- Oi, acorda, vai - falei para a loira que começava a despertar. - bom dia!
- Por que tão cedo? Pelo amor de Deus, Luna! - reclamou, se vestindo. Belo corpo, Samantha, belo corpo. - fecha a boca, meu anjo, a baba está escorrendo aí.
Riu da minha cara de idiota, mas que culpa eu tenho se gosto de apreciar corpos tão bonitos. Samantha era um deusa, sorte a minha de ter transado com essa mulher noite passada.
- Desculpa, eu estou atrasada e a minha aula é com a desgraçada da Paula. Aí você já viu, não é? Eu te ligo.
- Tá bom, tá bom. Me liga, gata. - falou piscando o olho e saindo. Eu provavelmente não ligaria, mas sei que ela também não se importa.
A transa nem tinha sido tão boa, mas quem sabe um dia?
Quinze minutos depois eu entrava na sala para a maldita aula de programação. O benefício de morar perto do campus era isso, não ter que se apressar tanto.
Eu era boa em todas as outras matérias do meu curso; análise e desenvolvimento de sistemas, mas programação acabava comigo.
Materiazinha desgraçada.
Não sei mesmo onde estava com a cabeça quando decidi fazer essa faculdade e para o meu azar, não me via mais fazendo outra coisa.
Dave Foster me viu e logo acenou para que eu me juntasse a ele no fundo da sala. Era graças a esse ser humano iluminado que eu não reprovava em programação. Ele era um gênio nisso. Nós meio que nos completávamos, eu sempre fui muito boa na parte de hardware e ele na de software.
Um ajudava o outro e tem sido assim a uns três anos.
- Para a tua sorte a chata da Paula não chegou. - falou quando me sentei ao seu lado.
- Falando no diabo, olha só.
- Aquilo é um sorriso? Você viu? Acho que alguém transou, hein! - comentou baixo, rindo. Concordei, afinal, Paula era extremamente séria e ali tinha sido a primeira vez que ela sorriu ao entrar na sala.
- Bom dia, turma. Espero que tenham vindo preparados, pois teremos prova!
Nada de sexo, a felicidade da mulher era isso. Perpetuar a maldade para com seus alunos. Eu sempre soube que ela era o capeta.
- Desgraçada.
Então fizemos a prova. Talvez hoje fosse meu dia de sorte, pois eu e Dave havíamos estudado aquele conteúdo a alguns dias, então ainda estava fresco em minha memória.
- Eu tenho um encontro hoje, acredita? - Dave falou, surpreso com si mesmo.
- Soldado abatido! Conte-me. - falei. Claro que eu estava brincando, pelo olhar brilhante do rapaz a minha frente, a garota deveria ser incrível.
- Eu conheci ela na festa de ontem, quando você me deixou sozinho, lembra? Era a primeira festa dela aqui, parecia estar perdida. Engatamos uma conversa boa que durou a noite toda...
- Espera, vocês nem se beijaram?! - questionei, incrédula.
Antes que pense que eu sou daquelas cafajestes que têm uma mulher nova em sua cama toda noite, quero esclarecer algumas coisas. Eu sou uma mulher livre e fico com alguém quando quero, mas isso não é todo dia, não tenho culpa se eu tenho um certo charme que me ajuda muito na hora do flerte.
Eu fiquei um pouco incrédula pelo Dave não ter beijado a moça porque eles passaram a noite conversando, as vezes meu amigo era um pouco lento.
- Não, não nos beijamos. Apenas conversamos e eu a convidei para um jantar. O nome dela é Katherine e ela é o ser humano mais lindo que eu conheço.
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Luna.
RomanceEu tenho um trauma. E isso me persegue e me tortura em vários momentos da minha vida. Achei por muitos anos que não sentiria mais afeto por outra mulher, sentia que não fui feita para ser amada de verdade e que tudo que eu tocasse viraria pó. Achava...