Como se fosse possível contar nos dedos.

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Marília Mendonça's Point Of View

Maragogi, Alagoas, Brasil.
20 de Julho, 16h40.

Finalmente em solo brasileiro. O sorriso quase já não cabia mais em minha face, minhas mandíbulas doíam de tanto sorrir.
Era impossível não sorrir com as belezas do Brasil. Estávamos em frente à linda Praia de Maragogi. Eu estava em transe com a sua beleza.

O clima tropical me fazia suspirar, assim como a boa energia das pessoas, que eram sempre muito simpáticas e receptivas conosco.

Havíamos recentemente descido do táxi que nos trouxe do aeroporto ao nosso hotel, a distância não era tão longa. Tirei cem reais de minha carteira e entreguei ao motorista, agradecendo-o em seguida.

— Gostaria de salvar seu número. Eu e meus amigos ficaremos aqui alguns dias, vou precisar fazer mais viagens.

O homem de meia idade imediatamente ditou seu número, aproveitando para apresentar-se, e eu o salvei. Tiramos as malas do carro e nos despedimos do senhor, logo adentrando o hotel.

Meus olhos brilharam. Era tudo tão delicado e sofisticado, tão parecido comigo.

— É exatamente do seu jeitinho. — Maraisa disse perto de meu ouvido. — Sua mãe escolheu muito bem. — Sorriu.

Meus pais infelizmente não puderam participar da viagem por motivos de muito trabalho. Mas minha mãe fez questão de escolher o melhor hotel da cidade e meu pai cuidou em contratar dois seguranças para nos proteger quando precisássemos, que já haviam chegado há um dia.

É claro que não precisava de nada disso, como eu disse aos dois, mas eles insistiram muito.

"Estarão em território desconhecido, nos preocupamos com vocês." — Lembro de ouvir minha mãe dizer. Sorrio ao recordar a forma que eles têm de cuidar de mim.

— É, ela escolheu exatamente como eu escolheria. — Sorrio pensativa e me dirijo à recepção. — Boa tarde. Tenho um reserva de quatro quartos na cobertura, no nome de Marília Dias Mendonça. — Digo de forma gentil ao recepcionista, que me retribui um lindo sorriso.

— Boa tarde. Sejam todos bem-vindos ao Blue Sea Hotel & Residential. Eu me chamo Iago Fernandes, fico responsável por receber os novos hóspedes e solicitar qualquer pedido feito diretamente do interfone que contém em cada quarto, que os senhores podem realizar apertando o número 3. — Escutávamos atenciosamente ao que ele dizia. — Aqui estão os cartões que dão acesso aos quartos. Tenho o cartão reserva de cada um, caso precisem. — Disse me entregando quatro cartões pretos, apenas com um símbolo de "conexão" dourado centralizado. — No penúltimo andar, temos nosso restaurante exclusivo funcionando vinte e quatro horas, que dará a vocês a vista espetacular da praia. No primeiro andar, temos a academia, que contém professores qualificados para treinar nossos hóspedes e residentes no que for preciso. Temos também uma linda área de lazer em nosso terraço, com ótimas espreguiçadeiras e uma gigante piscina de borda infinita, lá os senhores poderão ver a linda cidade, sugiro conferir principalmente durante o amanhecer.— Ele sorriu orgulhoso, sabia bem como impressionar seus hóspedes. — Vocês gostariam de tirar alguma dúvida?

— Não, estamos bem. Muito obrigada, senhor Fernandes. — Sorrio novamente. Não tinha muito a falar, nada do que eu dissesse expressaria a explosão de felicidades que eu sentia.

— Eu que agradeço. Boa estadia para vocês. — Ele sorriu, deixamos a recepção e seguimos ao elevador contentes.

— Tudo muito emperiquitado. Parece você em forma de hotel. — Henrique constatou ao entrarmos no elevador.

The Cheerleader | MalilaOnde histórias criam vida. Descubra agora