𝐇𝐔𝐌𝐀𝐍 ✪ bucky barnes

barão zemo

𝐓𝐑𝐈𝐍𝐓𝐀 𝐄 𝐎𝐈𝐓𝐎

Pra dizer a verdade, não era a primeira vez que tinha que visitar a Alemanha, mas talvez, fosse a primeira vez que realmente não queria estar onde estava. O plano de Bucky, apesar de bom, não tinha nada reconfortante, e ao pousarem em Berlim, aquilo apenas pareceu mais errado a cada passo que davam. Falar com Zemo, alguém obcecado com Super Soldados, era uma boa ideia, Bucky estar junto? Era o que preocupava Amélia.

Caminhando atrás de Sam e Bucky no longo corredor da prisão, trazia lembranças ruins na cabeça da morena. Todas as coisas que passaram durante a pequena guerra civil, todas as coisas ruins que subseguem aqueles eventos deveriam ser o suficiente para querer aquele homem atrás das grades e o impedir de ver a luz do dia por quanto tempo fosse necessário. O guarda sinalizou que a cela do barão era logo à frente, fez com que o trio parasse, Sam parecia apreensivo e encarava Bucky como se fosse queimar seu rosto apenas com o olhar.

— Tá no final do corredor. — Com isso, o guarda se afasta, ficando ao lado da porta, Bucky abre um sorriso de canto.

— Um segundo. — Respirando fundo, Barnes se vira para os dois amigos, sabendo que precisava deixá-los fora da decisão que tomaria. — Vou entrar sozinho.

— Por quê? — Amélia rebate, cruzando os braços.

— São Vingadores. — Bucky retrucou baixo. — Sabe o que ele acha.

— Eu tô cagando pro que ele acha. — Sam rapidamente se junta a conversa. — Não é como se vocês se conhecessem de um passeio na praia.

— Ele era obcecado pela Hidra. — Bucky insiste. — Temos uma história juntos. Confiem em mim. Eu consigo. — Antes que um dos dois pudesse intervir, Bucky continua o longo caminho até o final do corredor, seguindo o guarda.

— Ainda tenho um pressentimento ruim sobre isso. — Amélia soltou baixo, se virando para irem até o local onde se encontrariam com Bucky depois daquilo.

— Nem me fala. — Enquanto andavam, Wilson não pode deixar de notar o silêncio da japonesa, em tempos diferentes, os dois não estariam em silêncio, muito menos parecendo dois estranhos um do lado do outro. — Quer me contar o que tá incomodando essa sua cabecinha?

— Não muito. — Shepard respondeu rápido, abrindo um sorriso de lado. — Mas você nunca aceitou não como resposta, né?

— Não, nunca. — Sam ri baixo, parando no local indicado. — Acho que nós nunca conseguimos conversar sobre esses cinco anos, você é mais velha que eu agora, isso é uma loucura.

— Eu sei, foram... — Amélia pareceu se perder nas palavras. — Anos difíceis. Pra ser sincera, eu não iria participar da batalha final contra o Thanos, mas Steve Rogers tinha planos diferentes.

— É difícil dizer não pra ele. — Sam sorri. — Lembra da primeira vez?

— Lembro. — Amélia compartilha o sorriso de Sam, cruzando os braços. — Lembro de voltar para casa e sentir que finalmente estávamos ajudando de novo.

— É... — Sam volta seu olhar para a japonesa, não se segurando para perguntar o que realmente queria saber. — O que aconteceu entre vocês dois? Parecem distantes um do outro, e vou te dizer, antes de desaparecer, vocês pareciam bem mais unidos.

— É complicado.

— Me deixa decidir isso.

— Quando você passa cinco anos de luto, e de repente tem tudo aquilo de volta, as coisas tendem a demorar para se ajustar. — Amélia sorri de canto, respirando fundo como se procurasse palavras pra explicar. — Ele tá fazendo reparações, e eu tô tentando apoiar ele, tanto quanto tô apoiando você nessa missão, é só que... — A morena parou de repente, sentindo todo o egoísmo que corroía seus pensamentos se reprimirem novamente.