Capítulo 7

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Yago Takahashi

Comecei a subir a escada marrom, em detalhes em branco em sua volta, que se não prestasse atenção, poderia se confundir com a parede. Minha casa não era muito grande, porém era uma famosa casa de uma típica “ Família de Elite”, com grandes e vários cômodos de luxos.

Ao chegar em meu quarto, abrir a porta branca rapidamente, estava morrendo de saudades do meu quarto, porém assim que o olhei, notei que várias coisas estavam diferentes.

A cama que antes era em formado de carro, estava substituída por uma enorme cama de casal, minha coleção de carrinhos por uma estante de livros – Vários livros por sinal – O tapete azul, por um preto, assim como as cores da parede que estavam pretas. Tudo bem, gostava de preto, porém não precisava ter mudando tudo para essa cor.

Enfim, fui para o banheiro, que por sinal estava do mesmo jeito, tudo na cor branco gelo. Pelo menos um lugar que não tinha preto. Apesar de tudo,  meu quarto estava diferente, porém aconchegante.

Ao terminar de me arrumar, olhei para a estante e percebi que algo tinha um porta retrato de quando ainda era criança, e ao meu lado , uma menininha, com os cabelos grandes ondulado castanho escuro, porém no sol, sempre ficavam claros.

- Song, onde será que você está – passei a mão em cima da foto – Se passaram tantos anos, porém ainda te amo, e juro que irei te achar, mesmo que se eu tiver que procurar em cada canto desse país.

- Sabia que iria gostar da foto – olhei para trás ao ouvir a voz fina de minha mãe. Que estava parada atrás de mim.

- Mamãe.

- Yago, não mudou nada em seu jeito de ser – sorriu.

- Apenas tentei amadurecer um pouco – sorri a abraçando em seguida – Sentir saudades – disse ao me afastar.

- Também sentir – passou a mão em meu rosto – meu menino já está com 18 anos, logo irá fazer 19. Como o tempo passa rápido.

- Passa mesmo – papai falou entrando em meu quarto – Olá, Yago.

- Como vai pai – olhei para ele, sua aparência não havia mudando quase nada, porém assim como mamãe, os cabelos brancos já estavam começando a aparecer.

- Posso saber o motivo pelo qual não apareceu na coletiva?

- Não vamos falar da empresa agora por favor, Takahashi.

- Porém, ele tinha que está lá. – olhou para mamãe – Era um evento importante e...

- Pai – caminhei em direção a mesa de estudos – Eu sei das minhas obrigações. Porém, não iria deixar uma pessoa em uma situação de perigo, para ir ao evento da empresa.

- Como assim, Yago? – mamãe segurou no braço de papai.

- Onde quer chegar com isso rapaz?

- Ontem, voltando para casa, vi algumas pessoas pedindo ajuda. – olhei para eles – Aparentemente, suas casas estavam pegando fogo, parei a moto e decidir ajuda-las.

- Bem, pelo jeito durou a noite inteira e manhã, ajudando elas?

- Sim, por isso vim para a casa só agora – puxei a cadeira para me sentar.

Não estava mentindo em relação ao incêndio, ajudei não só a Sol, mais também várias pessoas que estavam sem uma casa para morar, alugando por tempo indeterminado, um prédio inteiro para elas.

Tinha de alguma forma, ajudar aquelas pessoas e a melhor forma foi essas, além, de ligar para alguns amigos meus, para contribuir com alimentos e roupas. Graça a Deus, todos ajudaram de alguma forma.

- Se esse foi o caso, Yago – papai se virou indo em direção a porta – Parabéns, pela sua atitude, fico feliz por isso.

- Obrigado.

- Porém, no final de semana vai acontecer um novo evento na empresa, quero que vá.

- Pode conta com a minha presença.

- Estarei esperando – abriu a porta do meu quarto – Até o jantar – falou ao fechar a porta atrás de si.

- Até.

- Filho – mamãe sorriu – Fiquei sabendo desse incêndio, dois dos nossos funcionários, infelizmente acabaram não sobrevivendo.

- Sinto muito.

- A filha deles, irá morar com a gente, gostaria muito que vocês fossem amigos, já que tem a mesma idade vão estudar na mesma escola. – pegou minha mão – Por favor, cuida dela, Adrian, sei que já vai cuidar, pois me disse que irá trata-la como uma irmã. Espero a mesma coisa de você.

- Pode deixar mamãe, será bom ter uma nova integrante na família Takahashi – sorri.

- Ok, amanhã ela estará aqui, já que na segunda as aulas vão voltar. Assim, ela já vai acostumando com a nova rotina.

- Tudo bem – peguei um livro na mão.

- Daqui 30 minutos, o jantar será servido.

- Essa menina vai estar ? – fingir ler o livro.

- Ainda não, como eu disse, apenas amanhã.

- E onde ela vai passar a noite? – voltei minha atenção a minha mãe que já estava na porta.

- No antigo trabalho dela – sorriu – Até daqui apouco filho – fechou a porta atrás de si.

- Mais não vai mesmo – joguei o livro em cima da cama – Conhecendo ela, sei que irá dormir na rua ou em outro lugar – peguei a jaqueta de couro e  fui de encontro com minha moto – Se ela vai dormir fora, eu também irei – sorri, ao colocar o capacete e dando partida na moto – Estou chegando Sol.


 O Senhor Me OuviuOnde histórias criam vida. Descubra agora