63 - Victor Hugo

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Edith deixa outro gemido escapar quando passo a língua por sua boceta lambendo o suco de seu orgasmo, sinto as unhas raspando minha cabeça quando ela puxa meus cabelos e ergue o quadril me dando ainda mais de seu prazer.

- Hugo... – seu chamado me deixa cada vez mais duro, já não suporto mais segurar a tensão.

- Vira, quero comer seu cuzinho – peço me afastando o suficiente para que ela se coloque de quatro para mim.

Ela se abre á minha espera, eu passo a língua no seu ânus e bato na sua bunda antes de pincelar sua entrada.

- Pare de brincar – ela manda e rebola contra meu pau.

- Você é muito exigente – digo e me afasto para sua irritação – Não se mexa.

Volto num instante com o lubrificante que passo nos dedos e lambuzo seu ânus, fazendo movimentos entrando e saindo, Edith se ajeita na cama arreganhando a bunda toda para mim.

- Me fode – ela pede num sussurro torturado e empina o traseiro.

Então a penetro, devagarzinho até estar todo dentro dela e paro. Edith geme, rebola tentando assumir o controle e eu aperto sua cintura para impedi-la. Hoje ela é minha e eu sou o único no controle da situação.

Deslizo para fora e penetro outra vez de uma só estocada, Edith geme, repito o movimento e acelero aos poucos, batendo nela com força me deliciando com o modo que chama meu nome. Os gemidos de ambos se misturam, o cheiro de sexo inunda tudo ao meu redor.

Inclino sobre suas costas suadas mordiscando seu ombro e deslizando a mão de volta para sua boceta, enfio três dedos de uma só vez na sua carne molhada. Edith grita quando tiro os dedos de dentro dela e belisco seu clitóris antes de começar a massageá-lo até que ela goze outra vez e se abandona contra o travesseiro enquanto mantenho meu ritmo.

- Eddie – chamo por ela, estou quase lá – Edith...

O doce gemido de prazer dela se torna uma estridente campainha.

Era o despertador me acordando para a realidade onde não havia Edith, gemidos de prazer e corpos suados. Tive que usar a mão para aliviar o desejo evocado por outro sonho, eu precisava arranjar tempo para sair com alguém, gastar toda essa energia sexual acumulada numa boa foda.

O difícil era conseguir esse tempo. O desfalque bilionário que Fábio deu na empresa nos deixou beirando o vermelho, só não entramos em falência por que apliquei uma soma considerável de minha conta pessoal nos cofres da Dracar. A esperança de conseguir um contrato com a Oceana foi por ralo abaixo, a notícia do rombo financeiro já tinha se espalhado e a confiança dos clientes começa a diminuir quando se fala de fraude.

E quando uma empresa vai mal a culpa recai sobre seu administrador, no caso eu. Alguns dos acionistas minoritários estavam colocando suas ações no mercado, descrentes na minha capacidade de reerguer o estaleiro á sua antiga glória. Nossos melhores clientes estavam cogitando nos trocar por nossa maior concorrente.

E cada dia que se passava eu reconsiderava a sugestão de entregar meu cargo, vender minha parte na empresa que meu avô criou e meus pais tornaram sinônimo de qualidade. Seria um golpe doloroso desassociar o nome Torres-Sandoval dos Estaleiros Dracar, mas se continuasse desse modo era o que eu faria para salvar o que restava da empresa.

Se no profissional eu estava com a corda no pescoço, na vida familiar eu estava até que me saindo bem, estava aprendendo aos poucos. Angelina havia pegado um resfriado e o pediatra disse que era normal, que Angelina ainda teria muitos resfriados antes mesmo de completar um ano de vida e isso me preocupou.

Eu já estava pronto para correr com ela para o hospital só dela amanhecer febril, para diversão incontida de Luzia, a babá, que fez questão de esfregar que já tinha criado três filhos e cuidado de várias crianças e nenhuma delas teve um resfriado onde 37,5ºC de febre fosse razão para levar a criança saudável no hospital. Talvez eu tivesse ficado um tanto quanto histérico por vê-la tão pequenina chorosa por culpa da coriza.

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