Capítulo 26

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Sol Song

E o final de semana foi apenas notícias do “Herdeiro Takahashi”, em todos os sites de fofocas e canais de televisão, só se fala do Grupo Takahashi, mas, o que deixou curiosa foi o fato de que o rosto do Yago, estava borrado, não dava para saber sua identidade, queria tanto ver seu rosto, ver se mudou realmente, como a Senhora Hun fala. Até cheguei a perguntar para o Adrian essa questão, porém a única coisa que recebi foi “Assunto de família” e mais nada. Ou seja, apenas quem foi nesse evento conseguir ver quem é Yago Takahashi, e para o restante, ainda é um mistério.

Em relação a Iseul, não tive mais notícias, liguei algumas vezes no final de semana e sempre caia na caixa postal, as mensagens também não são lindas e muito menos respondidas. Acho que ele deve está ocupado, ou simplesmente, decidiu não ser mais meu amigo, se isso for o caso, iria respeitar sua decisão, afinal, ele me deu vários conselhos, me mostrou que ainda existia felicidade nesse mundo, além de ser um grande amigo.

Na segunda de manhã, como todos os dias da semana, ao me levar,  fazia minha oração e também meus exercícios de  alongamentos, tomava meu banho e vestida o uniforme da escola. Geralmente, não usava muita maquiagem, já que nem tinha, porém a Senhora Takahashi, comprou uma pequena maleta onde havia vários produtos, deste pele, cabelo e corpo.

Então naquela manhã, resolvi fazer uma simples maquiagem, sei lá, estava me sentindo tão feliz e um sentimento de que algo bom iria acontecer. Ao terminar me olhei no espelho e gostei do que vi, pele simples e uma leve cor salmão nos olhos.

- Bom dia, menina Sol – disse a Senhora Hun ao me ver entrando na cozinha.

- Bom dia –  dei um leve sorriso e peguei um pedaço de bolo que estava na mesa, assim como todas as manhãs.

- Você sabe que hoje, o menino Yago vai para a escola?

- Não estava sabendo disso, apenas que na semana passada, não pode ir, já que tinha coisas para resolver.

- Bem, ele vai estudar na mesa que você, talvez ele estranha um pouco, pois, as escolas brasileiras são bem diferentes das nossas. Por isso irei de pedir um favor, posso?

- Pode sim – coloquei um pouco de café em minha xícara (Como amava café, principalmente feito na hora.

- Poderia ficar perto dele?

- Como? – tive que colocar minha xícara em cima da mesa, já que quase tinha deixando ela cair, ao ouvir tais palavras. – Senhora Hun, me desculpa, porém não posso fazer isso, pede isso para o Adrian.

- Tem algum motivo para isso?

- Sim, número um – levei um dedo – Ainda não sei andar sozinha na escola já que é muito grande, dois, eu não falo com dele deste o dia que cheguei aqui, além do mais, tenho medo dele de fazer algo.

- Tipo o que? – perguntou ela me entregando minha xícara de café – Posso te garantir, Yago não consegue fazer mal a nem uma formiga, vira e mexe ele está aqui na cozinha conversado e fazendo algumas comidas que aprendeu no Brasil.

- Sério? Então, porque vive correndo de mim?

- Ele é desse jeito Sol,já falei para não ligar – Adrian entrou na cozinha onde estávamos, vestido no uniforme da escola e carregado sua mochila em um dos ombros – Precisamos ir – ele pegou um pedaço de pão – A escola vai está lotada hoje, apenas para conhecerem o Yago – sorriu.

- Tem certeza disso? – parei ao seu lado.

- Tenho, foi a mesma coisa que aconteceu quando cheguei no primeiro dia na nossa escola. Várias pessoas com celulares em mãos, repórteres e gritaria, por mais de uma semana. Parei a escola, por uma semana – pegou a chave da moto que estava em seu bolso – Vai se repetir tudo novamante.

- Isso foi entrando...

- Muito – deu uma leve risada – Estamos de saída Senhora Hun, até mais tarde.

- Até mais tarde, senhora Hun.

- Até logo.

 O Senhor Me OuviuOnde histórias criam vida. Descubra agora