Capítulo 2

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Yago Takahashi

O tempo estava para chuva quando cheguei na minha cidade natal de Seul, a capital da Coreia do Sul, conhecida pela sua cultura de arranha-céu, palácios e mercados de rua. Uma cidade que está além de seu tempo, tudo gira em torno da tecnologia avançada, que em outros países.

Estava voltando para a casa, depois de quase, 6 anos fora, do meu país, onde eu estava? Bem, meus avós por parte de mãe são do Brasil, então, decidir passar as férias da escola por lá, porém o que era para ser de um mês, se tornaram 2 anos. Amei muito aquele país, sua cultura, as pessoas com seu jeito alegre de viver a vida, principalmente a forma que eles correm atrás de seus sonhos.

Mas, infelizmente tive que voltar para casa, tinha que enfrentar a realidade, afinal, logo iria ser o CEO do grupo Takahashi, assim que me formasse na faculdade.

-  Takahashi Yago – o secretário geral da mansão Takahashi disse quando cheguei perto dele – Fico feliz por ter voltado ao seu país.

- Trouxe o que me pediu – entreguei minha mala a ele.

- Aqui – mostrou a chave da minha nova moto que havia comprado, quando ainda estava no Brasil.

- Obrigado – peguei a chave de sua mão, indo em direção a saída do aeroporto.

- Não vai para casa? – gritou ele atrás de mim, dei um acento de até logo e corri em direção a moto que estava em frente a porta principal do aeroporto.

- Que linda – olhei ela que ainda estava sem placa – Fala sério, tenho bom gosto – peguei um dos capacetes que estava em cima do banco, o colocando na cabeça, e mudando na moto Hayabusa 2009, azul metálico. Dei uma pequena acelerada, só para sentir a potência, percebi que ela seria forte, acho que mais forte do que a do meu irmão.

- Takahashi Yago!

Olhei para trás e vi alguns repórteres, correndo em minha direção, não pensei duas, sai cantando pneus daquele lugar.

Eu não gostava muito de ser famoso, não me importava com o dinheiro, apenas com a minha família e com a minha felicidade. Seria difícil acostumar, com essa vida novamente, acostumei tanto a ser anônimo no Brasil, agora vou ter que viver junto com seguranças para cima e para baixo, mas, já tenho meu plano.

Não sabia para onde ir exatamente, apenas queria curtir meus últimos minutos antes de todos ficassem sabendo que o herdeiro mais velho da família Takahashi, estava de volta a Coreia do Sul.

Passando por uma rua, vi uma lanchonete, bem simples por sinal, o estacionando estava um pouco vazio, era sinal que não tinha quase ninguém lá dentro. Parei minha moto na entrada da propriedade, deixando o capacete no guidão da moto, e entrei na pequena lanchonete.

Olhei aquele estabelecimento, tinha uma iluminação bem fraca, aos móveis eram bem antigos por sinal, no lado da janela tinha alguns sofás e com mesas, e foi li no último lugar dos fundos onde desisti me sentar. Alguns minutos depois, uma moça, veio em minha direção, segurando um bloco de papel e uma caneta, reparei em sua fisionomia, cabelos escuros, pele clara, olhos pequenos assim como sua boca, uma linda moça, porém sua expressão estava abatida, como se algo a incomodasse. Perguntou se eu queria algo, e com muito respeito disse que não e que apenas queria ficar sentando  ali, ela balançou a cabeça em positivo e foi atende outros clientes.

E ali eu fiquei, não me incomodando com as horas, afinal, logo minha identidade seria revelada e eu iria perder a minha vida de anónimo. Aproveitei para vê as mensagens no grupo da família, minha mãe perguntamos onde eu estava, meu pai completamente bravo, pois assim que eu chegada na Coreia era para ter indo na empresa, onde iria começar a vê algumas coisas, porém não me importei, e meu irmão Adrian, tinha acabado de me mandar algumas fotos minha, andando de moto.

- Até que ficou legal, irei colocar como papel de parede – olhei para uma das fotos onde estava observando minha moto com o capacete em uma das minhas mão.

- Tenha mais atenção! – uma moça que estava gritando, chamou minha atenção.

Desviei o olhar do meu celular e para olhar em direção ao balcão, onde uma jovem estava gritando com a atendente. Pelo seu jeito, parecia que a qualquer momento iria chorar, e pelo que eu entendi a gritaria, o pedido estava faltava algo, não sei explicar ao cedo. A dona do local apareceu, e resolveu o problema, tirando a moça de trás do caixa e a levando para dentro da cozinha, eu acho. Onde permaneceu até todos os clientes irem embora, ficando apenas eu no local.

 O Senhor Me OuviuOnde histórias criam vida. Descubra agora