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38 - Edith

Afundei os dedos no lençol puxando o pano macio enquanto me contorcia movida pelos espasmos do gozo, sentia a língua de Felipe se enfiando na minha buceta bebendo meu suco orgástico enquanto eu voltava a lamber a base do seu pau que eu dividia com Analice que prazerosamente o chupava sem conseguir enfiá-lo de todo na boca.

Eu precisava de alma distração e o convite de Analice veio em boa hora.

Gael tinha voltado num dia e antes de cinco dias eu já estava querendo que ele fosse fazer outra longa viagem. Vah! Às vezes eu pareço que não me contento com nada de tanto que reclamo pelo rumo das coisas, mas trabalhar para alguém tão volúvel quanto Gael seca qualquer fonte de paciência.

Ele demitiu Diana que esteve afastada da boate desde que eu a chutei por causa de seu comportamento arrogante e desaforado, na noite seguinte ele nos apresentou a nova dançarina da casa, Diana, com um novo corte de cabelo.

- Não acredito que recontratou a vadia egoísta.

- A vadia egoísta é ótima dançarina, e o contrato dela é temporário, está substituindo Nara, a menos que você esteja se voluntariando para isso.

- Um dia desses eu me demito – alertei.

Mentira. Eu sabia, ele sabia. Ai Maria enviou uma mensagem no grupo de conversas do pessoal da N8 dizendo que precisava fazer uma viagem urgente e sumiu, não veio mais trabalhar e o celular desligado, seus vizinhos não tinham menor ideia sobre onde ela ou o filho tinham ido. Depois que seu paradeiro se tornou o assunto preferido do pessoal da boate com inúmeras teorias, Gael nos mandou cuidar de nossas vidas.

Ok, sem perguntas e conversas paralelas. Ai eu estava almoçando com Ângela na casa dela ao seu convite quando fomos interrompidas pela visita indesejada de Sofia Bispo – ou Sophie Bishop como ela me corrigiu todas as vezes que "confundi" seu nome. A visitante não convidada veio contar as boas novas. Estava grávida.

Ela estava eufórica com a novidade, tinha feito os testes de gravidez no palitinho só para calar a boca de uma assistente de palco que não parava de insinuar que seus mal-estares constantes, enjoos e tonturas eram sinais de gravidez, e não é que os testes – de todas as marcas que vendia na farmácia – deram positivo?

E como, pela matemática dela, a única pessoa com quem esteve no período correspondente ao tempo necessário para uma gravidez foi Victor – por que antes e depois esteve ocupada demais com sua agenda lotada –, isso fazia dele o futuro papai e de Ângela a vovó feliz ou cética pelo tom de Ângela quando disse que Sophie precisava fazer um exame médico para a comprovação da gravidez.

Ai eu estava vendo a felicidade da futura mamãe sendo expostas em suas mídias sociais e compartilhadas por Mortícia que parecia personificar a alegria maternal da outra. E então Sophie estava comemorando o exame positivo feito em laboratório na N8 com a presença audaciosa de seu primo engravatado e a nova melhor amiga, como uma família feliz.

- Conhece alguém que corta freios de um carro? – perguntei quando passei por Gael.

- Comporte-se. É uma mulher grávida e a outra é sua irmã.

- Mamãe e Conrado podem criar Iago, e eu posso esperar sete ou doze meses antes de cometer um assassinato.

Ai eu estava parecendo uma criança embirrada que não teve permissão para subir na montanha-russa olhando feio para quem estava se divertindo enquanto desejava fervorosamente que o brinquedo descarrilhasse. Foi quando Analice se aproximou e me chamou para vir com ela e Felipe para seu apartamento.

Então eu estava vendo Analice gozando pela segunda vez enquanto o jornalista a fodia com força por trás apertando e puxando seus quadris ao mesmo tempo em que eu mantinha o consolador na sua vagina. Analice afundou o rosto nos travesseiros já não aguentando ficar de quatro, os gemidos arfantes ainda podiam ser ouvidos com alguma clareza.