Capítulo 32: Alvorada

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SAKURA LEVOU HIKARI ATÉ KURAMA BEM CEDO naquela manhã

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SAKURA LEVOU HIKARI ATÉ KURAMA BEM CEDO naquela manhã. Ela deu à aluna uma última chance de desistir, de voltar atrás, mas Hikari parecia determinada a ir em frente. Como professora, ela só podia tomar um único curso de ação. Por isso, resolveu levá-la até o local onde a Kyūbi e o Nanabi eram mantidos, passando pelos shinobis que eram os responsáveis por protegê-las, e que a cumprimentaram com sorrisos e muita boa vontade depois de reconhecê-la.

Observou a aluna o tempo inteiro, à procura de sinais de que a menina começaria a hesitar ou duvidar de si mesma, mas Hikari não vacilou em nenhum momento. Manteve os passos firmes, os punhos cerrados e os olhos azuis fixos no caminho diante dela. Era a personificação da coragem — ou da teimosia.

Quando atingiram o local, viram que Chōmei estava mais próximo às árvores densas e altas, com as quais parecia possuir mais familiaridade. O Nanabi tinha a estranha forma de um besouro gigante, então talvez a conexão com a natureza viesse dali. Mas Kurama havia se deitado na grama sob o sol, a cabeça apoiada nos membros superiores, as pontudas orelhas caídas, e tinha as pálpebras cerradas; dormitava, o dorso do corpo expandindo-se conforme respirava profundamente.

Hikari olhou para a forma massiva da raposa, para os pelos avermelhados brilhando sob o sol da matina, e arregalou os olhos quando tomou consciência do seu tamanho mesmo estando deitada e tendo as nove caudas enroladas confortavelmente ao redor do corpo. De repente, ela riu, cobrindo a boca para abafar o som.

— O que é tão engraçado? — Sakura a inquiriu.

— É que... Kurama é tão fofa! — a menina respondeu docemente.

Sakura meneou a cabeça e riu com ela, voltando a atenção para a raposa que dormia como se não tivesse nenhuma outra preocupação no mundo inteiro. Cruzou os braços enquanto via o nove caudas acordar devagar. A grande mandíbula, repleta de dentes afiados, abriu-se para que ela bocejasse longamente. Depois de alongar os membros e agitar as caudas, erguendo-as, Kurama notou-as ali.

— Ohayo, Kurama — Sakura cumprimentou-a.

— Ohayo! — Hikari acenou com mais entusiasmo, agitando os braços sobre a cabeça.

Kurama bufou em resposta, olhando de viés para as duas ali de pé.

— O que querem tão cedo comigo? — indagou depois de inclinar a cabeça para baixo para que pudesse aproximar-se e ouvi-las melhor.

Sakura tocou o ombro da menina, instigando-a a dar um passo adiante e se apresentar.

— Na verdade, é a Hikari-chan quem deseja lhe dirigir algumas palavras. Não é mesmo, Hikari-chan?

Kurama voltou os olhos para a menina. Tinha irises vermelhas e pupilas estreitas e elípticas no seu centro. Eram olhos intimidantes que perfuravam quando se cravavam em um indivíduo e fariam com que até o mais corajoso dos shinobis estremecesse quando se visse alvo do seu olhar. Mas verdade seja dita Hikari não recuou mesmo quando a raposa a perfurou com os olhos.

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