Capítulo XXXII - Uchiha errado

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Capítulo XXXII

Autora

Dirigia devagar pelas ruas de Suna. Sempre gostou de vagar pela cidade para pensar, e naquele dia estava precisando muito disso.

Depois de rodar um pouco, parou em frente a casa que dividia com outras alunas da sua turma. Podia bancar um apartamento sozinha, mas odiava a ideia de ficar só; diferente da Senju, ficar sozinha não era algo confortável para a Sato. Por isso, havia demorado para voltar para casa. Sabia que as meninas estariam fora e só voltariam amanhã; quis diminuir o tempo que ficaria sozinha.

Agora que Sasori havia terminado, tinha mais tempo livre do que queria e precisava urgentemente dar um jeito nisso. Talvez o Akasuna fosse carta fora do baralho, mas tinha conhecido muita gente interessante em Konoha e poderia, dessa vez, se envolver com alguém que atualmente fosse mais próximo da Senju.

Sorriu ao se dar conta de quem seria a pessoa perfeita para tentar se aproximar.

Sai Uchiha. Apesar de não ser exatamente próximo da Senju, era primo de Sasuke, e a Sato tinha a impressão que se aproximar dos Uchihas seria muito promissor aos seus planos de infernizar a vida de Sakura, já que sua parceria com a Hyuuga tinha dado problema.

Revirou os olhos ao lembrar da discussão que teve com Hinata no dia do festival. A Hyuuga havia sido uma decepção para ela; por mais que soubesse que Hinata apesar de tudo tinha limites, não pensou que ela desistiria da parceria pelo que ela teve que fazer para impedir Yahiko. Algumas pessoas falavam mais do que faziam e, para Konan, Hinata Hyuuga era uma dessas pessoas.

Saiu do carro e seguiu para a casa, animada; a saída havia rendido frutos. Já sabia qual seria seus próximos passos e estava ansiosa para colocá-los em prática.

Abriu a porta e ia direto para seu quarto, mas estranhou a luz do abajur da sala acesa. Imaginou que uma das meninas havia deixado e foi até a sala para apagar.

Parou ao ver a silhueta de costas. A Senju estava parada em frente a porta de vidro que dava para os jardins e tinha o que parecia um caderno em suas mãos.

— Você é realmente obcecada, não é? — Sakura não se virou ao falar. — Sempre me perguntei se você era do tipo que fazia essas coisas bizarras e finalmente eu tive certeza.

A Senju se virou para encará-la. Konan não pareceu incomodada ao ver o caderno de recortes nas mãos de Sakura, pelo contrário, tinha um sorriso satisfeito não lábios.

— Invasão de domicílio, Saky? Poderia te processar por isso.

— Acho que já passamos dessa fase, Konan. — A Senju se sentou na poltrona que estava ao seu lado e colocou o caderno sobre a mesinha de centro. — Afinal, depois do que você fez com Yahiko, ficou claro para mim que infligir a lei se tornou um mero detalhe para você.

— Veio por causa disso? — O sorriso da Sato aumentou e ela se sentou no sofá à frente da Senju. — Não sabia que se importava tanto assim com ele. Gaara não fica com ciúmes, por ter a vaga de ruivo sendo preenchida na sua vida?

A Haruno ficou em silêncio, observava a garota sentada à sua frente e se perguntava como um dia pôde confiar em alguém como ela. Depois que a máscara da Sato havia caído, tudo em relação a Konan havia se tornado óbvio demais.

— Você queria minha atenção, Konan, e conseguiu. Fale o que quer e acabemos logo com isso.

— Claro, mas primeiro me fale o que achou do meu scrapbook, está bem desatualizado, mas acho que fiz um bom trabalho. — Mesmo já conhecendo-a, ainda era assustador para Sakura o cinismo da Sato. — Deve ter sido doloroso rever a reportagem do acidente do seu pai, ainda pensa muito nisso?

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