Capítulo 19: Sussurros na Escuridão

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SASUKE VINHA REPETINDO AQUELE JOGO perigoso pelas últimas três noites; sem falhas

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SASUKE VINHA REPETINDO AQUELE JOGO perigoso pelas últimas três noites; sem falhas. Insuspeito, esgueirava-se nas sombras noturnas da vila à vontade, desfrutando, pela primeira vez em dias, de um pouco de liberdade sem que os vigias designados para segui-lo a cada passo dado sequer sonhassem que haviam sido ludibriados.

Era um plano arriscado, soubera desde o momento em que o concebeu, e se Sakura descobrisse ele acabaria por quebrar o frágil elo de confiança que tinha conseguido estabelecer com ela, mas a alternativa implicava que ele permanecesse estagnado, inerte ante a trama conspiratória que se desenrolava em Konoha ante os seus olhos. Portanto, assumiu todos os riscos e deu aquele passo adiante.

A chave para o triunfo daquela pequena missão secreta que realizava era a resposta pela qual Sasuke procurara desde aquela primeira noite em que confrontou Fukuda Sho e rompeu um genjutsu no shinobi chamado Nomura Iori. Por um momento, enquanto reunia chakra para dispersar a técnica ilusória, Sasuke obrigara o próprio corpo a produzir mais chakra, forçando o limite imposto pelo selo na base da nuca e ignorando todos os argumentos que tentavam convencê-lo a não fazer uma loucura.

A fraqueza e o enjoo abateram-no em seguida, mas não havia escapado à atenção de Sasuke que ele conseguira forçar o selo, reunindo mais chakra do que o necessário. O que significava apenas uma coisa: Sasuke era mais forte do que aquele selo. Não o suficiente para rompê-lo de uma vez por todas — e ele mesmo não desejava aquele desfecho —, mas o selo não parecia ser capaz de contê-lo completamente, de modo que o seu corpo conseguia reunir mais chakra do que os Kages haviam imaginado quando o puseram nele.

Então, pelos últimos três dias, enquanto Sakura estava fora para o trabalho e ele, recluso dentro de casa, Sasuke aproveitara cada momento para testar a si mesmo e testar os limites do selo. Até aonde ele seria capaz de chegar antes que desmaiasse de exaustão? Até que ponto ele poderia se arriscar antes que o bom senso o forçasse a parar?

E, pela noite, depois que Sakura chegava, exausta do trabalho, e desabava na cama solitária do quarto ao lado, Sasuke esgueirava-se para a escuridão dos becos estreitos e para as sombras criadas por prédios altos da vila. Despistar os shinobis encarregados de segui-lo era particularmente a parte mais divertida daquilo tudo — se Sasuke admitisse para si mesmo que achava toda aquela situação uma coisa hilária em primeiro lugar.

Depois de enganar os seus perseguidores, adentrando um beco escuro ou passando sob uma marquise, e por pouco não se fundindo às sombras, Sasuke era rápido para canalizar o chakra, àquela altura já habituado ao desconforto que o selo causava, e realizar os selos de mão. Um kage bunshin aparecia no mesmo instante e seguia adiante descendo ou subindo uma rua qualquer e levando para longe os vigias relutantes.

Quanto ao Sasuke verdadeiro, este permanecia oculto nas sombras até que o perigo de ser descoberto passasse, e então a noite era inteiramente sua. E ele a usava como bem entendia para os seus próprios propósitos. Era fácil andejar pela sua vila natal, por cada rua que ele conhecera no passado, e evitar ser descoberto.

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