Noite de sexta - feira.

2.1K 159 199
                                    

Marília Mendonça's Point Of View.

-

Ela mal foi embora e eu já sinto saudades. Minha vontade mesmo era correr atrás daquele carro e tirar ela de lá, trazê-la para ficar pertinho de mim.

Minha mãe surgiu ao meu lado sorridente, abraçando a mim de lado, depositando um beijo no topo de minha cabeça. No começo senti a sensação de susto, mas foi coisa de milésimos de segundos, o carinho dela me acalmou.

- Oi meu amor. Como foi a aula hoje? - Disse pondo uma mecha de meu cabelo atrás de minha orelha direita.

- Foi normal, mãe. Os professores ensinam bem como sempre, sinal de que a senhora cuida bem de tudo aqui. - Digo sorrindo fraco pra ela.

- Você está triste? O que aconteceu? - É, não tem como disfarçar nada para ela, minha mãe me conhece bem até demais.

- Nada demais.

- Marília, o que aconteceu? - Diz preocupada.

- Eu estou com saudades de Maraisa. Tudo bem, ela foi embora não tem cinco minutos, mas nós construímos uma amizade e um vínculo forte e tão bonito, que eu quero ela perto de mim o tempo inteiro. - Digo olhando para baixo, encarando meus pés.

- Já entendi o que aconteceu. - Diz acariciando meu rosto.

- O quê? - Digo sem entender e ela me abraça, me reconfortando.

- Nada, meu amor. Vai ficar tudo bem, Maraisa também deve estar morrendo de saudades suas. Eu vejo a forma como ela trata você, é carinhosa. - Diz sincera. - Chame ela para passar o fim de semana lá em casa. - Falou acariciando meu cabelo, me fazendo abrir um sorriso enorme.

- Sério? - Digo pondo a mão no bolso de minha calça, pronta para pegar meu celular e ligar para a minha morena.

- Sim. - Ela dá uma risadinha por conta da minha animação.

Pego meu celular e rapidamente procuro pelo contato dela, minhas mãos estavam suando. Lá estava "Meu dengo", o contanto de Maraisa. Logo o selecionei e liguei.

- Oi, bebê. - Ouço a voz doce dela do outro lado da linha.

- Oi, dengo. - Digo após respirar fundo.

- Aconteceu algo? Você está bem? - Questiona preocupada.

- Não, não. - Dou uma risadinha. - Eu queria saber se... você pode passar o fim de semana na minha casa. - Digo tremendo um pouco. Mas o que diabos? - Minha mãe disse pra eu chamar você e é claro que eu não recusaria.

- Eu quero, muito mesmo. - Ouço sua voz animada. - Mas preciso falar com minha mãe antes, tudo bem?

- Sim. Me avisa quando tiver a resposta. - Digo sorrindo. Vejo meu motorista chegar e parar o carro ao lado da calçada em que eu estava. - Preciso ir agora, se cuida, tá bom? Manda um abraço pra Maiarinha.

- Mando sim. Se cuida. - Diz carinhosa e desliga.

Eu estava melhor. Não sentia mais aquele sentimento de angústia por tê-la longe de mim, a voz dela me acalma. E também, há uma grande possibilidade dela vir passar o fim de semana inteirinho junto de mim.

Entro no carro, sentando no banco de trás junto de minha mãe. Fomos o caminho inteiro conversando com Rivers, nosso motorista, que acabou virando amigo de nossa família por trabalhar há anos para nós.

- Como foi o jogo hoje? Soube que ganharam. - Minha mãe disse.

- Foi incrível, as cheerleaders arrasaram. As meninas estão planejando alguma manifestação para entrarem no time.

The Cheerleader | MalilaOnde histórias criam vida. Descubra agora