Capítulo 4: Espertina

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POR VOLTA DA UMA DA MANHÃ, sozinha na torre silenciosa, Sakura decidiu que era hora de ir para casa

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POR VOLTA DA UMA DA MANHÃ, sozinha na torre silenciosa, Sakura decidiu que era hora de ir para casa. Fechou a porta do escritório depois de apagar todas as luzes, caminhou pelo corredor escuro e saiu para a noite fresca.

Algumas poucas luzes permaneciam acesas no prédio, a luz amarelada se derramando pelas janelas. Ela andou por um tempo, sem rumo num primeiro momento. Apesar do dia longo não se sentia exatamente cansada. Sua conversa com Sasuke horas atrás ainda reverberava na mente e mantinha o sono afastado; estava desperta e duvidava de que conseguiria dormir se fosse para casa.

Como era tarde, Sakura não cruzou o caminho de ninguém enquanto atravessava as ruas solitárias da vila na direção de um tachinomi que ela sabia que ainda estaria aberto. Riu consigo mesma quando percebeu que estava indo beber no seu primeiro dia de expediente, contrariando as advertências de seu pai para que se mantivesse longe do álcool.

Desculpe, tou-chan, refletiu, massageando o músculo tenso e dolorido da nuca e se aproximando do balcão do estabelecimento, sob uma marquise ornamentada por oblongas lanternas amarelas de papel. Parece que vou quebrar essa promessa logo no meu primeiro dia. O proprietário, um homem franzino de meia idade, virou-se para ela com um sorriso largo assim que percebeu a sua chegada e a reconheceu:

— Ora, a que devo a honra, Nanadaime-sama?

Sakura retribuiu o sorriso simpático e apoiou-se no balcão.

— Sem formalidades, Eikichi-san.

O homem meneou a cabeça e se virou para apanhar uma garrafa de vidro na prateleira logo atrás. Ele a colocou sobre o balcão, abaixou-se e em seguida pegou uma garrafa menor, sem tampa, junto de um copo pequeno de porcelana. Destampou a garrafa maior e verteu uma quantidade de bebida na garrafa menor.

— O mesmo de sempre eu suponho? — conjecturou com um meio sorriso.

Sakura aquiesceu e o homem imediatamente verteu a bebida da garrafa menor para o copo, enchendo-o até pouco mais da metade.

— Teve um primeiro dia estressante, deixe-me adivinhar — completou enquanto colocava o copo diante de Sakura.

Ela o pegou e bebeu o sakê num único gole. A bebida desceu quente demais pela sua garganta, mas assentou-se com um calorzinho agradável no seu estômago. Pousou o copo no balcão e deixou que Eikichi enchesse-o de novo.

— Não faz ideia, Eikichi-san — murmurou com um suspiro.

— Eu posso imaginar como deve estar se sentindo pressionada, Nanadaime-sama. Todos têm muitas expectativas sobre você, afinal, é a pupila da Godaime-sama e a única aluna restante do Rokudaime-sama. E a prisão de Uchiha Sasuke certamente não deve ser contribuído para abafar o burburinho que a sua nomeação causou.

Sakura franziu os lábios. Então brincou com o copo por um momento, rodando a bebida transparente dentro do recipiente de forma distraída antes de bebê-la. Mais uma vez, o sakê desceu queimando pela sua garganta, mas a sensação que restava depois a apetecia; era anestesiante.

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