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Os dias na Ordem seguiram normalmente, cada membro com suas missões e rondas diárias. Para a infelicidade de Remus, ele não conseguiu ocupar o cargo de professor novamente, já que o ministério resolveu se meter nos assuntos de Hogwarts e colocar alguém do próprio ministério para dar aulas de Defesa Contra as Artes das Trevas.

Jade se encontrava ainda mais estressada do que o normal. Nada de Pettigrew aparecer e com o ministério ficando cada vez mais caótico, a espanhola não demoraria até ter um surto antes mesmo de conseguir solicitar o julgamento de Sirius. Ela tinha vontade de chorar a cada vez que os membros retornavam da Ordem com a notícia de que ele ainda não foi encontrado, aquilo já estava a matando.

  Sirius entrou no escritório e a encontrou debruçada sob uma pilha de papéis, os cabelos sem pentear e ainda de pijamas. Aquela cena o deixou de coração partido, não aguentava ver sua amiga daquele jeito, ainda mais tendo as missões e uma filha para cuidar. Ele se sentou perto dela e a cutucou.

— Jade?— Ela levanta um pouco a cabeça, o olhando com cansaço.— Toma, vai se sentir melhor.— Ele coloca uma xícara de chá de camomila com erva-cidreira em sua frente.

Ela o pega e se encosta na cadeira dando um grande gole no chá. O sol já estava começando a raiar e iluminar o cômodo, As pilhas de papéis ainda mais reluzentes com a luz do sol.

— Não precisa continuar se não quiser.— Sirius começa, olhando para o chão.— Sabe, o meu julgamento.

Jade o olha quase que imediatamente, com um rosto incrédulo e indignado.

— O que?

— É, sabe, não precisa continuar querendo me defender caso isso esteja te estressando. Você tem uma vida, uma filha pra cuidar, as missões, não precisa...— Ele é interrompido com um tapa na cara, literalmente.

— Se você tá achando que eu vou desistir de fazer justiça, você tá muito enganado.— Ela o olhava no fundo dos olhos de Sirius.— Este não é o primeiro caso que eu pego que eu fico desse jeito, e esse aqui eu tô trabalhando com gosto, então para com esse papo ai de que ta me fazendo mal. Você é meu melhor amigo e eu vou te ajudar sim.

Ele ainda estava em choque pelo tapa. O sermão ele já esperava, mas o tapa? Aquilo foi completamente imprevisível. Ele piscou algumas vezes antes de recobrar a consciência.

— Er... ok.— Ele não ia mais tocar no assunto, não queria ganhar outro tapa na cara.— Bem, que tal a gente tomar café? Remus e Roberto saíram pra caçar Pettigrew e os outros membros devem chegar logo.

Ela concorda e os dois se levantam indo em direção a cozinha. Passaram horas ali conversando, até que Roberto aparece com um sorriso no rosto.

— Roberto, você tá parecendo um psicopata sorrindo desse jeito.— Jade se aproxima dele.

— Pegamos ele.

Jade arregala os olhos e olha para Sirius, que estava com a mesma expressão. Os dois seguiram Roberto até a sala, onde virão um rato faltando um dedo preso num caixa de vidro, que Remus segurava firme com um rosto vitorioso.

Jade quando viu, começou a rir, rir tanto que todos ali estranharam (com exceção de Sirius, que começou a rir também). Jade foi até a caixa e a pegou, olhando para o rato com um olhar mortal, um sorriso que era quase como se mil facas brilhassem ao mesmo tempo. O rato se mantinha nos canto da caixa, procurando sair e se afastar da mulher a sua frente.

— Finalmente te peguei, rato imundo.— Ela sussurra e entrega a caixa ao seu namorado.— Não posso perder tempo. Guardem essa caixa muito bem.— Ela corre e sobe para o quarto, enquanto os outros se certificavam que Peter estava devidamente preso e sem escapatória.

⊰  𝐿𝒶 𝓇𝑜𝓈𝒶  ⊱ Remus LupinOnde histórias criam vida. Descubra agora