⊰ 40 ⊱

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A detenção com Dolores foi pior do que ela costumava fazer com os outros alunos. Quando Ayla retornou ao salão principal, o trio, os gêmeos e Ginny correram até ela, extremamente preocupados.

— Ei, como foi? Você tá bem?

Ayla suspira e levanta as mangas, mostrando as duas mãos repletas de cicatrizes bem fundas. Em uma mão, era possível ler várias vezes a frase "não direi mentiras", e na outra mão era possível ler "irei controlar a língua". Ginny ficou horrorizada quando viu as mãos da amiga daquele jeito.

— Não dá mais.— Harry comenta indignado quando chegam com Ayla na comunal da grifinória.

— A gente tem que falar com o Dumbledore.

— Não gente. Já estamos nos arriscando demais com a Armada.— Ayla tenta tranquilizar os amigos.— E já estamos arriscando ele também.

  George cerrou um dos punhos, se controlando para não ir até Umbridge e deitar ela na porrada. Ele também já tinha passado pela detenção de Umbridge (por motivos ainda piores), mas nunca sofreu uma punição como Ayla sofreu, essa injustiça o deixava possesso de raiva.

— Ayla, olhe para suas mãos.— Rony indaga revoltado.— Ela te torturou por causa de nada! Nem mesmo os gêmeos que são tão atentados tiveram uma punição como essa.

— Ayla.— Ginny a chama e vira o rosto para ela.— Se você quiser, eu pego um balaço de quadribol e dou na cara dela.

  — Eu ajudo.— Os gêmeos afirmam ao mesmo tempo.

  — Gente, não precisa, de verdade.— Ela se levanta e abraça todos e sai da comunal. Não queria um dos monitores no seu pé a chutando para longe.

  Enquanto andava, ela sentiu mãos nos seus ombros, se virando rapidamente pelo susto e vendo Draco atrás de si, com um sorriso debochado.

  — Tomou um susto, gatinha?

  — O que você quer? Já não cansou de me infernizar?

  — Não tenho culpa se você fica linda com carinha de brava.— Ele sussurra, o corpo próximo do dela. Ela começou a rir e olhou para os olhos acizentados do sonserino.

  — É engraçado que você despreza pessoas que não são sangue-puro ou que não seguem sua ideologia, mas tenta flertar exatamente com a filha de um lobisomem mestiço com uma sangue-puro.— Ayla sussurra ainda mais próxima de seu rosto, retribuindo todo o deboche e veneno dele.— Meio hipócrita da sua parte, não acha?

  Draco sabia que ele estava sendo extremamente hipócrita consigo mesmo, mas ele não conseguia controlar o desejo ardente que tinha sobre Ayla. A mera presença dela fazia ele querer quebrar um monte de ideais e regras que lhe foram impostas ainda quando criança.

  — Pelo visto o "príncipe da sonserina" não é tão fiel ao seu título quanto a gente imaginava.— Ela sorri e se afasta, mas é puxada de novo por Draco, que a beija logo em seguida.

  O beijo foi rápido, mas cheio de desejo. A mão dele continuou agarrando a cintura de Ayla, que se recuperava do susto. Ele chega perto do ouvido dela e sussurra, a respiração batendo em sua nuca.

  — Não pense que esse será o último beijo.

  Mesmo que Draco beijasse bem, Ayla ficou extremamente revoltada com a ousadia dele ter feito isso sem dar abertura a ele. Antes mesmo que ele pudesse fazer algo, ela desferiu um tapa na cara dele, que ficou extremamente surpreso.

  — Quer me beijar? Então faça por merecer.— E assim ela volta a sua comunal.

Draco ficou parado uns instantes, o ego ferido mas o coração em brasa. Se ele tinha que conquistar um beijo dela, ele moveria rios para conquistar mais.

~|~

  O dia do julgamento de Sirius havia chegado. O trio foi com Ayla e seus pais para o julgamento, que foram muito rigorosos quanto ao comportamento deles perante o ministério ("Se eu ver um vacilo que seja vindo de um de vocês, a chinela vai cantar bem alto."). Todos se sentaram e era possível ver Dolores Umbridge no meio de todos ali, olhando para as mãos de Ayla com satisfação.

