Capítulo 15: Ínterim

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AJOELHADA SOBRE O TATAME, SAKURA OUVIA o Lorde Feudal discorrer sobre todo tipo de assunto há quase uma hora

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AJOELHADA SOBRE O TATAME, SAKURA OUVIA o Lorde Feudal discorrer sobre todo tipo de assunto há quase uma hora. Suportara a maior parte do falatório, mas se sentia cada vez mais propensa a divagar e deixar a mente correr pelas obrigações do dia.

Luz entrava pela grande janela cortinada no cômodo, assim como uma brisa suave que amenizava o calor naquela manhã. Era a primeira reunião de Sakura com o Lorde Feudal como Nanadaime Hokage de Konoha.

O homem era mais jovem do que ela imaginara que fosse e estava sentado sobre uma grande almofada macia. Vestia um quimono verde ricamente bordado, e um pesado adorno de cabeça com o símbolo do país do Fogo. Apesar da idade tenra, falava com seriedade numa cadência espaçada e lenta, o que contribuía para arrastar aquela reunião.

— A respeito da sua requisição de fundos para a construção de uma clínica de saúde mental para shinobis com traumas, você tem o meu aval. Achei a sua ideia... revigorante. Reunirei algumas pessoas influentes no país para auxiliar na capitalização de recursos para o seu projeto. A sua iniciativa de buscar por jovens talentos para iryō ninjutsu também é boa. Se não me falha a memória, a sua mestra tinha a mesma linha de raciocínio de treinar um iryō-nin para cada equipe de três shinobis.

— Agradeço pelo voto de confiança — Sakura anuiu.

De repente, o homem agitou o leque no colo, abrindo-o e usando-o para se abanar.

— Ouvi muito a seu respeito, Haruno Sakura. Como médica e como kunoichi — enfatizou.

— Estou honrada por isso — Sakura manteve os olhos baixos enquanto falava com o daimyō.

— A sua mestra foi uma Hokage excelente. E o seu professor também fez muitos progressos durante o período em que comandou a vila, especialmente se considerarmos que ele assumiu o posto logo após o fim da guerra e toda a tragédia que se seguiu. Não preciso dizer que tenho muitas expectativas a seu respeito, não é mesmo?

Sakura aquiesceu mesmo que se sentisse consternada.

— Daria a minha vida por Konoha — afirmou, o que levou o homem a sorrir.

— Preciso de você viva, Haruno Sakura. Acredito que você sirva melhor aos meus objetivos estando viva. A sua reputação por todos os países é impecável e os seus feitos tornaram-na conhecida e muito respeitada. O que serve perfeitamente aos meus propósitos. — O homem fechou o leque abruptamente, batendo-o na palma da mão. — Preciso de alguém como você para manter a estabilidade na vila. Ainda mais se considerarmos os eventos recentes...

Sakura ergueu os olhos para o homem. Então, havia chegado o momento.

— Ouvi muito a respeito nos últimos dias... — O homem abriu o leque e voltou a usá-lo para se abanar. — O retorno milagroso de nove bijūs. E a absolvição improvável de um criminoso de guerra.

Contou os segundos, ciente da tensão crescente que emanava dela e que se espalhava pelo cômodo. A expressão no rosto fino do homem era ilegível, contudo. O olhar baixo projetava sombras sobre os malares salientes e os lábios estavam apertados numa linha firme.

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