Se não houvesse uma vida lá fora eu podia ficar aqui para sempre, bom, talvez não aqui, no quarto dela que pode ter sido decorado por alguém sem personalidade que deixou como único indicativo de que é ocupado são as roupas na arara e o cheiro amadeirado do perfume dela no ar. Mas sobre uma cama com Edith nua á minha disposição.
Ela tinha simplesmente ignorado a irritação de sua mãe e me trazido para seu quarto, optei por esquecer tudo que estava depois da porta. Erámos apenas nós dois e uma noite toda de prazer mútuo. Trancados no seu quarto excêntrico não conversámos, tiramos nossas roupas e nos grudamos um ao outro saciando o desejo que nos consumia até que eu já não tinha mais ideia de onde estava ou que horas eram.
Acordei assustado com o barulho de uma porta batendo, abri os olhos para ver Edith se apoiando nos cotovelos com as pernas dobradas para trás se balançando enquanto sorria, esfreguei os olhos e franzi o cenho quando escutei um grito seguido de algo caindo e vi o sorriso de Edith se ampliar.
- Besta diabólica, volte pro inferno – uma voz gritou zangada, Edith riu.
- Essa foi minha Cruela Cruel assustando Mortícia que acabou de brigar com mamãe que saiu batendo a porta como se madeira fosse esponja.
- Por que elas estão brigando?
- Mamãe acorda de mau humor, Mortis acorda cantando. Mamãe é controladora, Mortis é desleixada. Mamãe anda insuportável nos últimos dias, Mortis sugeriu que ela devia procurar ajuda psiquiátrica.
Certo, da próxima vez levo ela para minha casa, ser acordado desse modo não é nada agradável.
- Quem é Cruela? – perguntei temendo a resposta.
- Minha gata calico, ela é temperamental e não gosta muito de pessoas.
- Você tem uma gata que não gosta de pessoas? – ri me sentando.
Posso estar sob o efeito do sono, mas juro que vi os olhos de Edith brilhando com maliciosa diversão enquanto seguia o movimento do lençol escorregando pelo meu corpo e quase descobrindo meu quadril.
- Eu entendo a Cruela, lidar com todos esses humanos barulhentos e agitados é tão cansativo – ela deslizou a mão por minha perna, subindo.
Quase não acreditei quando ela baixou a cabeça e me lambeu, meu pau reagiu logo ficando duro.
- Quer ir lá fora onde seu anjo da morte está se rebelando contra um ser inofensivo ou ainda tem tempo antes de voltar para sua rotina?
Levei um momento para entender o que ela tinha dito, ela estava zombando de quando falei sem pensar que a irmã dela me lembrava um anjo da morte por causa da aparência e do nome, depois ela observou que eu tenho uma rotina, ou seja, eu devia estar voltando para casa para me arrumar para ir trabalhar, mas quem disse que consegui pensar direito enquanto ela estava me chupando com tanta vontade? Apenas me deixei levar pelo prazer.
- Que boca gostosa – gemi quando ela fechou os lábios com metade de meu membro na sua boca, em resposta ela grunhiu como um gato á ronronar.
Edith teve seu tempo usando mãos e boca numa das melhores boquetes que recebi até então, já estava no meu limite quando ela passou sua atenção para minhas bolas enquanto os dedos apertavam meu pau com o polegar friccionando a carne vermelha da cabeça babada por saliva e pré-gozo. Senti o fluxo subindo quando ela me lambeu da base á ponta usando as unhas na minha coxa me levando ao ápice.
- Porra! – tentei afastá-la, mas ela voltou a prender meu pau com os lábios mornos enquanto eu gozava, gemi sem poder me controlar – Ah! Edith.
Olhei estupefato para o topo da cabeça dela, saboreando a sensação quente que voltava a se espalhar por meu corpo enquanto ela limpava meu pau com sua língua. Porra, minha libido tinha sido despertado outra vez depois de anos lutando para refrear esses malditos impulsos que fez de mim um viciado em sexo ou Edith tinha alguma coisa que despertava uma sede insaciável por seu corpo.
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Piloto Automático
RomansaEdith não tem nada contra o amor, só preza mais pela sua liberdade. Pelo menos é o que ela vive dizendo para justificar seu desapego ao romance. Victor Hugo é um workaholic que se colocou em celibato depois da morte da esposa e do filho. Nenhum del...