  — CASO XY390, SIRIUS ÓRION BLACK.— Cornélio chama e Sirius entra acompanhado de dois aurores, que se certificavam de que ele não tentaria fugir ou provocar algum atentado.— Acusado de assassinar 20 trouxas e Peter Pettigrew na noite de 31 de outubro de 1981.  Nos foi apresentado uma irregularidade na acusação de assassinato a Peter Pettigrew pela defesa, sendo assim solicitado um julgamento sobre o réu. O réu aceita o uso da poção Veritasserum?

  — Aceito.

  Peter aparece devidamente algemado e submetido a mesma dose da poção a qual Sirius também foi submetido. Quando ambos estavam devidamente acomodados e com a poção fazendo efeito, deu-se início ao interrogatório. Todos ali estavam apreensivos, exceto Jade que parecia já estar acostumada com a situação. Apesar da calmaria, Jade estava atenta a cada detalhe, atenta caso alguma irregularidade ou problema aconteça naquele julgamento. Após algumas horas Cornélio finalmente retoma a palavra.

— Com todos os fatos apresentados e com a utilização da poção Veritasserum, eu inocento Sirius Órion Black de suas acusações e as passo a Peter Pettigrew. A sentença para Pettigrew será a prisão perpetua em Azkaban.— Cornélio bate o martelo e o julgamento acaba, todos extremamente felizes por Sirius finalmente ser um homem inocente.

— POR FAVOR, NÃO ME LEVEM A AZKABAN, POR FAVOR!— Peter gritava desesperado tentando se soltar.

— Não se preocupe Peter, você não vai ficar sozinho. Os dementadores irão amar ter você por perto.— Sirius grita debochando de Peter, acompanhando Remus e os outros para fora do ministério.

— Agora que você é um homem livre, finalmente pode ser nosso padrinho de casamento.— Remus comenta abraçando o amigo.

— Com o maior prazer.— Sirius sorri e segue até Harry.— E ai, a proposta de morar comigo ainda tá de pé?

— Mas é óbvio!— Harry da abraço apertado em Sirius, que retribui e o levanta no ar.

Jade estava muito feliz até que reparou nas mãos de sua filha, repletas de cicatrizes.

— Quem fez isso em você, filha?

— Er...

— Foi a Umbridge, tia Jade.— Hermione afirma, já estava cansada de ver ninguém fazer nada sobre isso.— A Ayla não fez nada e pegou detenção com ela.

Os olhos de Jade queimaram em fúria. Ela já não gostava nada da Umbridge, a tolerava por questão de ética. Porém ao ver as mãos de sua filha repletas de cicatrizes sem a garota ter feito nada foi o estopim. Jade não aceitava que mexessem com alguém de sua família, especialmente sua filha. Quando ela ia se levantar e ir tirar satisfações com a senhora, Remus a segura.

— Moony, me solta agora.

— Eu estou tão bravo quanto você meu amor, mas o momento agora é delicado para tentar alguma coisa contra ela.

— O Remus tem razão. A gente acabou de sair do meu julgamento, coisa que o ministério adiou por 12 anos, é melhor não arriscarmos.

Com muita relutância, Jade acabou se segurando e seguiu os outros até a Sede da Ordem, mas puxou sua filha e sussurrou em seu ouvido.

— Da próxima vez, use o olho dela como alvo para suas adagas.

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Cheguei com mais um cap pra vcs.

Teve beijo da Ayla e Draco sim, já tava cansada de enrolar (e eu alterei essa parte do beijo pq deu a entender que ela gostou e esse não foi meu objetivo)
Agora eu peço o apoio de vocês. Caso não saibam, eu tenho uma outra fanfic já concluída (My Siren- Sirius Black, se quiserem podem ir lá ler) e ela já está apta a participar do Watts 2021 e eu to seriamente pensando em inscrever ela lá. O que vocês acham?
E também to trabalhando num livro autônomo, aguardem.

Votem e bjs ♥️

⊰  𝐿𝒶 𝓇𝑜𝓈𝒶  ⊱ Remus LupinOnde histórias criam vida. Descubra agora