The Cheerleader | Malila

Descobertas e intrigas.

Marília Mendonça's Point Of View.

-

A tarde foi tranquila, e a noite também. Ter Maraisa comigo é de longe uma das coisas mais incríveis para mim. Nós tomamos banho de mar, nos beijamos, nos abraçamos, trocamos carícias. A observei, fotografando cada ponto seu, pois nunca quero esquecê-la.

Vê-la quase que despida me fez suspirar centenas de vezes. Carla não perdeu a oportunidade de provocar-me a cada vez que respirávamos.

Ela é o meu céu e ao mesmo tempo, o meu inferno particular.

E eu não posso negar que amo isso.

Dormimos sobre a areia, embaixo das estrelas e do infinito azul escuro. Maraisa me abraçou quando deitamos, pondo seu braço em volta de minha cintura, ficando de frente pra mim. A encarei, suspirando realizada mais uma vez. Eu não queria estar em nenhum outro lugar que não fosse com ela.

Lhe beijei os lábios, e depois a testa. A trouxe para mais perto, abraçando-a e fechando os olhos. Meu coração estava tranquilo e ao mesmo tempo saltitante.

- Eu te amo. - Escutei ela sussurrar e abri os olhos para olhá-la.

- Eu te amo mais. - Disse acariciando seu nariz e fechei os olhos novamente.

Nos acordamos diversas vezes para trocarmos carícias e beijos, em um delas Carla ficou por cima de mim, enroscando nossos pés, e me olhou tão profundamente que eu senti meu coração saltar e meu corpo quase afundar na areia de tanto êxtase.

Ela me beijou suavemente com seus cotovelos apoiados sobre a areia, um de cada lado de minha cabeça.

- Você é perfeita, Mendonça. - Disse após me beijar e me olhar. - Queria que essa noite durasse para sempre. - Tocou minha bochecha e acariciou ali. Eu não aguentei e adentrei meus dedos em seus fios escuros, trazendo seu rosto para perto do meu e a beijei. Senti o gosto dos lábios dela incontáveis vezes, e eu poderia sentir durante toda a eternidade, tinha se tornado meu sabor favorito.

Nos beijamos até sentirmos o sol esquentar nossa pele, nos dando conta de que o amanhecer estava acontecendo. A praia estava ainda mais linda, com certeza não passava das 6h.

- Nossos amigos devem estar preocupados, não avisamos a ninguém para onde iríamos. - Falei acariciando seus cabelos.

- A gente precisa voltar agora, dengo? Ainda está cedinho. - Um bico manhoso se formou em seus lábios avermelhados.

- Não, não precisamos. - Digo sorrindo. - Mas poderíamos avisar pra eles que estamos bem. - Ela assentiu e se levantou. Vestimos nossas roupas e andamos até o carro parado próximo à areia para pegar meu celular.

Havia quinze chamadas perdidas de Luiza, ao ver isso senti um aperto no peito. Tratei de retornar.

- Alô? Luiza, está tudo bem? - Pergunto desesperada.

- Finalmente! Não tem nada bem, Marília. Aconteceram umas coisas enquanto você sumiu.

- O quê? O que aconteceu? - Digo quase gritando. Maraisa me olhava preocupada.

- Por telefone não, volta aqui pra mansão, e rápido. Se cuida. - Luiza desligou em seguida.

Eu estava preocupada e estressada ao mesmo tempo. O que teria acontecido de tão sério?

- O que houve? Marília, o que aconteceu? - Maraisa falava claramente preocupada.

- Eu não sei. Luiza só disse que precisamos voltar agora. - Falei abrindo a porta do carro. Maraisa deu a volta no mesmo e entrou comigo.