34 - Beleza, aquilo foi surpreendente

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AMORA

Beleza, aquilo foi surpreendente. Não imaginava que ele pensava daquela forma. Eu não sabia como fugir daquela situação e quando mais precisava do abraço de Elioth, ele simplesmente foi embora sem ao menos me dar um beijo de bom dia. Sua atitude me desapontou, mas sabia que ele estava atolado de trabalhos para colocar em dia.

A questão é que eu realmente precisava espairecer. Entrei em contato com Ava, minha colega de turma, e a convidei para uma boate no centro da cidade. Ela prontamente aceitou, o que me causou um puta alivio. Realmente não estava a fim de ir sozinha àquele lugar.

Faltava exatamente uma semana para o Baile de Gala da empresa do meu pai, e só de pensar que, há dois anos, foi no mesmo evento que meus flertes com Henrique começaram, meu corpo simplesmente estremecia. A única coisa que seria capaz de esvaziar minha mente naquele sábado, seria encher a cara de cachaça. Estava evitando álcool, mas quando fico muito nervosa, a bebida é a única coisa que conseguia me acalmar. Sei que não é uma coisa legal, mas cada um tem sua válvula de escape. O que ia fazer? Ficar me martirizando com esses pensamentos auto destrutivos?

Porra, eu precisava muito que chegasse segunda-feira. Necessitava mais que nunca de meu trabalho para preencher a mente e esquecer dessa merda durante um tempo. Porque, para ser sincera, tudo isso estava acabando comigo. Eu não queria pensar tanto no Henrique. Porra, eu tenho um namorado maravilhoso, que não merece isso. Sei que é uma fase, pois o baque de vê-lo foi muito grande. Espero que esse "sentimento" passe logo, porque está foda para caralho.

Beleza. Ainda era de manhã, e eu simplesmente não sabia o que fazer. Estava chateada com Elioth, então me recusava entrar em contato. Ele vacilou, portanto, não faz sentido alguma correr atrás. Sou orgulhosa, e isso é um defeito, mas não estou a fim de mudar.

O tempo parecia passar devagar, então resolvi dar um rolê nas minhas redes sociais. Assim que abro o instagram, dou de cara com uma foto de Mônica ao lado de Lucas e Marina, a bebê fofíssima que foi fruto de uma noite de loucura. Só de pensar que há uns anos eu sofri por esse cara, uma crise de risos me alcança. Certas coisas são incompreensíveis.

As coisas poderiam ter tomado um rumo diferente se ele não fosse tão escroto. Sério, o tanto que sofri não está no gibi. Mas fico feliz que tenha mudado com a chegada de Marina. Jamais imaginei que Lucas fosse capaz de manter um relacionamento, mas hoje o vejo ao lado de Mônica, sinto o coração quentinho.

Tudo aquilo me fazia chegar à conclusão de que eu não conseguia ser uma pessoa rancorosa. Tenho meu orgulho, mas com o tempo passa. A única exceção é Henrique. Deus que me perdoe, mas realmente não sou capaz de esquecer do tanto que sofri por ele.

Ok. Mais uma vez pensando naquele filho da puta. Cara, eu tinha que tirar esse cara da cabeça, afinal, além de ser um babaca, ele agora namora com aquela mascotinha. Quer dizer, a forma que ele falou comigo ao lado de Daniele foi um tanto quanto estranha porque para quem está envolvido sentimentalmente com outra pessoa, aquelas palavras foram muito provocativas. Mas talvez isso fosse coisa da minha cabeça e ele apenas esteja tentando se desculpar por ter agido como um covarde.

Mas tudo bem. Era melhor ignorar tudo aquilo e comer alguma coisa. Nesses momentos, a única coisa que conseguia me distrair um pouco era a comida e treinar. Decidi almoçar o resto de churrasco do dia anterior que tinha na geladeira, esperei alguns minutos para fazer a digestão e fui caminhando até o estúdio de pole dance. Precisava extravasar.

** ALERTA HOT

NARRADOR

Dani estava com medo. Medo do plano dar errado, de perder Elioth para sempre, e pior... De estar estragando sua chance de ser feliz. Ela não gostava de pensar nisso, mas talvez Amora fosse a mulher de sua vida.

Doce como Amora ✔️Onde histórias criam vida. Descubra agora