• Capítulo 24

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Rugge on·

Rugge: está tudo bem?- Bret Allandale me segurou por quarenta e cinco minutos em uma conversa. Encontrei Karol no jardim olhando o pôr do sol sobre a água e enlacei sua cintura parando atrás dela.
Kah: tudo sim- sem pensar toquei sua barriga plana. Tinha gente por perto, por isso falei em voz baixa.
Rugge: pensar que pode ter um filho meu crescendo dentro de você, dentro desse corpo lindo é absolutamente incrível.
Kah: Ruggero...
Rugge: eu sei, você acha que não está preparada, mas eu sei que vai ser uma mãe maravilhosa. Vai ficar muito brava se eu confessar que uma parte minha está torcendo para você estar grávida? Assim não vai ter nenhuma chance de se livrar de mim- puxei o cabelo dela de um lado e beijei seu pescoço.
Kah: posso te perguntar uma coisa?
Rugge: o que quiser.
Kah: se eu estiver grávida vai querer criar esse filho comigo?
Rugge: é claro que sim, que pergunta é essa?
Kah: não sei, acho que estou cansada e emotiva, o dia foi longo.
Rugge: bom, vamos embora logo. Você já devia estar descansando mesmo.- depois que o sol se pôs decidi que era hora de ir para a pousada. Chloe já havia bocejado duas vezes e era evidente que ela não ia aguentar acordada por muito mais tempo. Estava sentada em uma das mesinhas infantis com outra menina e as duas brincavam com massinha de modelar cor-de-rosa. Puxei uma cadeirinha para Karol e nós dois sentamos- O que estão fazendo?
Chole: um homem da neve.
Rugge: um homem da neve cor-de-rosa?- ela parou de moldar a massinha e olhou para mim como se eu tivesse feito um comentário ridículo.
Chloe: é um homem da neve menina.
Kah: gostou da festa Chole?- perguntou Karol.
Chloe: gostei, mas não acabou. Meu aniversário dura o fim de semana todo- Karol riu.
Kah: ah é?- Chloe assentiu depressa.
Chloe: amanhã de manhã quando a gente acordar vai ter panqueca de gota de chocolate e leite com morango.
Rugge: que pena que vamos perder tudo isso, parece que vai ser delicioso- falei.
Chloe: por que vão perder? Vocês dormem até tarde?
Rugge: não, mas não vamos dormir aqui meu bem- respondi.
Chloe: não quer tomar café da manhã comigo?
Rugge: é claro que quero.
Chloe: quem vai montar o resto dos meus brinquedos de manhã? Mamãe disse que você ia montar meu carro e a casa dos sonhos.
Rugge: ela disse é?
Chloe: por favooor- olhei para Karol sem saber como dizer não para minha filha. Tinha encontros limitados com a criança e a ideia de decepcioná-la logo depois de tê-la conhecido era inaceitável. Karol cobriu minha mão com a dela e a afagou.
Kah: tenho uma ideia Chloe. Ruggero e eu voltamos amanhã cedo para o café, depois ele pode montar seus brinquedos.
Chloe: sério?- Karol assentiu para mim e sorri para Chloe.
Rugge: sério meu bem- demos uma volta pela festa nos despedindo de todos e Candelária nos levou até a porta.
Cande: Chloe está muito animada porque vai voltar amanhã. Pena que não vai passar a noite aqui, tem muito espaço.- tive a impressão de que ela olhou para Karol- Ela adoraria acordar com o pai na mesma casa, mesmo sem saber ainda que você é o pai dela.
Rugge: que horas vai servir o café?
Cande: Alexia vem de manhã, ela chega às nove. Nove e meia?
Rugge: perfeito, até amanhã.
Cande: vou estar esperando Ruggero.- Candelária tocou meu braço e baixou a voz- Chloe tem sorte por ter você. Sei que cometi erros graves, mas espero pelo bem da nossa filha que possamos superar todos eles. Quero muito que ela conheça o pai biológico... tenha uma família de verdade.
[...]
Rugge on·
Karol estava estranhamente quieta durante o curto trajeto até a pousada Harbor House e continuou quieta depois que chegamos. Quando fomos para a cama eu a abracei e tentei fazê-la falar sobre o que a estava incomodando.

