Feliz Aniversário!

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Marília Mendonça's Point Of View

21 de Julho.

Areia, mar e sol. Inclino a cabeça para trás sentindo a brisa em meu rosto. Que delícia de lugar.

Uma grande quantidade de areia bate em meu rosto e corpo e sinto o impacto de uma bola de futebol contra minha barriga, me tirando da paz de segundos atrás.

— Rapariga! — Grito ao escutar Luiza quase morrer de rir após ter chutado a bola em mim de propósito. Levanto da toalha em que estava sentada e corro em sua direção com a bola em mãos, pronta para jogar nela de volta. — Luiza Martins, volta aqui! — Luiza corria de mim rápido, demais até. Por sorte ela tropeçou e caiu se sujando toda de areia. Aproveitei para arremessar com força a bola em sua direção, que a atingiu de forma impactante.

— Filha da puta! — Dizia se contorcendo enquanto sentia a dor, eu sorria vitoriosa após dar o troco.

— Argh, de novo não. — Sarah resmungou cruzando os braços ao meu lado quando avistou algo. — Isso já está virando perseguição. Maraisa me contou que ontem ele foi te chamar para jantar. — Ela diz e revira os olhos, e só então posso avistar Murilo chegando na praia.

— Ele se sente sozinho.

— Ele é muito sem noção, isso sim. Pelo menos chamou você e sua namorada ou só você?

Ela pergunta me olhando e eu fico pensativa. Na hora eu entendi que minha namorada estava automaticamente convidada também, afinal, é minha mulher, certo?

— Abra esses olhos, Mendonça. — Me dá um tapa no braço. — Esse garoto é muito esquisito.

— Ele quer ser nosso amigo, só isso.

— Por que ele quer tanto ser próximo de pessoas que nem vão ficar tanto tempo assim na cidade? — Ela me olhava como se tivesse algo óbvio.

— Talvez porque Luiza e Henrique deram essa esperança para ele assim que o conheceram. O garoto mal teve tempo de processar.

Murilo então repara que também estávamos lá, sua feição muda para surpresa e ele acena para mim. Aceno de volta da maneira mais descontraída possível para que ele não perceba de quem estamos falando.

— Talvez, mas ele não deixa de ser estranho. — Dessa vez é Maiara quem surge falando do meu outro lado. — Ele está criando uma espécie de grude com você que nem eu tenho. E você sabe que sou grudenta! — Disse quase em indignação e eu ri.

— Hey, Ruffles! — Henrique chega correndo para cumprimentar Murilo com um aperto de mão seguido de um abraço.

— Oi, pessoal! Que surpresa boa. — O garoto sorri animado.

— Quer jogar com a gente? — Ricelly pergunta.

Murilo assente, em poucos segundos ele já havia estendido uma toalha sobre a areia e posto suas coisas em cima. Tirou a camisa e correu para jogar junto à Luiza, Juliano, Henrique e Lauana.

Maraisa, que até então estava no mar, aparece secando-se com uma toalha.

— Ele tá focado em fazer amizades mesmo, não é? — Diz irônica, mas com humor. Eu a fito de cima a baixo e não resisto em puxá-la pela cintura para sentir seu corpo colado ao meu. Maraisa se assusta brevemente, mas logo suaviza sua expressão facial.

— Por que tanta implicância com o pobre garoto, pessoal? Tadinho. — Digo com dó enquanto beijava a bochecha da morena agarrada em mim, deve ser difícil para ele se sentir solitário.

— Murilo me parece tão familiar, mas não consigo assimilar ele a imagem nenhuma. Não por enquanto. — Sarah diz pensativa.

— Vamos encerrar esse assunto, por ora. Iremos começar a parte interessante desse maravilhoso dia de praia. — Maiara falou com um sorriso pretensioso nos lábios enquanto abria o cooler cheio de bebidas sobre algumas toalhas de banho. Ela fez um shot de cachaça e virou-se para mim. — Hoje é o último dia que você vai beber ilegalmente, Mendonça. Vamos aproveitar, pode começar. — Me entregou o shot e eu a encarei antes de virá-lo por completo em minha boca.

The Cheerleader | MalilaOnde histórias criam vida. Descubra agora