Demorei mas tô aqui, meus babys! Cês tão bem?
Boa leitura!!____________________________________
Faltando apenas um dia para Ellie voltar, eu já estava bem animada. Tinha concluído boa parte do trabalho dos novos produtos da Duma e estava tendo os dias mais folgados. Diferente dela, que estava bem ocupada com os últimos dias. Nós nos falávamos sempre que podíamos, mas eu estava morrendo de saudades.
Estou imersa em meus pensamentos quando uma pessoa é anunciada pela minha secretária.
— Ela disse o assunto? — ela nega com a cabeça e eu aceno com a mão, mandando Louise entrar. — o que você quer?
— Posso conversar com você? Numa boa, Luna.
— Sente-se.
— Eu gosto quando você dá ordens. — ela diz, sorrindo e cruzando as pernas. — o que a Petterson sabe? Sobre nós.
— Ela sabe tudo que tem que saber. Vá direto ao assunto, o cheiro do seu perfume está me dando ânsia.
— Será ânsia mesmo? Ou deja-vu? — reviro os olhos. — eu quero saber, porque Ellie é muito respeitada na empresa e não quero que ela torne a minha vida um inferno por… ciúme.
— Sinceramente? Eu acho que ela deveria tornar sua vida um inferno mesmo, mas… Ellie não é assim. Creio eu que você não tem com o que se preocupar.
— Certo. Ok.
— Acabou? Pode ir, já. — digo, indo até a porta da minha sala. Ela anda até mim, lentamente.
— Uma chance, Luna. Uma. Me arrependo tanto de ter vacilado com você. — diz, transparecendo sinceridade. — me perdoe.
— Eu perdoei você. Eu só não quero mais você.
— Me dê uma chance para te reconquistar, eu acho que você ainda lembra de como éramos incríveis juntas. — ela toca meu ombro, subindo para o pescoço. Fecho os olhos.
— Louise, saia.
Quando abro os olhos, ela já não está mais ali. Uma chance? Olha tudo que passei, inferno.
Com a porta fechada, ponho as mãos no rosto, suspirando. O cheiro dela ainda estava na sala.
E se…
Não! Luna, não!
Meus pensamentos vão me enlouquecer ainda, caro leitor.
Só de estar pensando nisso já é um vacilo gigante com a El. Eu só queria que ela sumisse da minha vida e nunca, nunca mais aparecesse.
De madrugada eu dirigia rumo ao aeroporto com Sammy ao meu lado. Eu estava a muito tempo acordada, então não estava para conversas. Diferente dela, que estava duas vezes mais animada.
— Você trouxe a plaquinha?! Eu queria tanto trazer o Bê, para colocar a placa de "madrinha Ellie" perto dele. Ela ia adorar, não é? — pergunta, eu sorrio e aceno.
Sorria e acene, Segrini.
— Você não parece animada.
— É sono, quando chegarmos eu compro um café.
Ela estreita os olhos e assente, dando de ombros em seguida. Chegamos ao aeroporto e fomos para o desembarque aguardar nossa menina.
E ela apareceu, poucos minutos depois…
Loira?
Abro e fecho a boca várias vezes quando ela aparece no meio das pessoas rindo de algo que Brad estava falando. Ele vai de encontro a uma senhora que estava a alguns passos na nossa frente. Ela procura um pouco e encontra meus olhos, segurando uma placa de "Senti saudades, Ellie Petterson".
Ela e Sammy correm uma para a outra e se abraçam. Eu fico mais atrás, sorrindo que nem boba para minha mulher.
— Olha, nunca mais você vai passar tanto tempo longe de mim. Entendeu?! — Sammy fala, a segurando pelos ombros.
— Também senti saudade, Sammy!
Ela diz, rindo e vindo em minha direção. A abraço forte e em seguida, encho seu rosto de beijo, depois abraço novamente.
— Você tá loira?! Como assim, garota?! — pergunto, não acreditando que ela poderia ficar mais bonita. Além do loiro, ela havia cortado um pouco o cabelo. — aliás, você está maravilhosa, caralho! Tô apaixonada!
Brad se aproxima, junto com a senhora que ele havia abraçado. Acho que era sua mãe.
— El, essa é minha mãe, Blair.
— É um prazer, Brad falou muito da senhora esse mês, ele estava morrendo de saudade.
— Ele é o meu bebezão mesmo! É um prazer conhecer você também. — Blair diz, abraçando ela. Eu me afasto uns passos, mas Ellie me apresenta como sua namorada. — é um prazer conhecer você também! Agora, nós vamos indo.
— Não querem uma carona? — pergunto.
— Não, não precisa. Podem ir, até mais meninas. — ele diz, abraçando Ellie e se afastando depois de acenar.
Depois de colocar as malas no carro, El vai para o banco do passageiro e acaba dormindo no meio do caminho. Sammy estava sonolenta no banco de trás, então dirigi sob uma música baixinha no rádio.
— Linda? Chegamos… — chamo quando estaciono. Faço carinho em sua bochecha e ela acorda lentamente. Ela enterra a cabeça no meu pescoço e me abraça. — dengosa mais linda. Eu acordo ela ou você? — digo apontando para Sammy.
— Pode deixar. Chegamos! — ela fala mais alto, e a outra acorda com um pequeno susto. Nós rimos da cara que ela fez.
Depois que entramos, eu coloquei as malas no closet, pois ela disse que queria desfazer depois pois tinha vários presentinhos. Ellie foi tomar banho enquanto eu preparava algo para comermos.
Quando ela volta, apenas de roupão, ainda parece sonolenta.
— Eu não dormi nadinha no vôo, uma senhora ficou falando o tempo inteiro, e bem alto.
— Sinto muito. Essas são as piores. Espero que goste. — digo, colocando o prato à sua frente. Ela come tudo e me elogia em seguida. — agora, podemos voltar para o quarto… estou com tanta saudade de você…
— Hm… saudade do que exatamente? — pergunta, maliciosamente. Eu não respondo, me aproximo dela, que estava sentada no banco e mantenho meu olhar fixo em sua boca. Ela sorri e segura em meu pescoço quando eu a impulsiono para colocar as pernas em torno do meu corpo.
A carrego até o quarto e a jogo na cama, ela desamarra o roupão, me mostrando a visão da porra do paraíso. Impossível não sorrir sabendo que tudo aquilo era meu.
— Olha, eu preciso de um banho rápido, você espera? — pergunto e ela assente. Eu tinha acabado de me lembrar que só havia tomado banho quando cheguei do trabalho, há horas. Eu tento ser o mais rápida possível, e saio do banho cheirosinha depois de uns dez minutos no banho. — droga, acho que demorei… — digo, vendo minha namorada dormindo nua. Me deito ao seu lado e a agarro, indo dormir também.
— A gente não ia dormir, amor. Foi sem querer, desculpa. — ela diz, levantando. Eu a puxo para o meu peito.
— Tá tudo bem, você precisa dormir direito. Teremos o dia todo amanhã. Não precisa se desculpar, ok? — sinto sua cabeça mexer, mas ela não responde, provavelmente caindo no sono novamente.
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Luna.
RomanceEu tenho um trauma. E isso me persegue e me tortura em vários momentos da minha vida. Achei por muitos anos que não sentiria mais afeto por outra mulher, sentia que não fui feita para ser amada de verdade e que tudo que eu tocasse viraria pó. Achava...