Yago Takahashi
Ao chegar na empresa Takahashi, algumas pessoas começaram a olhar em minha direção e conversar baixinho entre sim. Acho que elas estavam pensando quem poderia ser o cara que estava vestido de terno e óculos escuros.
- Talvez seja um novo funcionário – um homem disse ao me ver entrar no elevador, para um outro rapaz.
- Será? – um outro disse.
E o cochicho começou quando apertei o último andar, onde era a presidência e poucas pessoas poderiam ter acesso a esse andar. Não queria ficar, como eles falar – se achando, por ser filho do Sr. Takahashi – por isso, iria ficar quieto, não queria que as pessoas soubessem que o filho mais velho, estava na empresa tão cedo, pois, conhecendo a mídia, logo estaria em todos os jornais de fofocas.
Quando todos desceram em seus andarem de trabalho, ficando apenas eu no elevador, respirei aliviado tirando os óculos escuros. Saberia que logo seria o responsável daquele grande grupo, mas, ainda não estava preparado para aquilo.
As portas se abriram e em passos largos caminhei em direção a porta da presidência, como já sabia, a secretaria começou a andar em passos rápidos atrás de mim, dizendo que o Sr. Takahashi estava com o seu filho e que eu não poderia incomodar.
Abri a porta de madeira marrom e vi meu pai e meu irmão, ainda de uniforme conversando sentados no grande sofá preto, eles se viraram em minha direção assim que a secretaria que não sabia o nome pronunciou:
- Sr. Takahashi, disse para ele não entrar, porém não me ouviu, se quiser posso...
- Yago, finalmente apareceu – papai se levantou vindo em minha direção.
- joh-eun achim appa.( Bom dia, pai)
- Secretária Park, pode deixar a entrada dele livre a partir de hoje.
- Como queira, Sr. Takahashi e desculpa pelo mal entendido – disse ela se curvando em nossa direção.
- Tudo bem, Secretaria Park, ninguém sabe quem eu sou, afinal, ainda não conseguiram uma foto minha, muito menos fui apresentado aos jornalistas – sorri.
- Antes de ir, providência o crachá de acesso à ele – papai se caminhou de volta ao sofá ao se sentou.
- Ok, Sr. Takahashi – se curvo mais uma vez antes de sair da sala fechando a porta atrás de si.
Olhei para Adrian que sorriu ao dizer:
- Conseguiu encontrar a Sol?
- Ela me encontrou, poderia pelo menos ter me avisado antes Adrian – me sentei no pequeno sofá também na cor preto que ficava de frente para eles – Ela estava indo embora a pé.
- Não à vi na saída e não tenho culpa que nos liberaram cedo hoje – ele me olhou com a cara de irritado – Te mandei mensagem, pois sabia que a Sol não tinha dinheiro para um táxi ou até mesmo para um ônibus, andei de moto, pelas ruas perto da escola, porém não a encontrei, liguei para casa e a mamãe disse que ela ainda não tinha chegado.
- Em relação a dinheiro, temos uma cartão de crédito para ela, não entendo porque não usou para pagar um táxi – disse papai se servindo um pouco de café.
- É que a Sol, pai, não gosta de usar o dinheiro das pessoas.
- Porém, agora ela vive em nossa casa, e vamos da tudo o que precisar.
- Eu sei pai – olhei para Adrian – Me desculpa Irmão, porém, fiquei preocupado de acontecer algo com ela.
- Eu também fiquei, afinal, a considero como uma irmã mais nova – sorriu.
- Filho, você é mais novo do que ela – papai riu.
- Falo nada. – disse ele nos fazendo ri mais ainda.
Como sentir falta de ter esse momento com eles, tudo bem, tinha meus avós, tios e meu primo Otávio comigo no Brasil, porém, não era mesma coisa. Poder conversar com meu irmão coisas que só a gente entendia, com meu pai onde deste pequeno me ensino matemática, que por sinal era a matéria que eu mais gostava, assim como física e química. E minha mãe, onde me ensinou muitas coisas em relação a cozinha, e sim, a cozinha era o lugar que eu mais gostava de ficar, foi onde aprendi muitas coisas que faço até hoje.
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O Senhor Me Ouviu
SpiritualSol Song, uma jovem cristã se ver sem saída ao perder tudo o que tinha, em um incêndio onde infelizmente seus pais acabaram falecendo, deixando apenas uma carta onde dizia para ir até a renomada Mansão Takahashi. Uma família muito popular na elite...