Capítulo 3: O Confronto

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O SOM DO SEU NOME NA VOZ DE SASUKE fez com que Sakura estagnasse no lugar, ambos os pés bem plantados no chão

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O SOM DO SEU NOME NA VOZ DE SASUKE fez com que Sakura estagnasse no lugar, ambos os pés bem plantados no chão.

Mesmo depois de tantos anos, ouvi-lo dizer o seu nome, apenas chamá-lo, fazia com que o seu coração errasse uma batida. Não importava o quanto ela tivesse tentado apagá-lo da memória e da alma. Não importava o quanto ela tivesse tentado detestá-lo com tudo o que tinha, cada grama de sua determinação.

Bastava ouvi-lo dizer o seu nome para que algo dentro dela despertasse, um sentimento adormecido, latente, porém jamais extinto. Um fantasma que ela carregaria para todo o sempre, do qual jamais se veria livre. Esperar pelo contrário era tolice, aprendeu com o lento passar dos anos.

Levou um tempo para se recompor, aprumando-se, e então seguiu adiante passo por passo. Aproximou-se da cela, das barras de ferro, do espaço tomado pela escuridão que não lhe permitia entrever o que Sasuke estava fazendo ali dentro; qual expressão ele carregaria nos olhos ao vê-la chegar mais perto.

A lâmpada no teto baixo zumbia, a luz baça e amarelada piscava vacilante sobre a sua cabeça. Ali, as sombras eram maiores e mais espessas, e ainda mais frias. Arrepiavam-na. Não era o mais agradável dos lugares e uma pequenina parte dela se deprimia por imaginar Sasuke preso nas entranhas pútridas daquela prisão. A emoção lhe era uma novidade desconcertante.

Sakura não se sentia nem um pouco como a executora de uma justiça tardia enquanto estacava diante da cela, enfim tendo se aproximado o suficiente para distinguir os contornos cinzentos de um corpo dentro da cela. Descobriu-o imóvel, os ombros fortes estagnados, mal notava o movimento sutil da respiração dele.

Estavam frente a frente outra vez, separados apenas pelas barras de uma cela, divisados por todos os anos entre eles, e todas as mágoas, todas as palavras não ditas, todas as emoções discordantes que afloravam vindo à tona depois de tanto tempo adormecidas. Havia algo gritando dentro de Sakura, uma voz que se recusava a ser silenciada, um sentimento que se recusava a ser ignorado ou esquecido.

Devagar, ela apartou os lábios, mas som algum proveio deles. O vulto dentro da cela se moveu, por fim, e aproximou-se mais das barras de metal frio. De uma vez, Sasuke adentrou o facho fraco de luz amarelada. Sakura por pouco não se retraiu ao se deparar com ele estando tão próximo. Por um momento, sentiu o cheio dele, sentiu, até mesmo, o calor que emanava dos músculos esguios.

Não posso recuar; sou uma Hokage, lembrou-se e, assim, manteve-se firme no mesmo lugar. Não vou recuar, ela se decidiu e olhou para o rosto de Sasuke, todos os seus medos esquecidos.

Contra a luz fraca da lâmpada no corredor, o rosto de Sasuke estava abatido, pálido e talvez ela tivesse tido a impressão de que ele também estava mais magro. A pele macilenta e o cabelo negro caindo rente à face até roçar os ombros conferiam-no uma aparência penosa. Havia olheiras sob o olho preto visível, e as vestimentas que ele usava estavam amarrotadas e puídas em alguns lugares.

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