The Cheerleader | Malila

Mergulho arriscado.

Carla Maraisa's Point Of View.

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Minhas pernas bambearam ao imaginar Marília despida, sem nada para mim. Eu já havia visto seu corpo seminu uma vez, ao adentrar o vestiário e encontrá-la dentro de uma lingerie azul marinho.

Meu coração acelerava a cada segundo por perceber que ela estaria sem nenhuma peça cobrindo seu lindo corpo em pouco tempo.

Ela não pronunciou uma palavra sequer desde que havia saído do banheiro e subido delicadamente por cima de mim apenas enrolada em sua toalha branca, me despertando aos beijos de meu cochilo que não tinha durado nem vinte minutos.

De forma cuidadosa Marília encaixou-se entre minhas pernas, afundando seu rosto um tanto frio por conta do banho em meu pescoço, inalando meu cheiro. Movimentou-se para se ajeitar melhor fazendo meu centro contrair contra o nada, suspirei segurando sua cintura após entrelaçar minhas pernas na mesma.

Ergueu seu rosto para me olhar nos olhos, aqueles malditos olhos castanhos brilhantes e reluzentes, fui do céu ao inferno em segundos.

Sua toalha não ficando mais tão presa ao seu corpo, se soltando devagarosamente, causando extrema ânsia em minha alma para vê-la sem aquele tecido branco o quanto antes.

－ Eu quero que tire para mim, meu amor. － Pediu seguido de um beijo lento e molhado. Meu cérebro ainda trabalhava aquela informação quando cedi ao seu beijo, meu corpo quase entrando em combustão por ela.

－ Dormiu bem, Carla? － Escutei Marília dizer carinhosa após abrir meus olhos sonolentos.

－ O quê? － Minha mente processava a mudança de momentos repentina. Olho para seu corpo vestido em um moletom preto e os cabelos quase secos caídos para o lado, ao que Marília estava deitada de lado com sua cabeça apoiada em sua mão.

－ Você dormiu por três horas, aposto que teve sonhos ótimos. － Deu uma risadinha.

Sonho. Um belo de um perfeito sonho, não passou disso. Fecho os olhos com força ao constatar isso, agarro o travesseiro que havia ali.

－ O que está fazendo? － Marília diz achando aquilo um tanto esquisito.

－ Eu preciso dormir de novo! － Digo realmente tentando recuperar meu cochilo com o sono que me restou, mas de nada adiantou. A loira gargalhou quase que sem controle, lhe dei um empurrão no ombro e por um triz Marília não caiu no chão.

－ Que sonho tão bom era esse, Pereira? No meio dos efeitos colaterais tem muita agressividade. － Zomba de mim, semicerro meus olhos a fitando.

Respirei fundo entendendo que aquilo não havia acontecido de verdade, soltei todo o ar convertido em decepção.

－ Está tudo bem? Foi um sonho ruim? － Se aproxima tocando minha bochecha exposta, fecho meus olhos sentindo seu toque.

－ Sim, está... Foi um sonho perfeito, dengo, só não teve o final que eu gostaria. － Suspiro triste.

－ Quem sabe você sonhe a mesma coisa novamente? Vem, anda aqui. － Diz me levando para mais perto dela, me encaixo em seu abraço quente e descanso minha cabeça em seu peito. Marília faz um cafuné em mim, o mais gostoso que já senti, em segundos fecho meus olhos e adormeço novamente, ela cede ao seu sono logo depois.

(...)

－ Marília.

A exaustão tomava conta de meu corpo com maestria, nos dois últimos dias eu não havia dormido direito, apenas um cochilo aqui e ali, minha semana estava cheia e eu estava farta de tantos trabalhos e afazeres.