– Vamos, mas se eu não gostar, podemos ver um filme?
– Eu duvido que não goste, mas sim, pode ser.
Dei play no primeiro episódio e quando ela viu Ross falando revirou os olhos e falou que ele parecia ser babaca; errada ela não está.
– Bom, dá pra assistir mas eu tenho que ir… – ela falou após o final do terceiro episódio.
– Já? – perguntei. Eu não queria que ela fosse, queria continuar a ouvir a risada dela.
– Sim, tenho grupo de estudos hoje e quase perdi a hora. Culpa de vocês! – falou, rindo.
– Você estuda o que?
– Tô terminando a faculdade de administração.
– Oh, entendi. Então, bom estudo. Se quiser assistir mais de friends… só me chamar!
– É, eu sei onde encontrar você. Até mais. Sammy, não precisa me esperar hoje.
– Certo, bom estudo El! Se cuida. – falou.
– Então, somos só eu e você. – falei com a mulher a minha frente. – você faz faculdade também?
– Eu já terminei, fiz enfermagem. E você?
– Terminei, a muitos anos. Fiz Engenharia de computação. Tenho minha própria empresa junto com um amigo.
– Duma! Você é a dona da Duma! Como eu não percebi antes? – sorri, envergonhada. – cara, eu amo os jogos que vocês criam!
– Que bom, estamos sempre tentando melhorar. – sorri, envergonhada. Nunca soube reagir a elogios.
– Não se preocupa que não sou nenhuma tiete, tá bom? Só admiro muito o seu trabalho.
– Obrigada, e eu admiro o seu porque deve ter muita paciência.
– Oh, sim! Mas eu realmente amo o que faço. – após nos entediar assistindo, Sammy se ofereceu para me ajudar com os livros. Nós conversamos bastante, já senti que tinha uma amiga nesta cidade abarrotada de gente.
– Como você e Ellie se conheceram? – já que não tive muito tempo de conhecê-la, resolvi perguntar a Sammy.
– Nos conhecemos no fim do meu curso, ela estava no terceiro semestre e eu no quarto. Ellie é como uma irmã mais nova pra mim desde então.
– Vocês parecem ser muito unidas mesmo. Eu tenho essa ligação como Dave, tanto que foi bem difícil me despedir dele.
– Nem imagino não morar com a El. É realmente muito bom tê-la por perto, sabe? Ela tem uma energia inexplicavelmente boa.
– Achei exatamente isso, confesso. A risada dela me encantou, mas por favor, não fale a ela sobre isso.
– Não falarei, fique tranquila. – nós conversamos por mais algum tempo até que ela foi embora. Trocamos os números e eu fui tomar um bom banho e me preparei para dormir.
Não sei o que aconteceu, mas acordei assim que uma imagem passou em minha cabeça, um par de olhos castanhos. Abri os olhos, estranhando. Era cedo, saí para correr antes de ter que ir para a empresa.
Assim que saí de casa, vi a dona do par de olhos castanhos que me acordou.
Ellie.
– Bom dia, Luna. Como vai? – perguntou, simpática. Ela usava uma calça legging preta e um moletom azul. Estava com tênis próprios para corrida.
– Bem, e você? Indo correr também?
– Sim, você vai para o Central Park?
– Não, acho muito lotado. Prefiro o parque da esquina mesmo.
– Esse é o bom do Central Park, você pode ver como é só mais uma em um milhão e é bom pensar assim as vezes. Vamos, só hoje? – me chamou, com o sorrisinho de canto. E eu, logicamente, aceitei.
E realmente era boa a sensação. Eu não gostava de ser o centro das atenções, e no Central Park era tão cheio de gente aquele horário que eu era só mais uma pessoa correndo. Ellie correu ao meu lado, era complicado me concentrar ao ver ela correr.
Deixei a música baixinha nós fones, para poder ouvi-la.
– Então, o que está achando de NY?
– Eu gosto de cidade grande, mas eu mal saio de casa. Como vai a faculdade?
– Tenho a prova final hoje, pela tarde.
– Boa sorte. Lembro como fiquei nervosa quando eram as minhas provas.
– Você fala como se fosse uma idosa! – falou, me dando um soquinho fraco no ombro e parando de correr se apoiando nos joelhos.
– Eu me sinto bem velha perto de você! E só tenho vinte e cinco anos. – parei também. Ela se deitou na grama, haviam poucas pessoas naquele local devido ao sol.
– Eu tenho vinte e dois, não é muita diferença. – falou, me olhando. Sua pele praticado brilhava refletindo o sol. Me sentei ao seu lado. – cara, eu com certeza vou comer aquele cachorro quente que passamos em frente à pouco.
– Repor o que perdeu hoje correndo? – ela sentou, me encarando.
– Eu não corro para emagrecer, eu só gosto de correr. Pelo menos mantenho o peso. – deu de ombros. – vai me acompanhar?
– Seria falta de educação a minha se não fosse, não é?
– Exatamente! Vamos. – se levantou, estendendo a mão e a peguei para me apoiar. Fomos andando até a banquinha
Eu realmente não tinha pressa.
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Hey, humanos! Como vocês estão? Já foram ler minha outra história? Vai lá pô, tá completinha p vocês.
Bjo, até o próximo capítulo.
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Luna.
RomanceEu tenho um trauma. E isso me persegue e me tortura em vários momentos da minha vida. Achei por muitos anos que não sentiria mais afeto por outra mulher, sentia que não fui feita para ser amada de verdade e que tudo que eu tocasse viraria pó. Achava...