O Senhor Me Ouviu

Capítulo 5

Sol Song

- Então, onde quer ir agora? – ele me entregou o capacete – Tenho muito tempo antes de voltar ao trabalho – sorriu – Então pode escolher.

- Primeiro de tudo – peguei o capacete – Qual o seu nome?

Tive que perguntar, pois ainda não sabia seu nome, e também, como iria ficar andando para cima e pra baixo o chamado de moço?

- Meu nome? – ele olhou para o lado sorrindo – Meu nome é Iseul.

- Iseul?

- Sim, meu pai quem escolheu – passou a mão pelo cabelo – E o seu?

- Sol – sorrir, pois amava meu nome.

- Sol? Nome lindo, pelo jeito tem o porque desse nome, já que está sorrindo.

- Minha mãe estava olhando o céu, e o sol, começou a brilhar muito forte, em um dia de chuva. Minha mãe viu que ele estava iluminado apenas a janela que ela estava, então, foi ali que ela resolveu colocar meu nome de Sol.

- Linda história – subiu na moto – Irei te levar para comer alguma coisa, afinal, está deste  ontem sem comer, e também sem dormir.

- Não precisa Iseul, preciso ir logo para a casa onde meus pais trabalharam, tenho que avisar que eles já não irão trabalhar lá.

- Eu te levo não se preocupe, porém você tem que comer algo e...

- Não, por favor me leve para lá, quando mais rápido eu resolver esse problema melhor. – subir na moto.

- Porque fala assim? – virou um pouco seu rosto, para me olhar.

- Pois, eu não sei se eles vão aceita eu morando lá. Meus pais morreram e só tinha eles como minha família aqui. – abaixei a cabeça – Se os donos daquela mansão não deixem eu ficar, irei para rua, e olha que ironia, tenho apenas essa roupa que está no meu corpo e minha bolsa. Tirando isso, não tenho mais nada.

- Está mentindo, você tem a mim – olhou para a frente, quando ligou a moto – Não se esqueça disso Sol.

- Mas...

- Nada de mas, me fale onde é, que irei te levar até lá.

- Mansão Takahashi.

Percebi que ele meio que paralisou, ao ouvir o nome da mansão, ou foi só coisa da minha cabeça. Enfim, ele acelerou a moto algumas vezes antes de sair pelas ruas movimentadas de Seul.

Era estranho saber que em alguns minutos, iria entrar na Mansão Takahashi, fazia alguns meses que não iria naquele lugar, principalmente depois de saber que os donos, os pais de Yago, havia o proibido de frequentar a praça por minha causa. Eles acabaram descobrindo que a gente se gostava, então, quando Yago completou 12 anos, o trancaram dentro de casa.

Quando comecei ajudar minha mãe, com a limpeza da mansão, Yago já não estava morando mais na casa, havia viajado para algum pais, sem previsão de quando iria voltar. O bom, era que eles não me reconheceram, já que havia mudando muito, deste a época de criança. Queria muito ter me despedido dele, e falando o quando eu o amava. Porém nosso mundo era muito diferente, ele era de família rica e eu de família pobre. Mas, entreguei nas mãos de Deus “ O que será de ser, será”.

- Chegamos – Iseul, parou a moto na frente do grande portão preto.

Não tinha mudado nada a frente da casa, rodeada por grandes muros, um jardim de grama bem cortada, cobria o chão até chegar na porta de madeira escura. A mansão era toda pintada na cor branca, com exceção das portas de madeira escura, que dava um destaque.

- Obrigada – disse ao descer da moto e tirando o capacete da cabeça – Mesmo sem me conhecer, decidiu  ficar ao meu lado e me ajudando até agora.

- Faria isso por qualquer um – sorriu – Além do mais, você foi umas das primeiras pessoas que conversou comigo, além do meu segurança.

- Seu segurança? – entreguei o capacete a ele.

- Segurança? – olhou para frente – Eu quis dizer amigo, chamo de segurança, pois nos conhecemos deste crianças, entendeu? – olhou novamente para mim.

- Ah, ok – balancei a cabeça em positivo – Estou indo, foi bom te conhecer Iseul.

- Se cuida – colocou o cabeça em seu braço direito, e saiu dirigindo em direção a esquina da grande Mansão.

- E lá vamos nos – me virei em direção ao grande portão – Me proteja Senhor.