Pesadelo

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— Então, segunda-feira eu entro em contato com você. — Madeleine fala, apertando minha mão ao sair do salão de festa. A mulher era uma das maiorais no ramo de imóveis, era possível ver seu rosto em vários outdoors pela cidade.

— Será um prazer. — digo, sorrindo.

Depois de vários sorrisos falsos e inúmeros apertos de mão seguidos de "obrigada pela sua presença", eu e Ellie podemos ir para casa, onde tudo que eu preciso é dormir agarrada com ela.

— Eu admiro tanto você, sabia? Você foi incrível lá. — Ellie diz. Eu estava em seu peito, totalmente confortável e aconchegada.

— Obrigada, amor. Foi muito importante ter você lá. Foi o primeiro evento que não tive Dave ao meu lado.

— Pretendo estar com você em todos os momentos, baby. Aliás, não deu nem pra perceber que estava nervosa ou algo assim. Pelo contrário.

— Que bom! Que bom mesmo. — digo, tendo meu ego elevado. Dormimos pouco tempo depois, meu sono estava agitado, eu ficava acordando e tentando não visualizar o pesadelo que tive, mas sempre que fechava os olhos de novo, voltava.

Eu estava parada no meio do aeroporto, as pessoas passavam por mim e praticamente não me viam, ficavam esbarrando em mim. E eu não conseguia sair do lugar.

— Ali, é o nosso. Vamos! — escuto a voz de Ellie, em seguida a vejo apontando para frente e falando com… o Brad?

— Você não vai esperar a Luna? — ele pergunta.

— Não, ela não está aqui porque não quer. Eu chamei. Estou cansada dela. Então, vamos viver nossa aventura? — ela chama, sorrindo para ele e tudo que eu faço é tentar gritar e me mexer, mas sem sucesso.

— Vamos! A Luna não te merece, Ellie. — ela não responde, apenas sorri. Ela usava um batom vermelho, seu cabelo estava preso num rabo de cavalo e ela usava um sobretudo preto.

Acordo e estou quase sem ar. Que merda de sonho! Ela ainda dorme como a porra do anjo que ela é, enquanto eu sonho com ela sendo o contrário. Merda, merda, merda. Ainda eram duas e meia da manhã. Sem sono, resolvi me levantar da cama.

Nova Iorque realmente era a cidade que nunca dorme, eu fui para a varanda e ainda era possível ver bastante movimento e luzes por todos os lados.

Acho que eu deveria ir ao psicólogo, ao menos me receitar um remédio para dormir. Ou não, eu não tenho saco algum para contar as coisas para um estranho. Eu sei que seria bom, eu até fiz terapia por um tempo, mas foi na época em que a Duma estava passando por muitas mudanças e eu não tinha tempo para nada.

A única coisa que tirei das poucas sessões foi que eu precisava controlar minha impulsividade, em todos os âmbitos da minha vida. Eu era ansiosa, é verdade, mas eu estava muito melhor, tinha menos pensamentos de merda. Claro que nem tudo era culpa da minha ex, mas ela tinha fodido tudo ainda mais. Por isso eu tentava ocupar a minha cabeça com o trabalho.

— Luna? — Ellie chama, coçando os olhos. Ela estava enrolada com a coberta e eu a chamei para sentar comigo. Havia um sofá bem aconchegante lá, ela me cobriu e encostou sua cabeça em meu ombro. — está tudo bem?

— Só um sonho ruim.

— Quer me contar? — eu nego com a cabeça. — ok, vai ficar tudo bem, amor. Eu te amo.

— Eu te amo também. — digo, acariciando seu braço. Acabamos dormindo ali mesmo, o que foi um erro. A luz do sol quase queima meu globo ocular. — merda.

Eu e Ellie ficamos de babá o domingo quase todo, resolvemos dar uma folguinha para Sammy, ela e Ted estavam precisando.

Ele era uma criança ótima, e esperta. Ellie já estava com saudades dele, afinal, nós sempre passávamos um tempinho com ele.

— Eu vou ser mais próxima dele, haha. — digo, me gabando, enquanto ando pela sala com ele no colo.

— Eu sempre vou ser a favorita, sai fora. E aliás, você vai mostrar foto minha pra ele sempre! Esse mês tem que passar voando. — ela pega ele do meu colo, eu reclamo, mas ele fica tão quietinho com ela que eu aceito rapidamente.

Na semana, eu tirei um dia de folga para dar um passeio com Anne e Linn. Nós fizemos um piquenique no central park durante o dia e fomos mostrar alguns lugares como a Times Square e alguns que nem eu conhecia. Claro que Ellie estava conosco. Ela tinha a semana de folga, já que iria viajar.

— E aqui fica o melhor donut de NY. Bem vindas. — falo. Quem me mostrou esse lugar foi Ellie.

Entramos e nos deliciamos com vários sabores.

— Ok, melhor donut, mas… onde fica o melhor café da cidade? — Linn pergunta. Como uma perfeita viciada em cafeína. — eu não tomei café o dia todo.

— Uh, melhor levar ela para tomar café logo, mais alguns minutos e vocês não vão querer ter conhecido ela. — Anne brinca, levando um tapa da esposa. — tá vendo?

— Para sua… e a nossa sorte, é logo na esquina. — Ellie fala.

— Amém.

Nós vamos e ela mata o vício. Nós ficamos mais algumas horas andando pelas ruas movimentadas até pararmos em um barzinho. A noite seguiu tranquila, regada a drinks e danças.

— Obrigada pela noite, hoje foi muito bom. — Linn fala, ela aparentava estar só um pouquinho bêbada.

— A gente agradece. Até outro dia! — digo. Terminamos de nos despedir e entramos no taxi. Eu não sei se era o álcool, mas olhei para Ellie e comecei a sentir muito calor. Muito mesmo. Quando chegamos no elevador, a pressiono contra a parede.

Ela fica surpresa, mas em questão de segundos começa a corresponder com a mesma intensidade. Começo a abrir a calça que ela usava enquanto beijava seu pescoço.

— Aqui? — pergunta, segurando minha mão.

— Aqui. — digo, com a sobrancelha erguida. Ela sorri e volta a me beijar enquanto masturbo ela. Estamos abraçadas, ela abafa os gemidos no meu ombro. — geme pra mim gostosa, só eu vou ouvir… hm...isso. — digo quando ela se permite gemer.

Sinto que já estava molhada, mas o gemido dela me fez derreter. Abocanhei um de seus seios enquanto tentava aumentar o ritmo lá embaixo, mas as roupas estavam atrapalhando.

Entramos em casa nos beijando, fecho a porta com o pé enquanto ela tira a blusa e depois as partes de baixo. Agarro ela e ficamos no tapete felpudo da sala mesmo. Ela ainda estava se permitindo gemer alto enquanto eu a chupava.

Algum tempo depois ela está em meu peito, já estávamos com a respiração normal.

— Você me deixou algum chupão? — pergunta.

— Foi sem querer, mas… é para lembrar de mim. — sorrio, a beijando. — te amo!

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Tudo bom com vocês? Respondam uma coisinha aqui:

Cês querem uns capítulos na visão da Ellie quando ela tiver na China?

Cês gostam de ver a Linn e a Anne por aqui? Pq eu adoro escrever as quatro juntas! Kkkkkkkkk

Luna.Onde histórias criam vida. Descubra agora