Rugge: fala comigo. Você está estranha- a cabeça dela repousava sobre meu peito, bem em cima do coração e eu afagava seu cabelo sedoso no escuro.
A lista de problemas que podia estar incomodando Karol era interminável atualmente. Estávamos passando o fim de semana com uma filha que eu tinha acabado de conhecer, em uma casa que já havia sido minha, enquanto minha namorada que podia estar grávida era provocada o tempo todo por minha ex e eu ainda perguntava o que a incomodava? Seria mais fácil perguntar o que ia bem. Para mim essa pergunta era simples: o que ia bem na minha vida era ela. Ela era perfeita. Mesmo com todo o caos não lembrava um tempo em que alguma coisa havia estado mais perfeita para mim. Nós éramos perfeitos juntos.
Kah: estou cansada, só isso.
Rugge: então não tem nada a ver com conviver com a bruxa da minha ex, ter descoberto recentemente que tenho uma filha de cinco anos ou a possibilidade de estar grávida. Esqueci alguma coisa?- ela riu baixinho.
Kah: esqueceu o café da manhã com a Alexia, vai ser o máximo.
Rugge: ah é, nada como uma dupla de bruxas no café da manhã.- Karol ficou em silêncio de novo. Odiava ir dormir sem esclarecer as coisas, mas havia sido um dia longo e ela precisava descansar. Em cerca de dez minutos ouvi sua respiração mais lenta e estável e soube que ela estava dormindo. Com Karol em meus braços e olhando para a escuridão percebi que não precisávamos rever o dia. Às vezes as palavras que ficam por dizer são as que mais precisam ser ditas- Amo você Karol.- murmurei para minha bela adormecida- Amo você pra caralho.
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Rugge on·

Kah: que horas são?- ela alongou os braços acima da cabeça e o lençol que a cobria escorregou revelando os mamilos salientes embaixo da camiseta branca. Eu estava sentado à mesa do outro lado do quarto em silêncio trabalhando desde as cinco horas, mas me aproximei da cama incapaz de resistir à vontade de beijar aquela pele exposta. Abaixei um pouco mais o lençol e levantei a camiseta regata deixando um caminho de beijos em seu ventre.
Rugge: são quase oito e meia, você apagou- subi mais um pouco e beijei a curva inferior de um seio.
Kah: hum...- o som que ela fez ecoou direto no meu membro- Que horas é o café da manhã mesmo?
Rugge: vou fazer minha reação matinal agora- levantei mais a camiseta e suguei um mamilo, chupei com força e os dedos dela deslizaram por meu cabelo.
Kah: Ruggero...
Rugge: hum...- passei para o outro mamilo e o contornei com a língua enquanto olhava para ela- O que posso fazer por você linda? Prefere que eu te devore ou vamos brincar de esconder com meu pau?- ela fechou os olhos quando mordi o mamilo. Um gemido brotou de sua boca e por um instante pensei que teria um momento de adolescente. Se controla Ruggero.
Subi um pouco mais por seu corpo e falei com os lábios tocando os dela.
Rugge: o que vai ser? Uma parte minha vai ter que entrar em você Karol. Escolhe se vai ser a língua ou o pau.- fui beijando a boca até a orelha e voltei decidindo que se ela não ia responder o melhor era começar abaixo da cintura e subir até terminar. Decisão tomada, levantei a cabeça para contar a ela o que planejava fazer e o que vi foi como um soco no estômago. Lágrimas escorriam por seu rosto- Karol? O quê...?
Kah: eu menstruei.
Rugge: ah, meu amor...- fechei os olhos e encostei a testa na dela.
Kah: tudo bem, eu... eu... eu não queria mesmo estar grávida.- ela limpou as bochechas- Só me empolguei com a situação. Ver você com sua filha, perceber que seria um bom pai, não sei, acho que só queria fazer parte daquilo.
Rugge: não tem nada que eu queira mais. Pode não ser hoje ou amanhã, mas um dia vamos ter uma família.
Kah: como tem tanta certeza?
Rugge: com relação a você não tenho dúvida nenhuma.
Kah: meu Deus Ruggero, por que dói tanto? Tenho a sensação de que perdi alguma coisa embora nunca a tenha tido- ela chorou durante muito tempo nos meus braços e quando a comporta se abriu tudo transbordou. A dor no meu peito diante de seu sofrimento era quase maior do que eu podia suportar. Tive que engolir o choro mais de uma vez. Quando ela finalmente se acalmou queria muito dizer que a amava, mas tinha medo de que pensasse que só estava falando porque ela estava triste.
Rugge: quer ficar aqui? Eu vou tomar café com Chloe e volto. A última coisa de que precisa agora é de Candelária.
Kah: mas quero me despedir de Chloe.
Rugge: então vamos fazer diferente. São só alguns quilômetros até a casa. Eu vou de táxi e você pode ficar na cama mais um pouco, depois quando se sentir melhor pode ir me buscar de carro e se despedir da Chloe- ela assentiu.
Kah: boa ideia. Acho que não consigo aguentar Alexia e Candelária por muito tempo.
Rugge: então é isso que vamos fazer.- levantei seu queixo para obrigá-la a olhar para mim- Vamos superar tudo isso, prometo ok?- naquele momento nem imaginava, mas algumas promessas simplesmente não podem ser cumpridas.

An Unforgettable Love [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora