primeiros meses

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𝐂𝐀𝐓𝐎𝐑𝐙𝐄




Os primeiros dias foram calmos e os mais simples possíveis. Amélia passou a viver em uma pequena cabana isolada de Wakanda, assumindo a identidade de Raposa Laranja, um codinome criado por T'Challa, para ser utilizado no país sem que chamasse atenção de ninguém. Soube que quando despertassem Barnes, ele também ganharia um codinome, Lobo Branco.

E dessa forma, dias se tornaram meses, e os meses trouxeram uma pequena rotina. Shepard acordava, ficava um tempo na cabana, tomava café com as coisas que colhia ou recebia de Ayo, — uma das Dora Milaje — oferecia o máximo de ajuda para Shuri que conseguia, a adolescente trabalhava rapidamente em uma cura para a lavagem cerebral da HIDRA, tentando minimizar o tempo do sargento na criogenia.

Suas tardes eram feitas de ajudar a irmã do rei, e algumas Dora Milaje, mas depois disso, seu tempo era livre. Amélia reservava um tempo em suas tardes para se manter em forma, e treinar com suas habilidades, algumas vezes acompanhada do rei de Wakanda, que se interessou em saber como suas habilidades funcionavam, e o que havia experenciado quando a mesma ajudou Bucky a escapar de suas garras.

As noites eram silenciosas, e a cabana parecia mais vazia naquele horário. Sabia que Shuri logo despertaria o sargento, fazia pelo menos cinco meses desde o começo de sua estadia e ela já tinha começado a notar mudanças dentro de sua cabana, como a cama adicional do outro lado da sua, ou, como a irmã do rei gostou de nomear: "O velho clichê de serem colegas de quarto, os americanos adoram esse".

Apesar de todas as brincadeiras que Shuri fez sobre o assunto, Amélia não podia negar que era algo que esperava que fosse acontecer, e também era algo que não queria reclamar de estar acontecendo. Os dois americanos tinham que se estabelecer em Wakanda de forma discreta, então, o mais lógico era dividir uma pequena cabana, chamando menos atenção possível.

Quatro meses se passaram, e a virada do ano se aproximava, quando Shuri finalmente veio a seu encontro dizer que começariam os testes referentes a cura de Barnes. A japonesa logo se preparou para a chegada do homem em sua cabana, não que precisasse de muita arrumação, já que além de não possuir quase nada, era organizada o suficiente para manter as coisas em ordem.

Não havia ficado na cabana quando trouxeram o homem desacordado o deixando dormir até acordar, havia saído para sua caminhada matinal. Explorar aquela parte isolada de Wakanda havia se tornado praticamente um hobbie da morena, apesar de pouco tempo ali, se sentia em casa, sentia que conhecia aquele lugar como se tivesse morado a vida inteira ali.

Era impossível não pensar coisas boas de Wakanda, o lugar era maravilhoso, e as pessoas a tratavam com toda a hospitalidade que precisava. Dentre quatro meses, percebeu que as crianças wakandanas achavam extremamente fascinante um forasteiro, gostavam de conversar com ela, apesar de não entenderem muita coisa, e por um tempo, sua comunicação era apenas a proximidade que ficavam.

Com o tempo, algumas crianças começaram a tentar ensinar o idioma local para a japonesa, que apesar da dificuldade, conseguia falar o mínimo e entender quase na mesma medida. Descobriu através de Ayo, que as crianças de Wakanda aprendiam tanto o seu idioma, quanto o inglês, a língua universal, e logo, explicou que as crianças que viviam perto de sua cabana não haviam aprendido o inglês ainda. Amélia não viu menos que uma oportunidade naquele momento, e a partir daquele mês, começaram a trocar informações sobre suas respectivas línguas maternas.

𝐇𝐔𝐌𝐀𝐍 ✪ bucky barnesOnde histórias criam vida. Descubra agora