𝐓𝐑𝐈𝐍𝐓𝐀 𝐄 𝐒𝐄𝐓𝐄
— Você tá bem? — A voz de Wilson quebra o silêncio pertinente no avião. Amélia observa os dois homens, vendo Sam ocupar ao menos três bancos estando deitado do outro lado, enquanto Bucky se sentava em cima de algumas caixas, segurando as mãos juntas enquanto olhava fixamente para o chão.
— Vamos pegar o escudo, Sam. — Como água, a atmosfera do avião caiu de repente, Wilson havia ficado tenso com a proposta de Bucky, e Amélia não sabia o que falar naquele momento, parecia algo entre os dois apesar da mesma estar bem ali. — Pegar o escudo e fazer isso sozinhos.
— Não podemos chegar no cara, bater nele e pegar. — Sam se senta, mantendo o contato visual com o sargento, que permanece olhando para o chão. — Lembra o que aconteceu da última vez que roubamos?
— Talvez.
— Vou ajudar caso tenha esquecido. — A voz de Sam era baixa, quase como um sussurro, tentando lembrar Barnes que existiam coisas mais importantes que John Walker. — A Sharon foi nomeada inimiga do estado, tive que ver a Amélia em uma camisa de força, e o Steve e eu tivemos que fugir por dois anos. — Shepard deixou a respiração que não sabia que havia prendido sair, sentindo os olhos de Barnes em sua figura, essa era provavelmente uma das coisas que Amélia preferia ter levado para o túmulo. — Não sei quanto a você, mas não quero passar o resto da vida vivendo la vida loca. Acabamos de ser derrotados por Super Soldados e não temos nada.
— Não é bem verdade. — Bucky se levanta de forma calma, fazendo seu caminho para o banco ao lado de Sam, e se sentando de forma lenta. — Tem uma pessoa que deveriam conhecer.
Não havia muito o que Barnes pudesse dizer que não entregaria demais o que estaria prestes a mostrar. Talvez, não pudesse nem ao menos preparar os dois para o que estava por vir em Baltimore, e com certeza, não podia controlar como Sam se sentiria quando visse. Amélia permaneceu em silêncio o resto do voo, algo sobre lembrar a estadia naquela prisão no meio do nada não pareceu cair bem em tudo que faziam.
Talvez essa viagem inteira, John Walker, e apanhar de Super Soldados a fazia questionar o quanto podia aguentar. Soube que trazer todos de volta seria seu último ato, mas como poderia dizer isso a Sam? Como dizer que ao mesmo tempo que clama por paz, deseja desesperadamente que a parte caótica do herói continue? Eram perguntas que Shepard tinha frequentemente, que nem sempre, conseguia chegar em uma resposta final.
O que levava a mais de um pensamento. Como seguir em frente depois de cinco anos sem ver aqueles dois? Como outras pessoas podiam continuar mesmo depois de terem sido apagadas por cinco anos? Talvez esse grupo estivesse fazendo algo bom, da maneira errada. E talvez, Amélia não estivesse pronta para dizer tudo que viveu em cinco anos, talvez não quisesse se livrar desse peso, e talvez, ainda queria que Steve estivesse aqui.
A morena andou de forma silenciosa atrás de Sam e Bucky, vendo Sam interagir com algumas crianças na rua, enquanto Barnes guiava o caminho até uma das casas. Algo sobre isso não parecia certo, o que estavam fazendo ali? O que Bucky precisava mostrar que era tão importante? Shepard silenciou os pensamentos, quando Barnes deu batidas de leve na grade em frente a porta. Sam cruzou os braços esperando, e quando a porta se abriu, um garoto, provavelmente na adolescência, abriu a porta com um olhar sério.
— Viemos ver o Isaiah. — Bucky solta, encarando o garoto fixamente.
— Ninguém chamado Isaiah mora aqui. — Mantendo a pose firme, a resposta do garoto trás apenas mais incerteza para Sam e Amélia, que se entreolham de maneira nervosa.
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𝐇𝐔𝐌𝐀𝐍 ✪ bucky barnes
Fanfic⌈ 𝐡𝐮𝐦𝐚𝐧𝐨 ⌋ ❝Então se afaste do seu orgulho, ele é um demônio disfarçado e não vai te ajudar a acalmar a maré crescente❞. Bucky Barnes nunca soube que precisaria de alguém para lembrá-lo que era humano depois de 70 anos servindo como o Soldado...