9 - Aquilo tinha tudo para dar errado (+18)

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**ALERTA HOT

AMORA

Assim que abro a porta, encontro um Henrique completamente diferente do que estou acostumada. O fato de estar sem camisa expunha diversas tatuagens que jamais imaginaria que pertenciam a seu corpo, dentre elas, uma enorme serpente nas costas. Uau. Por mais que já tenha o visto daquela forma, apenas ali pude observar como seu corpo era do jeito que gosto. Sem dúvidas aquele homem era um pedaço de pecado.

Inicialmente, minhas investidas eram apenas para provocá-lo, mas naquele momento, além de almejar seu corpo, percebi que Henrique era um homem lindo, em todos os aspectos físicos possíveis.

Respirei fundo e evitei encará-lo mais do que já havia feito, mas, para minha infelicidade, o homem já havia percebido meus olhares maliciosos. Pelo incrível que pareça, Henrique aparentou não se importar. Algo de estranho estava acontecendo com ele, e isso me agradou demasiadamente.

- Garota, você não tem amigas não? - pergunta Henrique, sem me encarar.

- Não seja chato, chefinho - sorrio - Se meus pais estão naquela posição, a culpa é sua. Nada mais justo do que me abrigar aqui - empurro suas pernas e sento-me ao seu lado.

- Você é abusada pra caralho, hein? - Esbraveja, me olhando pela primeira vez desde o momento em que entrei em seu apartamento. As feições de Henrique eram engraçadas e descontraídas. Nada parecidas com o que estava acostumada.

- Oi pra você também! - coloco o pé sobre sua mesa de centro.

Henrique me encara, emburrado.

- Eu até ia reclamar da sua falta de modos, mas consigo entender o porquê disso... - aponta para o meu pé - Essa porra está muito inchada, Amora! Você precisa ir ao médico - Arqueou a sobrancelha e me encarou, tentando evitar descer os olhos até o meu decote.

Tudo indicava que meu chefe estava bêbado e, para ser sincera, havia adorado essa versão. Não que sóbrio fosse desagradável, mas daquela forma, querendo ou não, conseguia uma aproximação melhor.

- É, está um pouco - dou de ombros, cruzo os braços e observo o reality show na TV. Por Deus, os musicais são os piores.

- Vou pegar gelo para colocar nessa merda - levanta-se e vai andando até a cozinha.

- Pega uma cerveja pra mim! - Ordeno. Era engraçado como me sentia em casa perto de Henrique. Por mais que não quisesse, ele me passava esse tipo de energia.

- Você é menor de idade! - gritou, enquanto se agachava para abrir o freezer.

- Tenho 18 anos, Henrique! - Respondo, emburrada. Estava prestes a fazer 19, e ele sabia disso.

- Foda-se! - diz, vindo até a sala com um saco de gelo.

- Chefinho! - levanto e paro meu corpo em frente ao seu. Éramos quase da mesma altura, não por ele ser baixo, mas sim porque sou alta - Por favor, pega uma cervejinha para sua nova secretária? - cochicho em seu ouvido.

O homem coça a nuca durante alguns segundos enquanto olha para cima e balbucia algumas coisas que não consigo compreender.

- Chefinho? - puxo seu queixo para baixo, na intenção que fique na mesma altura do meu - Por favor? - Sorrio, maliciosamente.

Henrique encara minha boca durante alguns segundos, em silêncio. Quando penso que finalmente cederia aos encantos que minhas palavras lhe proporcionam, ele vira de costas e vai até a cozinha.

HENRIQUE

Ela ainda estava com a roupa do trabalho e um coque desgrenhado naqueles cabelos cor de grená. Por incrível que pareça, seu perfume adocicado continuava ali, intacto. O pé parecia uma bola e os músculos de sua coxa, ao precisar esticar a perna em minha mesa de centro, se tencionavam, mostrando o quão definidas eram através da calça. Desde aquele momento senti que sua presença em minha casa seria algo extremamente perigoso, principalmente levando dois pontos em consideração:

Doce como Amora ✔️Onde histórias criam vida. Descubra agora