Yago Takahashi
-Mansão Takahashi.
O que? Como assim ela iria morar na mesma casa que eu? Isso não pode ser possível! A garota que ajudei, agora irá morar no mesmo teto, onde moro. Porém, como não a vi antes na Mansão? Se bem, que faz um bom tempo que sair daquela casa.
Ao virá a esquina de casa, olhei mais uma vez para trás, só para ter a certeza que ela já havia entrando.
- Foi por pouco – sorri ao parar nos portões do fundos.
A casa havia dois tipos de acesso, a principal e dos funcionários, que ficava na parte de trás da casa. Ele sempre vivia aberto, diferente do portão principal.
Desci da moto, caminhei em direção a ele em quando tirava o capacete da cabeça, mas, ao tentar abrir, percebi que estava fechado.
- Estranho - falei comigo mesmo – Nunca foi de ficar fechado, pelo jeito aconteceu alguma coisa.
Peguei meu celular no bolso da jaqueta de couro preta, e liguei para a única pessoa que iria me atender naquele momento, mesmo porque, meus pais com toda certeza estariam furiosos, já que não compareci a coletiva de empresa. Não tinha culpa, Sol precisava de mim e não poderia deixá-la naquele momento.
- Adrian?
Falei assim que ele atendeu.
- Yago, quem é vivo sempre aparece!!!
- Saudades também irmãozinho.
- Pelo jeito aconteceu alguma coisa, para ter me ligando? – perguntou ele com um ar de brincadeira.
- E como irmão – olhei para o segundo andar e vi a janela do seu quarto aberta – Você está em casa?
- Sim – vi ele saindo na sacada – Porque? Está vindo para cá?
- Olha para baixo! – assim que ele olhou, dei um acento de mão – Poderia abrir o portão?
- Porque está aí? Entra pelo portão da frente.
- Não posso.
- Como assim não pode? A mãe e o pai não iriam fazer isso com você.
- Não é essa a questão. Olha - passei a mão no rosto – Quando chegar aqui em baixo eu te explico.
- Tudo bem, já estou descendo.
- Beleza.
**
- Então – me entregou um copo de água, assim que chegamos na cozinha – Como foi morar no Brasil?- Para falar a verdade – apoiei as costas na parede – Foi muito bom, mais estava com saudades de morar aqui, saudades de nossos pais e principalmente do meu irmão.
- Sei, de mim? Vai nessa – deu uma pequena risada – Você estava com o Otávio esse tempo todo, e ele sempre me mantinha informado em relação de como você estava. Pois quando eu ligava, sempre estava ocupado.
- Você sabe os motivos, Adrian – caminhei até a pia onde coloquei o copo.
- Os estudos.
- Você sabe, que quero fazer a faculdade no Brasil, e para isso preciso estudar muito, para passar no vestibular.
- Você sabe que nossos pais, podem pagar para estudar aqui ou lá.
- Eu sei, mas, quero fazer do meu jeito – baguncei seu cabelo.
- Como sempre – cruzou os braços na frente de seu corpo.
- Ai Adrian – joguei a chave da moto para ele – Considera como um presente de Natal.
- Sério isso? – sorriu ao pegar a chave no ar.
- Ainda temos 6 meses até lá, além do mais, você é um bom irmão.
- Valeu Yago
Ao me vira de costas para ir para o quarto, vi uma moça atravessando o corredor rapidamente, sabia muito bem quem era, Sol, a menina que o Senhor me pediu para proteger.
- Quem é ela? – perguntei a Adrian que havia parando ao meu lado.
- A filha da governanta. Fiquei sabendo que ela perdeu os pais ontem.
- Que situação triste – olhei para ele – E ela tem alguém que possa cuidar dela?
- Quer saber demais em – riu – Mas, respondendo sua pergunta, não, não tem ninguém.
- E nossos pais, não tomaram nenhuma providência?
- Yago, mamãe era muito amiga da mãe dela, quando sobre dessa notícia, ficou muito mal. Então ela e o papai, decidiram deixar ela morar aqui
- Eles fizeram isso mesmo? - sorri, pois eles, apressar de serem um pouco rígidos, tinham um coração bom. Sempre faziam de tudo para ajudarem pessoas que não tinham uma condições para colocar o alimento em casa.
- Sim, pelo jeito a reunião acabou, já que ela está indo embora.
- Parece que sim. Bem - esperei ela desaparecer da nossas vistas, para seguir em direção a enorme escada de madeira que levava para o segundo andar da casa – Vou para meu quarto, qualquer coisa não me chama.
- Você sabe que a mãe...
- Sim, eu sei. Por isso preciso está preparado para a grande conversa com os dois – olhei por cima do ombro – E não será fácil.
- Não mesmo – sorriu – Irei sair tchau.
- Até.
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O Senhor Me Ouviu
SpiritualSol Song, uma jovem cristã se ver sem saída ao perder tudo o que tinha, em um incêndio onde infelizmente seus pais acabaram falecendo, deixando apenas uma carta onde dizia para ir até a renomada Mansão Takahashi. Uma família muito popular na elite...