Primeiro dia II.

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Marília Mendonça's Point Of View.

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A primeira aula era de Matemática, com a professora Ruth Mendonça, que também é minha mãe e fundadora do colégio.

Eu já estava em sala junto de Lauana, Luiza e os demais alunos. Não posso negar que minha mãe é uma excelente professora, a forma dela de explicar o conteúdo fazia todos aprenderem a matéria facilmente. Ou quase todos.

Luiza: - Marília! - Ouço ela me chamar e me viro, já que ela sentava atrás de mim. - Eu não consigo entender nada, juro. Essa matéria confunde toda a minha cabeça. - Rio baixo e ela me dá um tapa leve no braço.

Marília: - Olha, a aula de natação vai ser a última do dia, consequentemente, a piscina vai estar liberada quando a aula terminar. O que você acha de depois que vir a Lauana de biquíni, nós três nos juntarmos pra estudar um pouco nas mesas que ficam perto da piscina? Lá é calmo e ao ar livre, talvez isso te ajude a entender o conteúdo. - Falo olhando pra ela e Lauana, que estava sentada ao meu lado. As duas concordam com a ideia e seguimos prestando atenção na aula depois disso.

《《《《○》》》》

- Maraisa.

Me impressiono diversas vezes com o fato de eu ser uma aluna centrada, ter apenas notas boas e ainda sim, ser uma travessa.

Minha primeira aula seria com Bernardo Wallace, professor de Literatura. Ele é tão certinho que me dá náuseas, e hoje era a vez dele de sofrer com minhas brincadeiras completamente saudáveis.

Liguei para Maiara ainda enquanto me arrumava, perguntando onde estavam as tintas dela. Maiara ama pintar, normalmente ela me dá quadros de suas pinturas de presente em datas especiais. Ouço ela dizer que as tintas se encontram em uma caixa, na parte de cima do guarda-roupa, e perguntar para quê eu iria usá-las. Respondi que foi apenas uma pergunta e encerrei a chamada, indo pegar as tintas. Escolhi a roxa e coloquei o pote pequeno com ela no bolso, terminei de me arrumar e antes que o sinal tocasse sinalizando que era a hora da primeira aula, fui até a sala de aula. Vi as coisas de Bernardo já em cima da mesa, sorri, já arquitetando o que faria. Abri seu estojo, tirei o pote de tinta de meu bolso e a despejei dentro de todo o estojo, o fechei e saí dali disfarçadamente, em passos rápidos.

Uma das coisas mais gratificantes das minhas travessuras era que ninguém me descobria, e eu adorava.

The Cheerleader | MalilaOnde histórias criam vida. Descubra agora