Capitulo 9

123 16 7
                                    

Sol Song

Uma voz soou atrás de mim, conhecia muito bem ela, apenas tinha a ouvido algumas horas atrás e eu achando que nunca mais iria a ouvir. Em momentos que eu mais preciso, ele sempre estava ali para me ajudar.

- Iseul !!! – me levantei depressa o abraçado rapidamente – Obrigado por ter aparecido, achava que nunca mais iria te ver – o soltei.

- Isso tudo é a felicidade por estar aqui? – sorriu, apenas balancei a cabeça em positivo.

- Na verdade – me afastei um pouco – Estava com um pouco de medo, de passar a noite aqui – olhei para o ponto de ônibus.

- Sol – ele se aproximou um pouco de mim – Porque não foi para a casa dos Takahashi? Fiquei sabendo que a Sra. Takahashi te ofereceu para ir ainda hoje para lá, porém não quis. Aconteceu alguma coisa?

- Bem – coloquei uma mecha do cabelo atrás da olheira – Não quero ficar incomodando – o olhei – Mas, como você sabe disso? Por acaso conhece alguém que trabalha lá?

- Então Sol...Eu...Eu...

- Você? – levantei uma sobrancelha o olhando.

- Eu sou seu segurança – colocou o capacete na frente de seu rosto.

- Meu segurança? – me afastei ainda mais dele – Como assim? Eu não preciso de segurança e você só pode está brincando.

- Não estou Sol – baixou o capacete – Fui contratado para ser seu segurança, irei andar com você em todos os lugares.

- Mas eu não preciso – cruzei os braços – Sei me cuidar muito bem, Iseul.

- Eu sei, porém cada membro tem seu próprio segurança. Como você faz parte da família agora, irá precisar ter um também.

- Irei conversar com a Sra. Takahashi – quando olhei para ele, percebi que seus olhos estavam triste, parecia que algo tinha acontecido – Algo aconteceu Iseul?

- Não, porém você não quer que eu seja seu segurança. Sei que a gente se conhece a pouco tempo, porém achei que pelo menos fossemos amigos – olhou para baixo – Eu quero sua amizade Sol, você pode me entender em algumas coisas. Só queria sair um pouco desse mundo, já que no final da próxima semana, vou ter que me tornar uma pessoa que não quero ser.

- Não estou entendendo.

- Esse será meu último trabalho como segurança, depois – olhou para o lado – Vou ter que assumir os negócios de família, já que irei completar 18 anos.

- Isso não seria bom para você? -perguntei pegando minha bolsa que havia deixando em cima do banco.

- Não sei, porém muitas coisas iram mudar – deu um sorriso fraco – Mas, isso deixa para lá. Irá deixar ser seu segurança? Será apenas uma semana, logo outro estará em meu lugar e eu prometo, fazer desses dias os melhores da sua vida. – chegou mais perto – o que acha?

Iseul, um moço que chegou em menos de 24 horas em minha vida e que já me ajudou em muitas coisas. Como pode existir pessoas assim? Será que foi Deus quem o colocou em meu caminho, nesse momento que eu tanto preciso? Tenho certeza que sim.

Olhei para seu rosto que tinha um leve sorriso, parecia uma criança esperando um presente de Natal, no caso ele estava esperando minha responda.

- Sim, deixo você ser meu segurança, afinal, você é a única pessoa que eu converso, além da senhora Hun.

- Mas, seus pais não trabalhavam lá?

- Sim, trabalhavam... porém – olhei para o chão – Quando ia ajudar minha mãe, ficava mais na cozinha com a senhora Hun, ela era a minha amiga lá dentro daquela mansão.

- Entendi, então você aprendeu muitas coisas com ela?

- Sim, várias coisas. Nos finais de semana, era eu quem cozinhava, e todos elogiavam.

- Entendi – me entregou um capacete – Vamos, sair daqui, bora passear e tentar esquecer um pouco dessa montanha russa que aconteceu nas últimas horas.

- Está bem – peguei o capacete e caminhei ao seu lado até chegar em uma moto Kasinski Comet GT 650.

Olhei para aquela moto e logo depois para Yago.

- Você não estava com uma outra moto?

- Sim – subiu nela – Porém dei de presente para meu irmão mais novo.

- Deu de presente?

- Quer dizer – colocou o capacete em sua cabeça – Dei uma moto de brinquedo para o meu irmão e a moto que eu estava, é minha e essa é da Mansão.

Não disse nada, apenas coloquei o capacete e subir na moto. Porém, essa conversa estava esquisita.

- Onde vamos?

- Jantar em algum lugar, estou morrendo de fome. Topa?

Olhou para trás antes de ligar a moto.

- Sim – sorri.

Obrigado Senhor, por ter colocado o Iseul na minha vida, que nossa amizade apenas se fortalece a cada dia.

 O Senhor Me OuviuOnde histórias criam vida. Descubra agora