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  A terceira tarefa era um labirinto. Dentro dele estava a taça tribuxo, quem pegasse ela primeiro ganhava o torneio. O dia estava mais nublado que o normal, o que deixava um ar um pouco mais pesado do que nas últimas provas, mas logo essa sensação deu espaço a euforia quando os campeões entraram dentro do labirinto.

O silêncio pairou nas arquibancadas enquanto os campeões se embrenhavam cada vez mais no extenso labirinto. Todos se perguntavam sobre quem estaria na liderança, quem desistiria primeiro, as perguntas pairavam e dançavam junto ao silêncio das arquibancadas.

  Harry corria pelo labirinto que insistia em tentar fechar o caminho para ele enquanto ele passava. Ele só queria acabar logo com aquilo, voltar a tentar ser apenas um bruxo adolescente comum, estudar e ter suas experiências como qualquer outro bruxo de sua idade.

  Um jato vermelho subiu aos céus, indicando que um competidor havia desistido. Fleur logo foi resgatada e foi até a diretora de sua escola, com uma expressão de decepção no rosto. O silêncio retornou ao público juntamente da ansiedade.

— Por que eles estão demorando tanto?— Ayla sussurra preocupada. George segura a mão dela como forma de conforta-la, mesmo que sem sucesso.

  — Dizem que esse labirinto foi encantado pra ser bem difícil, provavelmente ainda não acharam a taça.— George sussurra e olha para o rosto da lufana.— Vai ficar tudo bem, Hogwarts vai vencer.

Ayla o olha como se agradecesse pela companhia. Os dois ficaram ali se olhando por um tempo, aquela coisa começou a pairar entre eles de novo, um se perdendo no olhar do outro. O dedão de George começa a acariciar as costas da mão de Ayla, enquanto continuava a se perder na imensidão esmeralda de Ayla. As atenções se voltaram para Harry, que havia chegado e gritava muito ajoelhado na frente de alguém. Todos começaram a bater palmas e comemorar a vitória de Hogwarts, mas logo os aplausos foram diminuindo ao ver que Harry chorava. O grito de Fleur acabou com todo o festejo.

— ELE VOLTOU, VOLDERMOT VOLTOU!— Harry gritava e chorava abraçando o que parecia ser alguém no chão.

Todo mundo estava confuso e perplexo, até que o pai de Diggory aparece gritando desesperado enquanto Harry é tirado do chão. Todo mundo olha para o chão e fica horrorizado com o que viu.

— É O MEU FILHO, É O MEU GAROTO!— O Sr.Diggory começou a chorar copiosamente ao ver seu filho.

  Cedrico estava morto. Os olhos arregalados e sem brilho, o corpo estirado ao chão, imóvel e pálido. Todos começaram a chorar desesperados com a morte do lufano, os amigos mais próximos dele tentaram pular a arquibancada sem nem acreditar no que estava acontecendo, e se não fosse por George, Ayla teria pulado.

  — ME SOLTA GEORGE, ME SOLTA!— Ayla gritava e chorava. Cedrico era um de seus melhores amigos e um dos que a acolheu quando chegou em sua casa. Ve-lo morto foi como se uma faca atravessasse seu peito e não tivesse como estancar o sangue.

George apenas segurava Ayla a impedindo que fizesse alguma besteira. Ele também lacrimejava um pouco, simpatizava muito com o lufano. Ayla consegue se soltar corre para o corpo do amigo, se ajoelhando no chão e abraçando Cedrico, chorando muito.

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O enterro de Diggory foi com certeza um dos eventos mais tristes que Hogwarts sediou. Nesse dia não existia rivalidade das casas, implicâncias e inimizades. Tudo foi deixado de lado em respeito a memória de Cedrico Diggory. Quando o enterro acabou, Ayla resolveu ir para a casa dos gritos. Ninguém a impediu, ela estava completamente desolada e de luto, precisava de um tempo.

  Quando entrou, começou a chutar tudo o que via pela frente e que atrapalhavam seu caminho. As lágrimas borravam seu campo de visão, mas ela nem se importava. Quando chegou no quarto onde encontrou Pettigrew, se sentou no banco do piano e começou a chorar copiosamente, sem se importar com os soluços altos. Ela precisava desse tempo, precisava chorar, não importa quanto tempo fosse.

⊰  𝐿𝒶 𝓇𝑜𝓈𝒶  ⊱ Remus LupinOnde histórias criam vida. Descubra agora