Eu segurava o gemido com a bela massagem de Ellie fazia em mim. Era quase meia noite e eu estava exausta pela nossa noite… quente. Bem quente. Ela estava recém saída do banho e me ofereceu uma massagem nas costas.
— Suas mãos são muito boas…hm...
— Digo o mesmo das suas. Você está tensa. Trabalhando muito?
— Demais, eu sou muito perfeccionista, então já sabe que eu gosto de eu mesma fazer as coisas, mesmo tendo toda uma equipe. Acho que ninguém vai muito com a minha cara.
— Segrini, você criou um império, as pessoas te admiram por você ser você. Não precisa agradar ninguém. Basta ser respeitosa e educada, isso sim é sua obrigação.
— Eu preciso de férias, nem que seja só por uma semana ou duas. Aí eu poderia ficar aproveitando sua companhia por mais tempo e te dando toda atenção do mundo.
— Você já tirou férias na vida? — questiona, se deitando ao meu lado, de barriga para baixo. Ainda estava nua.
— Não, nunca senti vontade. Sempre equilibrei muito minha vida profissional e pessoal, mas agora… sei lá. Queria viajar.
— Viajar?!
— É, com você. Só nós duas. Tem algum lugar que você quer muito conhecer?
— Eu quero conhecer vários lugares, Segrini. — ri. — e você? Qual o seu país dos sonhos?
— Suíça. Sem dúvida.
— Suíça me lembra chocolate.
— Me lembra queijo.
— Amor, eu não posso viajar. Você deveria ir, mais para frente eu viajo com você.
Eu poderia sim ir sozinha, mas eu não queria. Amava tanto a companhia de El. Me levanto da cama e me tranco no banheiro. Talvez eu esteja um pouco chateada.
Quando desligo o chuveiro, ela bate na porta.
— Luna, tá com raiva? — não respondo. — isso já foi uma resposta. — você pode pode ficar com raiva! Eu preciso trabalhar, cara. Eu não sei como é no seu mundo de gente podre de rica, mas no meu, você planeja uma viagem!
Me estresso e abro a porta, passando reto por ela e me vestindo rapidamente.
— Onde você vai?!
— Embora. Eu não quero uma viajem idiota, eu quero uma viajem com você, inferno! Sabe que eu poderia te arrumar uma semana de folga.
— Eu não quero isso, você não entende? Eu gosto de trabalhar, Luna. Não preciso que você me dê privilégios. Eu não acho isso certo.
Suspiro, sabendo que no lugar dela eu estaria agindo da mesma forma. Só que eu não iria desistir da viagem, já tinha planejado mentalmente como seria.
— Desculpa. Você não pode pegar só uns cinco dias? Eu preciso desse tempo com você, só com você. — me aproximo, desfazendo os braços cruzados da mulher a minha frente e a abraçando.
— Posso tentar. — diz, revirando os olhos. Tento lhe dar um beijo, mas ela desvia.
— O que foi?
— Você ia embora, Luna. Ia sair no meio de um discussão. Da próxima vez que fizer isso, nem precisa voltar. Não é fugindo que se mantém um relacionamento, é conversando. Não sei como foram seus outros relacionamentos, mas comigo não vai ser assim.
Fala, bem séria. Eu vejo que aquilo realmente a chateou e assenti, afinal, ela estava certa.
— Nenhum relacionamento foi como o nosso, desculpa, amor. Vem cá, não vai mais acontecer, tá bom?
— Ok… — fala e, enfim, me beija. Beijo que esquenta e leva para vários outros rounds. Às quatro da manhã estávamos agarradas e completamente sem sono. Conversamos até amanhecer. — preciso levantar e ir para o trabalho, amor.
— Admiro sua disposição. Passou a noite em claro e continua plena. Quer uma carona?
— Você vai trabalhar hoje? Aceito a carona sim. — me encontra em alguns minutos na portaria, preciso vestir uma roupa decente.
— Não, eu vou com você e te espero quietinha no seu quarto. Deixa só eu me vestir rapidinho. — ela diz que tudo bem e eu corro para me vestir.
Ponho uma calça escura e uma jaqueta de couro preta. Depois que fomos ao seu apartamento, El se arruma rapidamente e vamos ao estacionamento.
— Hoje não vamos de carro. Te apresento… meu bebê! — mostro minha moto a ela, que ri.
— Eu não vou subir nisso não. Anda, vamos de carro.
— Ah, qual é! Porque? Por favor, vem. Eu vou devagar.
— Motos são extremamente perigosas. Eu quero viver mais alguns anos, obrigada.
— Vai, amor. Faz isso por mim… — peço, fazendo uma cara fofa. Ela suspira e pega o capacete das minhas mãos e subimos na moto. — pode segurar em mim, tá?
— Eu vou mesmo.
Em vinte minutos chegamos, ela me dá um beijo casto nos lábios e se afasta, mas a puxo, parecia estar atrasada sendo que estávamos até bem adiantadas.
— Luna, é o meu local de trabalho. Ninguém aqui sabe que namoro você e bem… todos aqui te conhecem.
— Porque isso?
— Porque não quero me expor, quero que minha vida pessoal não se misture com a profissional. — reviro os olhos, mas concordo, se essa era sua vontade eu nada poderia fazer.
— Tudo bem, tudo bem. Você tão profissional assim é muito sexy, que porra. Poderia te foder aqui mesmo, mas… tenha um bom dia, anjo.
— Você também. Ah, eu vou ver se consigo alguma folga, ok? — diz, me abraçando. Me animo, sabendo que hoje eu me trancaria em minha sala e planejaria nossa viagem o dia todo.
— Eu te amo!
— Eu te amo!
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Luna.
RomanceEu tenho um trauma. E isso me persegue e me tortura em vários momentos da minha vida. Achei por muitos anos que não sentiria mais afeto por outra mulher, sentia que não fui feita para ser amada de verdade e que tudo que eu tocasse viraria pó. Achava...