Capítulo 6

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Yago Takahashi

 
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Mansão Takahashi.

O que? Como assim ela iria morar na mesma casa que eu? Isso não pode ser possível! A garota que ajudei, agora irá morar no mesmo teto, onde moro. Porém, como não a vi antes na Mansão? Se bem, que faz um bom tempo que sair daquela casa.

Ao virá a esquina de casa,  olhei mais uma vez para trás, só para ter a certeza que ela já havia entrando.

- Foi por pouco – sorri ao parar nos portões do fundos.

A casa havia dois tipos de acesso, a principal e dos funcionários, que ficava na parte de trás da casa. Ele sempre vivia aberto, diferente do portão principal.

Desci da moto, caminhei em direção a ele em quando tirava o capacete da cabeça, mas, ao tentar abrir, percebi que estava fechado.

- Estranho - falei comigo mesmo – Nunca foi de ficar fechado, pelo jeito aconteceu alguma coisa.

Peguei meu celular no bolso da jaqueta de couro preta, e liguei para a única pessoa que iria me atender naquele momento, mesmo porque, meus pais com toda certeza estariam furiosos, já que não compareci a coletiva de empresa. Não tinha culpa, Sol precisava de mim e não poderia deixá-la naquele momento.

- Adrian?

Falei assim que ele atendeu.

- Yago, quem é vivo sempre aparece!!!

- Saudades também irmãozinho.

- Pelo jeito aconteceu alguma coisa, para ter me ligando? – perguntou ele com um ar de brincadeira.

- E como irmão – olhei para o segundo andar e vi a janela do seu quarto aberta – Você está em casa?

- Sim – vi ele saindo na sacada – Porque?  Está vindo para cá?

- Olha para baixo! – assim que ele olhou, dei um acento de mão – Poderia abrir o portão?

- Porque está aí? Entra pelo portão da frente.

- Não posso.

- Como assim não pode? A mãe e o pai não iriam fazer isso com você.

- Não é essa a questão. Olha -  passei a mão no rosto – Quando chegar aqui em baixo eu te explico.

- Tudo bem, já estou descendo.

- Beleza.

**
- Então – me entregou um copo de água, assim que chegamos na cozinha – Como foi morar no Brasil?

- Para falar a verdade – apoiei as costas na parede – Foi muito bom, mais estava com saudades de morar aqui, saudades de nossos pais e principalmente do meu irmão.

- Sei, de mim? Vai nessa – deu uma pequena risada – Você estava com o Otávio esse tempo todo, e ele sempre me mantinha informado em relação de como você estava. Pois quando eu ligava, sempre estava ocupado.

- Você sabe os motivos, Adrian – caminhei até a pia onde coloquei o copo.

- Os estudos.

- Você sabe, que quero fazer a faculdade no Brasil, e para isso preciso estudar muito, para passar no vestibular.

- Você sabe que nossos pais, podem pagar para estudar aqui ou lá.

- Eu sei, mas, quero fazer do meu jeito – baguncei seu cabelo.

- Como sempre – cruzou os braços na frente de seu corpo.

- Ai Adrian – joguei a chave da moto para ele – Considera como um presente de Natal.

- Sério isso? – sorriu ao pegar a chave no ar.

- Ainda temos 6 meses até lá, além do mais, você é um bom irmão.

- Valeu Yago

Ao me vira de costas para ir para o quarto, vi uma moça atravessando o corredor rapidamente, sabia muito bem quem era, Sol, a menina que o Senhor me pediu para proteger.

- Quem é ela? – perguntei a Adrian que havia parando ao meu lado.

- A filha da governanta. Fiquei sabendo que ela perdeu os pais ontem.

- Que situação triste – olhei para ele – E ela tem alguém que possa cuidar dela?

- Quer saber demais em – riu – Mas, respondendo sua pergunta, não, não tem ninguém.

- E nossos pais, não tomaram nenhuma providência?

- Yago, mamãe era muito amiga da mãe dela, quando sobre dessa notícia, ficou muito mal. Então ela e o papai, decidiram deixar ela morar aqui

- Eles fizeram isso mesmo? -  sorri, pois eles, apressar de serem um pouco rígidos, tinham um coração bom. Sempre faziam de tudo para ajudarem pessoas que não tinham uma condições para colocar o alimento em casa.

- Sim, pelo jeito a reunião acabou, já que ela está indo embora.

- Parece que sim. Bem -  esperei ela desaparecer da nossas vistas, para seguir em direção a enorme escada de madeira que levava para o segundo andar da casa – Vou para meu quarto, qualquer coisa não me chama.

- Você sabe que a mãe...

- Sim, eu sei. Por isso preciso está preparado para a grande conversa com os dois – olhei por cima do ombro – E não será fácil.

- Não mesmo – sorriu – Irei sair tchau.

- Até.

 O Senhor Me OuviuOnde histórias criam vida. Descubra agora