Sol Song
- Takahashi Yago.
A sala fez silêncio e um cochicho começou com o restante da sala que ainda estavam presentes. Olhei para todos os lados e não vi ninguém se levantar ou até mesmo sair da sala .
“ Yago está estudando na mesma sala , como isso pode ser possível?”, pensei comigo mesma, voltando meu olhar para o diretor.
- Ele mal Volta para Seoul e logo no primeiro dia falta a aula, espero que amanhã ele venha- disse ele escrevendo no caderno de chamada.
E como sempre eu fui a última a sair da sala de aula, fui para o pátio a procura de Adrian, porém não o achei e como estava sem celular , não tinha como ligar para Iseul, muito menos pagar um taxi ou a passagem do ônibus, pois estava sem dinheiro.
Então a única coisa que podia fazer era a andar até a mansão, falei tchau para a Mayara, e seguir meu rumo a mansão. Porém no caminho, sentir que precisava passar em um lugar que não ia a muito tempo, o parquinho onde tudo começou, sentir meu coração se alegra só de olhar o caminho que fazia quase todos os dias quando criança. E ao pisar na grama a sensação de ter 11 anos novamente tomou conta do meu coração, lembrei do algodão doce rosa que meu pai sempre comprava, do pIque-esconde com as crianças e adolescentes, e principalmente do Yago.
Lembrei da primeira vez que o vi, ele me entregando minha boneca e o relógio que guardo até hoje, o sorriso que deu ao correr em direção ao carro preto. Depois daquele dia, sempre estava no mesmo banco, onde conversávamos. Um desses dias, ele me trouxe um bolo, pois havia falado que seria meu aniversário, fiquei tão contente que acabei o abraçando, meu pai, perguntou se poderia tirar uma foto para guardar de lembrança e assim o fez, Yago ficou do meu lado, porém não olhou para a câmera e sim, em minha direção. Depois desse dia, nunca mais o vi e só fui descobrir que ele morava na mansão Takahashi, quando meus pais começaram a trabalhar com eles. E agora ele voltou, porém não sei como está, nem que se lembre de mim, apenas espero e converso todos os dias com o Senhor, que nosso reencontro seja leve e agradável, pois guardei meu coração apenas para ele.
- Não é reclamado Deus, porque ele ainda não veio falar comigo? Estou morando na mesma casa que ele – comecei a andar em direção ao banco que ficava quando criança – ou será que ele ainda não sabe que estou morando na mansão? Me dê um sinal Senhor? - olhei para o céu e novamente para frente - Se bem que...
Parei de falar ao olhar o banco que antes era azul e agora estava branco em baixo de um pé de cerejeira, mas, ele não estava vazio uma pessoa que conheci a pouco tempo estava ali, de cabeça baixa segurando um pedaço de papel em uma de suas mãos.
- Iseul?
Ele olhou em minha direção, seus olhos estavam vermelhos, ele estava chorando? Porque estaria chorando? Essas e outras perguntas começaram a invadir os meus pensamentos.
Rapidamente caminhei em sua direção, parando em sua frente e por impulso, passei minha pequena mão em seu rosto, tentando enxugar as lágrimas que escorria.
- Ei, não fica assim Iseul, lembre-se do Deus que você serve, a prova pode ser difícil, mas no final, a vitória será grande – continuei a passar a mão pelo seu rosto ao ver que mais lágrimas começou a escorrer – Fique bem, estou aqui para o que precisar Iseul – lhe dei um abraço, assim como meus pais faziam quando eu chorava, poderia não ser o certo, afinal, não éramos um casal, porém para mim, parecia que eu o conhecia a muito tempo.
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O Senhor Me Ouviu
SpiritualSol Song, uma jovem cristã se ver sem saída ao perder tudo o que tinha, em um incêndio onde infelizmente seus pais acabaram falecendo, deixando apenas uma carta onde dizia para ir até a renomada Mansão Takahashi. Uma família muito popular na elite...