sabia que se levantasse, eu cairia.

— Posso. — Micael segurou o riso, me ajudando. Suas mãos enlaçaram em minha cintura, tive seu apoio até chegar no carro.

— Ficar bêbado não é legal. — Neguei, caminhando sob sua direção. E Micael estava se divertindo, eu sei!

— Depende da ocasião. — Terminou de rir.

Paramos em frente ao Jeep estacionado. Micael acionou o alarme, destravando.

— Pera aí. — Me apoiei na porta. — Esse não é o seu carro! — Coloquei as mãos na cintura, pensando.

— Não, amor. Esse é o carro da Lua. — Me explicou, abrindo a porta do veículo à mim.

Me ajudou a sentar, delicadamente. Já que tudo girava ao meu redor.

— Ah. — Dei de ombros.

Micael bateu a porta ao seu lado, colocando a chave no contato e saindo dali.

— Micael, não era suquinho. — Questionei enquanto me virava no banco de Jeep, angustiada.

Meu estômago embrulhou, de uma vez só.

— Você legal? — Fez carinho em meu rosto.

Eu neguei. Micael parou o carro automaticamente, descendo e indo até o passageiro. Abriu a porta e tirou as minhas pernas de dentro, me fazendo ficar na posição exata pra vomitar.

E eu vomitei! Eu odiava vomitar, ainda mais quando estava bêbada.

— Isso amor! Bota tudo pra fora. — Alisou minhas costas enquanto eu vomitava.

O cheiro era terrível! Nunca mais eu iria beber.

melhor? — Me perguntou ao me ver recuperar o fôlego. Estava pálida e tremia bastante.

— Sim. Bem melhor! — Procurei ar fresco.

Micael abaixou o banco do carro à mim, me fazendo deitar e ir daquele jeito, até o nosso destino. Eu aleguei ali mesmo que nunca mais iria beber, mesmo vomitando, meu corpo queria desfalecer e sumir daquele lugar. Eu me sentia fraca, tonta e esquisita.

Chegamos depois de alguns minutos, andando pela cidade movimentada. Micael estacionou o Jeep no gramado e fechou o portão, tive sua ajuda ao sair do veículo, ainda fraca por estar passando mal.

— Vem aqui. — Colocou meu braço em seu pescoço, me ajudando a caminhar até um quarto aleatório.

— Eu quero deitar. Só isso! — Pedi, quase implorando.

— Vou te dar um banho, pode ser? — Neguei. — Por que não? — Riu leve, baixinho.

— Você vai me ver pelada. Eu não quero que você me veja pelada. — Decretei. — Estamos brigados! — Me sentei na cama confortável, o encarando, um pouco brava.

— Tem alguma coisa que eu ainda não vi? — Micael cruzou os braços, brincando comigo.

Mostrei o dedo do meio.

— Olha lá, mocinha. — Me ajudou a levantar, de novo.

Entramos no banheiro da casa, enorme. Só me lembro de ver uma banheira e alguns produtos caros de Lua em cima da pia, já que destruí todos, empurrando em desespero, achando um lugar pra vomitar.

— Não, não, não, não, não, não. — Micael tapou minha boca, me fazendo agachar em frente ao sanitário.

E lá se foi eu, de novo. Eu iria morrer de tanto fazer força pra vomitar!

— Micael... Eu muito mal! — Estava lacrimejando. Meu corpo parecia um frigorífico. Eu estava passando muito mal.

— Eu sei. — Me ajudou a levantar.

Foi cuidadoso ao retirar o meu vestido, levantando a barra até sair totalmente do meu corpo, enquanto eu tinha as mãos levantadas. Abriu o fecho do sutiã sem alça que eu estava usando, seguido da calcinha de renda. Abriu o box de vidro, me fazendo entrar.

muito... Frio. — Me queixei de frio, já que Micael havia feito questão de abrir o chuveiro gelado. Meu corpo tremia.

— Só assim que melhora. Confia em mim! — Manteve meu corpo debaixo do chuveiro, por alguns minutos.

Sim, eu nunca mais iria beber na vida!

Eu saí de lá, igual a uma pedra de gelo, só que na cor branca. Micael me secou e envolveu meu corpo na toalha felpuda, me levando até o quarto onde ele estava.

Me sentou na cama antes de me encarar.

— Onde estão as suas malas?

— Não sei. — Eu não sabia de nada. A única coisa que sabia era que eu precisava dormir, urgente!

— Estão no quarto da Lua? — Procurou com o olhar.

— Não sei. — Engatinhei até o centro da cama, me acomodando no edredom confortante.

Meu corpo sofreu um êxtase fraco, mas ainda sim, delicioso.

— Você vai dormir assim? — Micael achou graça.

— Eu vou. — Me aninhei. — Você não vem? — O chamei.

E seus olhos queimaram de excitação. Não era o momento, sim, mas... Você tinha que ser muito homem pra se deitar com uma mulher, nua, ao seu lado e não fazer absolutamente nada.

— Sim. — Assentiu. — Eu vou.

— Ótimo. — Fechei meus olhos enquanto sorria. Não vi quando Micael retirou sua blusa de botões e em seguida sua bermuda.

Mas senti seu corpo se deitar ao meu lado, se acomodando no edredom.

— Você vai ficar melhor agora. Eu prometo! — Me advertiu, alisando os meus cabelos úmidos pelo banho recente.

— Se eu não ficar, eu posso vomitar em cima de você? — Ele riu.

— Se você vomitar em cima de mim, eu vou te processar.

— Não vai não. — Cheguei mais perto. — Você tá tão... Quentinho. — Sorri animada, me confortando em seus braços.

— Eu te amo. — Micael beijou minha testa.

Mas não consegui responder, o sono havia me dominado.

Young and the Restless: A Vingança de Rayana - 3ª Temporada Onde histórias criam vida. Descubra agora