Numa realidade remota, durante a sua última batalha no Vale do Fim contra Naruto, Sasuke se tornou o vencedor e, ao assassinar o melhor amigo, rompeu o laço que ainda o prendia a tudo o que ele viveu com o Time 7. Também concluiu a sua revolução e s...
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POR TODA A VILA UM AGUACEIRO REPENTINO desabou. Entremeado pelos clarões de relâmpagos e pelo estrondo de trovões, o som da água ao bater nos telhados e janelas, escorrer pelas calhas e empoçar nas ruas criou uma verdadeira sinfonia que regeu o fim da noite e o início da madrugada.
Os que foram pegos desprevenidos nas ruas pela chuva tiveram de buscar abrigo em marquises e fachadas, praguejando o mau tempo. Mas a grande maioria da vila dormia um sono profundo e pesado.
A chuva lavava a sujeira deixada pela fuligem dos incêndios e explosões, levando embora também as manchas de sangue dos locais que delimitavam onde as batalhas pela vila haviam acontecido há pouco mais de uma semana. Nas ruínas da Torre do Hokage, via-se o arcabouço de uma nova edificação sendo erguida. Mas no Monumento dos Hokages, mal se podia discernir o que restara dos rostos talhados na pedra. Os fantasmas do passado não mais olhariam pela vila. Era hora de seguir em uma direção diferente. Os mesmos ventos que trouxeram as nuvens de chuva, antes, também trouxeram mudanças.
A salvo da tempestade que desabava do lado de fora, havia um outro tipo de tormenta revirando as emoções de Sakura e despertando sensações antes nunca experimentadas no seu corpo. O primeiro toque dos lábios de Sasuke foi um experimento, uma experiência — a culminação de algo havia muito esperado e ansiado. Ele se afastou o bastante só para que pudesse olhá-la, para ler suas emoções, e quando se satisfez com o que viu voltou a beijá-la, encostando os lábios nos dela com mais vigor e paixão do que antes. E foi o que bastou para que os dois entrassem em combustão juntos.
Sakura moveu o braço livre cuja mão ele não segurava e subiu-o pela manga vazia da blusa preta até que a sua mão envolvesse o ombro dele. Um suspiro lhe escapou, os lábios se apartaram, e foi o convite do qual ele precisava para invadir a boca dela com a língua, aprofundando o beijo. Ela tombou a cabeça para trás quando ele fundiu ainda mais as suas bocas, pressionando todo o corpo contra o dela enfim.
O gosto dele estava na sua língua, o hálito dele estava dentro da sua boca, mas Sakura descobriu que estava longe de ser o suficiente. Havia uma fome insaciável, um vazio que clamava para ser aplacado. Não conseguia colocar em palavras nem tampouco expressar, mas precisava de Sasuke mais do que nunca: sob a sua pele, dentro do seu cerne e junto aos seus ossos. Ela quebrou o beijo por um momento, pestanejando os belos olhos verdes escurecidos de desejo. Um relâmpago iluminou as feições dele por um segundo. Os olhos queimavam, ardiam de paixão. Lambeu o lábio para sentir o que restou do gosto dele. Não era o bastante.
— Mais — pediu num sussurro sôfrego, quase sem fôlego. — Mais, Sasuke-kun.
Puxou-o para baixo pela gola da blusa e pressionou a boca na dele outra vez. Sasuke acatou-a e voltou a explorá-la com a língua, mas mais devagar. Sakura relaxou o corpo contra o de Sasuke e entregou-se ao beijo. A mão dele que segurava a dela soltou-a para que pudesse enganchar-se nas mechas de cabelo, impondo-se sobre ela e dominando-a. Sakura aproveitou que tinhas as duas mãos livres e passou-as pelo torso dele, envolvendo-o com os braços para que pudesse se esmagar contra o peito forte.