Capítulo 27: Vontade de Fogo

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SAKURA JÁ HAVIA SOBREVOADO UMA BOA PARTE DA vila quando, mais à frente, a visão de três pequenas figuras lá embaixo chamou a sua atenção; crianças sem dúvida

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SAKURA JÁ HAVIA SOBREVOADO UMA BOA PARTE DA vila quando, mais à frente, a visão de três pequenas figuras lá embaixo chamou a sua atenção; crianças sem dúvida. Estavam parados sobre o terraço de uma edificação e — por sorte — na parte que não sofrera nenhum dano da explosão causada pelos comparsas de Sho. A maior parte dos shinobis, por ordens dela, havia se direcionado para onde os ataques simultâneos dos Demônios da Lua aconteciam, portanto, não havia nenhum superior para evacuá-los dali. Ela reconheceria aquelas crianças em qualquer lugar, a qualquer momento e mesmo à distância. Seu coração se comprimiu de preocupação no peito e um instinto mais forte do que ela a levou a saltar das costas do falcão de Sasuke e pousar bem sobre o terraço onde eles estavam.

Os três se viraram no mesmo momento, alertas, só para se virem diante da figura estimada da professora. O falcão de Sasuke, tendo recebido ordens de levá-la até a Kurama, deu a volta antes graciosamente pousar no telhado de outra casa a poucos metros dali, aguardando que ela subisse outra vez.

— Sakura-sensei! — as crianças disseram em uníssono.

— Por que estão aqui? — ela os inquiriu enquanto se aproximou para conferir se os três estavam sãos e salvos; felizmente não havia nem um arranhão ou mancha de sujeira maculando suas peles e vestimentas ninjas. — Dei ordens para que a vila fosse evacuada e para que os civis e qualquer shinobi abaixo da posição de um chunin fossem realocados para um local seguro.

— Queríamos saber o que estava acontecendo — respondeu Toyoharu.

— Estávamos bem perto quando as primeiras explosões aconteceram no Monumento dos Hokages. Vimos quando ele veio abaixo — Yusuke completou.

— Nós fomos levados para outro local, sensei, mas não suportamos esperar por lá sem notícias de todos. — Hikari tinha a voz meio fraca, arfante; os olhos azuis marejavam, o que Sakura tomou por um sinal de que ela sabia que havia algo muito errado com aquele ataque à vila. — Eu quis procurar pelo meu tio, e Yusuke e Toyoharu vieram comigo para não me deixar sozinha, mas não o encontramos em parte alguma da vila.

Sakura conteve o reflexo de se encolher e de franzir o rosto. A aluna sofreria mais do que qualquer outro quando descobrisse a traição do tio. Não havia mais ninguém tão próximo a ele do que ela. Então, sem mais dizeres, ela foi até Hikari, abaixou-se e a envolveu em um abraço afetuoso, para a perplexidade da garota.

— Sakura-sensei? — chamou-a, confusa.

— Você é uma garota forte, Hikari-chan — disse ao se afastar, acariciando o topo da sua cabeça.

Olhou para os outros dois em seguida e elogiou-os pela coragem e pela lealdade que não permitira que eles deixassem a companheira de equipe sozinha. Memórias da época em que Sakura integrava o Time 7 encheram-na de alegria e de saudade. Naruto e Sasuke cuidavam um do outro, e cuidavam dela. A célula tripla que Kakashi mencionara. Sakura daria tudo para tê-los de volta, para reviver os tempos de genin. Mas, o passado era passado. Ela só poderia seguir em frente dali em diante e suportar sobre os ombros as consequências dos atos que construíram aquele mundo.

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